Naquela Manhã — Sol feito... Sílvio Fagno
Naquela Manhã —
Sol feito sol de quase meio-dia.
Meus olhos falhos — confusos na luz,
na distância — mal-entendiam.
Então, de repente, desdobrou-se à minha frente e,
surpreendentemente eu vi...
era ela:
Camiseta branca (colegial), saia
justa — um pouco acima
dos joelhos;
Cabelos de mechas em tons
avermelhados, soltos à
sorte, à luz, ao vento,
e um grande sorriso juvenil (um
tanto quanto desalinhado),
no rosto (de menina),
enquanto meu tosco coração
(coitado),
eternamente preso, observava
comovido (de longe), naquela manhã,
o sonho — adolescente — passar.
De quem era aquela manhã?