O caminho de Damasco È famoso o relato... alessandro de azevedo...

O caminho de Damasco

È famoso o relato bíblico aonde Saulo o judeu piedoso e tenaz tem o seu primeiro e significativo encontro com Jesus. Sua vida posteriormente muda de modo radical ao ponto de anos mais tarde, se transformar no primeiro teólogo sistemático do cristianismo.

È fato curioso e de intensos debates a conversão de Saulo. Eu me questionei por diversas vezes, se o encontro real causava uma metanóia instantânea com consequências imediatas, traduzidas em ações vistas no cotidiano da nova criatura uma vez que verdade cristã não permitiria voltar ao status quanto antes.

Tal constatação escapa a esfera do racional e pragmático. Este encontro é de natureza sobrenatural e de caráter particular e que necessariamente traz mudanças que para uns como Paulo, demoram mais tempo a se manifestarem - 13 anos – uma vez que se abster do antigo, das velhas práticas e crenças não é tarefa das mais fáceis, sendo na prática, uma batalha diária sem nos afastarmos com o éticos social que nos circunda.

Um grande problema que é muito fácil de ser observado hodiernamente é a adulteração da práxis cristã inserida na guerra entre as Igrejas cristãs. É lamentável a postura de alguns Padres

e Pastores tentando desesperadamente atingir mais e mais pessoas com receitas prontas de felicidade maquiadas pela doutrina do ganho rápido das graças, por intermédio da maior quantidade de contribuições que oferecem a Igreja e sem falar, em alguns líderes que induzem os fiéis a servirem não a Jesus em primeiro plano, mas aos seus pastores até no tocante a bens materiais. Recentemente assistindo na televisão um programa evangélico, vi de um destes supostos líderes, a seguinte interrogação: “O que vocês têm dado ao Pastor de sua Igreja ultimamente”?

Devemos aprender que se deve ver o diferente apenas como tal e não como inferior e necessariamente desprezível. No que é mais importante, todas as Igrejas deveriam concordar: Jesus é o reinado de Deus em ação; ele é o único caminho ao Pai.

Não se pode querer aprisionar Deus em uma única Igreja. O mais importante é localizar se ainda não tivermos encontrado, o nosso caminho para damasco, para que seguindo os passos de Jesus, nos tornemos, mais misericordiosos e a procura de santidade diária, que só irá se manifestar quando nos tornarmos livres das amarras sedimentadas em ideologias humanas afastadas do viés cristão verdadeiro.