Frases de memória
O menino virou
a serpente do Tanque,
Da memória deste
susto nunca mais
saiu da cabeça
nem por um instante,
Só sei que desta lenda
o quê ficou virou poema.
Defender a memória é defender a Nação, e o Direito Autoral é um Direito Humano. Defender o Direito Autoral é defender a memória.
A elegância angélica
das Perobas-Brancas
trazem a memória feita
de fibra, poesia e paz
das ancestrais austrais
que dirigem o Hemisfério
e não silenciam jamais.
O Araribá-Amarelo
quando floresce
é sempre um elogio
ao Céu e a Terra,
É uma memória
poética que muitas
vezes deixamos de fazer:
elogiar quem merece
é também na vida bendizer.
Floresce ainda mais lindo
o Azevinho Pernambucano
apagado da memória,
Se acha isso pouco,
não compreendeste a História
que nos faz Nação
e a razão poética de chegar
até a última linha
deste poema e de tudo
aquilo que é essencial a vida
e me faz a cada dia Poetisa.
Memória poética
de uma infância
com os dois pés
descalços no barro,
Desejo inocente
por doçura socorrida
por uma Mariola,
Talvez alguém
não tenha provado,
Quem provou
provalmente não
tenha reclamado,
Mariola do passado,
de hoje e de sempre
eu honro o seu legado.
Fantasma da Figueira
A memória do fantasma
da Figueira navegantina
continua mais viva do que antes,
Quem sabe possa ser
o mesmo fantasma
que de Figueira em Figueira,
de cena em cena,
virou lenda brasileira
e também virou este poema.
Margarida Alves
A minha marcha é
a marcha da memória
por Margarida Alves
a inesquecível heroína,
A minha marcha é
a marcha da poesia
almenara, reunida
e inevitável com a sublime
Marcha das Margaridas
persistente por melhores
e mais justos dias.
Vai precisar de muita arte mesmo para apagar da memória que todo o dia passamos por um ridículo diferente.
Na Atô do destino
sou a oração
do Malê encarnada
para que nada
desapareça com a memória
ancestral que por
alguns continua injustiçada.
O Aguano na ribeira
ficou na memória,
Era uma vez um rio,
que restou o calafrio
não é mais segredo,
Do futuro eu morro
de medo e como
sou poeta o meu
dever é remar em rios secos.
Na beira do Madeira
já estive quando
estava na vibrante cheia,
Agora para mim
é memória e conto
daqui de Rodeio a História.
A memória da distante terra,
não ficará distante mesmo
que chamem para fazer
dançar o Deus da Guerra
porque há alguém atento
e verdadeiramente poeta.
Floresce o Ipê-roxo-do-grande
em Minas Gerais da memória
e da minha profunda História,
No abandono do florescimento
desta magnífico Ipê deixo
os meus Versos Intimistas
também poesias florescer
até o dia da gente se conhecer.
Glorificando
a memória
na História
cumprida
na trajetória,
Não nego
o ponto de partida
nem em poesia,
porque poesia
é bagagem,
não é bagunça,
e cada um leva a sua.
A minha boneca
de Salvador
veste traje típico
com pano da Costa,
Memória de infância
amorosa deste tempo
que não volta,
E não há nada que
nos impeça de fazer
o caminho de volta,
A vontade abre
mais de uma porta
muito além
do que se imagina...
Numa estrada
da memória
parei para comer
um Pastel
com Caldo de Cana
na mão do Beiradeiro,
Pois tive que seguir
adiante o dia inteiro
por este pedaço de chão
do meu "Brasil Brasileiro".