A noite abre-me. E os fantasmas,... Jaci Parvati
A noite abre-me.
E os fantasmas,
procuram assustar-me?
Buscam a minha loucura
e zombam da minha sensatez?
Obrigando minha alma
jejuar por amor a verdade?
Qual a verdade procuro?
Nesse labirintos de caminhos,
Sem fim, criados por mim,
Sem direção.
Caminho, solitária como a lua,
na amplidão do céu infinito.
Com curvas sazonais de razão, que brilham como estrelas no firmamento.
Danço sonâmbula
no escuro da noite,
que se fecha aos meus olhos.
Só procuro ter o teu corpo...
Esse desejo, esta palavra por si só significa minha perdição.
Nessa posse, tudo deve ser certezas, nada deve ser desejos.
Perante essas questões?
Meu coração transborda largo
e abundante como um rio, é a hora que nasce nossas virtudes.
A mais pura e inocente, na sua verdadeira essência, sem vícios, sem holofotes.
Somente no silêncio do escuro da noite que se abre e fecha esse eterno amor