O saber é riqueza, mas de qualidade tal que a podemos dissipar e desbaratar sem nunca empobrecermos.
Os erros circulam entre os homens como as moedas de cobre, as verdades como os dobrões de ouro.
Há homens que afectam de muito ocupados, para que os creiam de muito préstimo.
A paciência dispensa a resistência e a reacção.
A felicidade nunca me aborrece.
Quando sentimos que não há razão para sermos estimados, estamos à beira de lhe ter ódio.
A tirania não é menos arriscada para o opressor, do que penosa para o oprimido.
A liberdade que nunca é suficiente para os maus é sempre sobeja para os bons.
Promete-se muito para que nos dispensem de dar pouco.
As nações livres são altivas, as outras podem mais facilmente ser inúteis.
É alcançar muito de um amigo se, tendo subido ao poder, ainda se recorda de nós.
Todas as doutrinas, todas as escolas, todas as revoltas, só têm um tempo.
O velho teme o futuro e abriga-se no passado.
A maior parte das mulheres que escrevem as suas memórias só se pintam em busto.
Os abusos inevitáveis são leis da natureza.
Rio seco
silêncio sob a ponte
apenas o vento.
Os homens em sociedade são como as pedras numa abóbada, resistem e ajudam-se simultaneamente.
A esperança engana mais que a habilidade.
É felicidade para os homens que cada um deles a defina a seu modo com variedade, na sua essência e objectos.
Há pessoas que dizem mal de tudo para inculcar que prestam para muito.