VIAJEI E PASSEI DO PONTO Da janela do... Taju Soares
VIAJEI E PASSEI DO PONTO
Da janela do busão
Ao som de música retrô
Rostos de todo mundo e de ninguém na multidão
A cidade segue seu ir e vir no modo robô
Oferecendo a dádiva da invisibilidade sem sermão
Longe da ditadura dos "modistas" de plantão
Com seus olhares de fita métrica sem perdão
Distante de toda aquela indagação:
Já fez seu mestrado? Será ao menos alfabetizado?
Vai ser mãe um dia? Ou vai ficar mesmo pra Titia?
Já conquistou aquele emprego tão sonhado?
Ou continua a viver de auxílios sociais "acomodado"?
Julgamentos rasos, sem empatia, sem com a realidade do outro nenhum cuidado
A proeza do anonimato
Nos oferta um encontro com a liberdade
Pra ser o que se é de verdade
Já que aos olhos do outro, na Intimidade
Pode ser mais complicado!
Se autorizar a "Ser" sem pedir licença
Não pra ser aceito
Sem filtro...ou frase de efeito
Sem o apontar de dedos... sem ofensa
Pensa!
Dormindo acordada...
Acho até que passei do ponto!