Frases de Humberto Gessinger
(*) "Supervisor das tempestades" era a resposta de HD Thoreau a quem perguntasse, objetivamente, qual era sua profissão. Resposta bem subjetiva. Qual é a minha profissão? Toco num power-duo, escrevo num blog toda terça-feira e faço uma TwitCam no dia 11 de cada mês. Fui objetivo?
Cada situação tem uma dimensão humana pessoal, específica, e outra simbólica, comum a uma coletividade.
Amanhã numa cidade diferente, não haverá diferença no ar. As noites passarão do mesmo jeito, as estrelas estarão no mesmo lugar.
Eu conto as horas que passam, eu conto estrelas no céu, na solidão das noites sem graça nos quartos de hotel.
Não sou contra a beleza. Sou contra a noção de que ela não está na flor e sim no bouquet sem cheiro nem insetos nem vida, envolto em celofane.
O melhor esconderijo, a maior escuridão
Já não servem de abrigo, já não dão proteção
A Líbia é bombardeada, a libido e o vírus
O poder, o pudor, os lábios e o batom
Nessa terra de gigantes
Que trocam vidas por diamantes
A juventude é uma banda
Numa propaganda de refrigerantes
?o que seria de nós
Se não fosse a ilusão
Que nos trouxe até aqui?
Quanto mais se foge
Tanto mais se quer fugir
?O que seria de nós
Se não fosse a ilusão
A doce ilusão de conseguir?
eu entendo você que não me entende
eu surpreendo você
que não me prende
"Tire as mãos de mim!"
"Me dê a sua mão!"
cada um tem o seu ponto de vista
encare a ilusão da sua ótica
os olhos dizem sim
o olhar diz não
"Não interessa o que o bom senso diz;
Não interessa o que diz o rei;
Se no jogo não há juíz, não há jogadas fora da lei!
Não interessa o que diz o ditado;
Não interessa o que o Estado diz;
Nós falamos outra língua, moramos em outro país."
Se fosse bom ser criança, as crianças brincariam de... ser crianças. Do que elas brincam? De ser mãe das bonecas, de dirigir seus carrinhos. Gostar de ser criança é coisa de adulto.
A gente deixa de ser criança quando percebe coisas maiores e mais fortes do que nossos mimados caprichos.
É fácil ver o absurdo na vida dos outros. Na nossa, tudo sempre parece normal e justificável.
Será que alguma civilização fez do momento emblemático da alimentação algo solitário e introspectivo? É a hora em que mais nos aproximamos do pó do qual viemos e ao qual voltaremos. Abocanhar, mastigar e engolir matéria para continuar sendo matéria!