O homem que não é indulgente com os outros, ainda não se conhece a si próprio.
Como o espaço compreende todos os corpos, a ambição abrange todas as paixões.
Um homem pode saber mais do que muitos, porém nunca tanto como todos.
O coração enlutado eclipsa o entendimento e a razão.
Os velhos caluniam o tempo presente atribuindo-lhes os males de que padecem, consequências do passado.
Ainda que perdoemos aos maus, a ordem moral não lhes perdoa, e castiga a nossa indulgência.
Os povos desencantados tornam-se insubordinados.
À força de fazermos novos contratos e de vermos o dinheiro crescer nos nossos cofres, acabamos por nos julgarmos inteligentes e quase capazes de governar.
A ambição é um enredo que nos enreda por toda a vida.
Ninguém é tão solícito e diligente em requerer empregos, como aqueles que menos os merecem.
Há crimes felizes que são reputados heróicos e gloriosos.
Em geral o temor ou medo, e não a virtude, mantêm a ordem entre os homens.
O desejo da glória literária é de todas as ambições a mais inocente, sem ser todavia a menos laboriosa.
Somos bons consoladores, e muito maus sofredores.
Há empregos em que é mais fácil ser homem de bem, que parecê-lo ou fazê-lo crer.
Há opiniões que, assim como as modas, parecem bem por algum tempo.
A ingratidão dos povos é mais escandalosa que a das pessoas.
Quase escondida
entre a casca e o tronco
teia de aranha.
O interesse sempre transparece no desinteresse que afectamos.
As virtudes são econômicas, mas os vícios, dispendiosos.
Ver mais