QUANDO A RELIGIÃO ALIENA? Karl Marx é... alessandro de azevedo...

QUANDO A RELIGIÃO ALIENA?
Karl Marx é muito conhecido por ser o filósofo que combateu a sociedade capitalista. Uma de suas célebres frases é que: A religião é o ópio do povo. Quando pensamos em ópio logo vem em nossas mentes à questão do suco extraído das papoilas que é usado como narcótico.
A palavra ALIENAR é plure semântica e uma de suas definições seria: “Perturbação mental, na qual se registra uma anulação da personalidade individual, arrombamento de espírito e loucura”. Marx expõe que a sociedade capitalista coloca no altar certos objetos relegando as pessoas e os sentimentos para segundo plano.
Quando pensamos em RELIGIÃO, que provem do latim religare significando uma religação com o Divino ou ainda um sistema de crenças que relacionam a humanidade com a espiritualidade. A religião está presente em todas as sociedades humanas e de acordo com alguns antropólogos, ela sofreu uma evolução que se deu da passagem das religiões politeístas menos estruturados como o Hinduísmo até o politeísmo mais estruturado como o caso dos Gregos e Romanos e das Panteístas como o Confucionismo para o as Monoteístas como o Judaísmo e Cristianismo.
Dentro deste viés quando a religião tem a capacidade de alienação? Este processo se inicia quando adotamos posturas fundamentalistas aonde o nosso olhar é o único, o belo e o certo. O respeito as mais diversas crenças deve existir sem que este seja confundido com a aceitação de práticas que de maneira lenta mais progressiva vais se misturando na tentativa de se criar um sistema religioso que agrade a todos.
Grande parte das guerras da humanidade teve como epicentro uma tomada de posição sectária religiosa. Quando se sai da posição de não concordamos mais respeitamos às diversas crenças, tomando atitudes de retaliação a aqueles que pensam diferente de nós. Quando se age desta forma, cria-se um processo centralizador e, por conseguinte reducionista com consequências traumáticas e absurdas que conduziram líderes espirituais a induzirem mortes dos ditos infiéis que não seguiam as mesmas diretrizes que eles defendiam.
A verdadeira religação com o divino, não promove destruição e nem tampouco desunião; estes acidentes de percurso aparecem na mente de algumas pessoas que estão inseridas nas mais diversas instituições religiosas; indivíduos insanos, alienados, lobos em pele de cordeiro, sedentos de poder que por não entender o sentido real de estar em comunhão com o divino, se apegam a parâmetros que por serem humanos não albergam a totalidade do divino.
A religião não pode estar estéril de senso crítico nem tampouco de ousadia revolucionária e radical; o que foi também Jesus? Um revolucionário; mas não só isso e nem no sentido negativo; ele rompe as barreiras do farisaísmo legalista e hipócrita, do sectarismo essênio, da corrupção dos saduceus e herodianos, mostrando na prática quais as principais características da verdadeira maneira de encarar a religião: com amor a Deus criador e ao próximo. Sapere aude!