Frases de Caio Fernando Abreu de Amor

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Eu sempre acho que cansei de ti, de mim, mas aí vem o amor e revigora.

Amor não resiste a tudo, não. Amor é jardim. Amor enche de erva daninha. Amizade também, todas as formas de amor.

Caio Fernando Abreu
ABREU, C. F. Cartas. Moriconi, Ítalo (Org.). Rio de Janeiro: Aeroplano. 2002.

Desde que ganhei meu PhD em desilusão amorosa, tenho me divertido como nunca.

Caio Fernando Abreu
ABREU, C., O essencial da década de 1990, Nova Fronteira

Entenda bem: não me veja tentando reatar uma história de amor já bastante espatifada (ou talvez sim, mas você não me deu chance e a coisa mais saudável que eu podia fazer era entrar noutra). Acontece que, com ou sem cama, gosto profundamente de você.

Sempre fui um pouco áspero, fechado, sempre tive dificuldade de receber amor. (…) Na verdade, eu sempre precisei de afeto, só que antes eu não admitia.

Repito sempre: sossega, sossega - o amor não é para o teu bico.

Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor.

Não se deixe entusiasmar a ponto de não conseguir distinguir amor de atração, amor de carência, amor de insegurança, amor de fantasia.

Ou talvez eu só precise de férias, um porre e um novo amor. Eu gosto de gostos, eu gosto de pele, de cheiro, de amor verdadeiro.

Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se a vida não deu, ou ele partiu – sem o menor pudor, invente um.

Caio Fernando Abreu
Pequenas epifanias. Rio de Janeiro: Agir, 2006.

Nota: Trecho da crônica Sugestões para atravessar agosto, publicada originalmente no jornal "O Estado de S. Paulo", em 6 de agosto de 1999.

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Ah, meu amor, meu peito ainda bate pela certeza - meio incerta - de que um dia tudo passa.

Há tempos estou vivendo uma estória-de-amor-impossível que rebenta a saúde: sei que não dá pé de jeito nenhum e não consigo me libertar, esquecer.

imagino que isso que chamamos de amor. Algo assim. Porque tudo que vivi e senti antes me parece agora bobagem, brincadeira.

Amor? Não sei. É meio paranóico. Parece uma coisa para enlouquecer a gente devagar.

Não deixe que o amor te faça desistir de uma boa amizade, você sabe.

Me desculpe, mas eu não acredito no amor. Eu até queria acreditar, mas a vida vem me obrigando a fazer o contrário.

Te mando retalhos de amor.

A gente tem muito pudor de parecer ridículos, melosos, piegas, bregas, românticos, pueris banais.

O amor no fim é frágil, frágil para reagir, forte para esquecer.

Este vazio de amor todos os dias: a cabeça pesada ao meio-dia, a boca amarga, um cheiro de sono e solidão nos cabelos...