Existe uma dolência que nos une, Nunca... Anna Flávia Schmitt Wyse...

Existe uma dolência que nos une,

Nunca chegará a se tornar escuridão,

Resistirá em nós o mesmo Sol,

Que nascerá e que se dobrará;

Persistirá como saliente brasa,

Deslizará como mão que afaga,

Com o doce beijo que não para,

Será muito mais do que chama...,

E queimará muito mais do que fogueira

Em noites de luar, e não tente duvidar!







Amor sempre teremos de sobra!

Tu és como mar que leva o barco,

Assim é a carência que nos dobra;

Afirmativa é a boca sedenta por água,

Nós chamaremos insistentemente - a toda hora,

Seremos uma luz que não se apaga;

Um nó do destino que não desata.







Existe um amor que o mundo enxerga,

Não há ninguém que discorde,

E muito menos nos afronte,

Estamos prontos para a epopeia,

Que há de fazer a história,

De duas almas severas;

Tão doces quanto valentes,

Sementes lançadas ao vento,

Resistindo ao veneno,

Do cotidiano que é quimera.







Amor: aprecie a cantiga do mar!

Observe como gingam as correntes,

Tenho que te confidenciar:

- Eu quero te mimar!

O quê pensam as gentes?

Que somos inconfidentes.

Eu sou a tua rosa solar,

Regada pela água do mar,

Poesia e repente de amar.