Eu-Sou o antídoto para o veneno de minha própria cobra.
quanto mais grito menos escuto: mais vazio me sinto quanto mais espaços ocupo
amor eu escrevo a lápis: é mais fácil de apagar
Se nao houvesse um paraiso, eu faria um somente para voce...
Se mata é o seu unico talento, entao é a sua perdiçao. Nao quero que ninguém morra por minha causa...
Com a alma tão cansada,
Caminho sem rumo certo,
A tristeza me acompanha,
E eu sigo sempre incerto.
As lágrimas escorrem pelo rosto,
E o coração aperta de dor,
A vida parece um peso imenso,
E eu já não sinto mais amor.
amor é mar, paixão é praia
e razão, deserto
estradas
em que me perdi
caminhos
de bem-te-vi
o faminto come
PUB(l)cidade
consome imagens
& montagens
Os sermões de Vieira
pregam pinto às carreiras.
a palavra
dita
edita
medita
A poesia
é a serventia da alma.
Escrevo sobre húmus, mucosas, orifícios e tabus. E gosto de escritores andarilhos.
Minha escrita tem a estética líquida de um rio que me pariu.
A arte, como a poesia e a música, é uma forma inequívoca de traduzir a dor, e a glorificá-la, enquanto memória do eterno.
O amor é veneno que escorre por entre os lábios à fenda da boca.
Desconheço a palavra visceral, embora a escreva.
Se redundasse, esvisceraria.
Faz-se a si, assim, sem saber-se, sendo, com rastos e restos, e as sobras destas obras.
Ando surdo para leituras e calado para declamações, mas desenho ao vento e no seu invisível crio um poema a vácuo.
Dedicatória:
Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas.