O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS O... alessandro de azevedo...

O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS

O Filósofo Protágoras nascido aproximadamente por volta de 481 a.C nos deixou isto como seu maior legado; mas será que esta afirmação tem alguma validade e ainda mais; será que esta firmação tem algum cabimento?
Se começarmos a olhar mais de perto sobre as coisas que falamos dentro do ethos de nossas crenças pessoais, se torna fácil observar que esta afirmação é de fato atualíssima; nós somos aquilo que falamos e acreditamos.
Quando ouvimos alguém falar aquelas já conhecidas pérolas como: mulher é tudo igual; politico não presta; só o amor constrói a título de exemplo, podemos observar que por trás de todo dito popular ou ainda de toda afirmação, existe um sistema de crenças albergado por um viés epistemológico direcionador, que nos dá todo um paradigma teórico, sem que nos darmos conta do fato.
Nós somos dentro do universo cultural que criamos; quando lemos o mundo o fazemos inseridos dentro de um sistema de valores antropocêntricos que determinam o nosso fazer, pensar e até o nosso desejar. Vivemos dentro de uma unidade fictícia de contagem de tempo que nos escraviza sem parecer o fazer, dando uma ideia de naturalidade que nos impulsiona a reproduzir as ações sem que na maioria das vezes as questionemos.
Quando assumo um ponto de vista, reproduzo aquilo que para mim é critério de verdade, e dependendo da estrutura de minha personalidade, não irá importar o que os outros pensam; se concordam ou não. È verdade que esta posição está presa a um niilismo que se afunila dentro de um vazio existencial, que em casos mais contundente se autoaniquila.
Não podemos esquecer que cada pessoa está ligada a um universo pessoal e que, querer sublimar as outras representações definindo seu limite e alcance acaba por nos delimitar. Qual será então a resposta à pergunta que a filosofia daria a questão: Será que toda tentativa de se criar uma verdade absoluta não passa de uma quimera?
Pensemos!