Das injustiças que precisam serem... Anna Flávia Schmitt Wyse...
Das injustiças
que precisam
serem ditas,
não consigo
represar por
muito tempo:
a garganta
é como uma
ampulheta
por quem não
tem nem como
se expressar
e da mesma
maneira falo
de amor mesmo
a quem não
queira me escutar.
O Sol e as nuvens
se arrumam
no entardecer
de coral róseo
em cortejo
à querida Lua
no onírico deserto
das areias,
ventos e oásis,
por onde viajam
imigrantes,
tropas e nômades,
as saudades,
e passaram
as antigas civilizações.
Não sei se você
de fato existe,
não sei se
estás previsto
em meu caminho,
só sei que sigo
a te esperar,
como um pássaro
solitário a voar
e cantando o amor
na crença de um
coração assim
seja como for:
jamais ficará sozinho.