Francês
A POESIA DAS LÍNGUAS
As línguas são incríveis.
São como as paixões do francês romântico,
como as vertigens loucas do mandarim
e como os delíquios do tupi-guarani semântico.
Vejo o mar, a lua, o sol, o amor hipotético
e lembro-me da vida, da beleza do espanhol poético.
Há nas línguas a energia do inglês vivo,
o quebrar corações do italiano, do alemão,
e a astúcia do russo pálido, de enorme atracção,
que se choca contra a alegria do português nativo
Sim, abro os olhos e enxergo a dança africana
Cujos movimentos falam, gesticulam
e ligam-se aos sons dialéticos d'Angola Avante
Que se aproximam mutuamente quanto mais distantes
Condenam-me se quiserem,
mas não pararei de repetir:
As línguas são incríveis.
De repente...
Aquela vontade de um pão francês quentinho, sentindo aquele cheiro inigualável.
Sei lá...
O turbilhão de sensações, preocupações e a ansiedade, remeteram-me a necessidade do simples.
Tipo daqueles momentos em que o simples revela-se algo grandioso, possibilitando desfrutarmos da completude e majestade que é a vida.
Vinho francês
" Degustando ou saboreando meu preferido e doce néctar de um vinho francês convenciono - me à um intelectualizado sábio em uma Interligação recíproca em percepção, visão, olfato, tato e paladar"
Em Madri, falo espanhol
Em Paris, é o francês
Em Berlim, o alemão
Em Lisboa, português
No Brasil, vai depender
Se é Nordeste, vou dizer
A língua nordestinês
Então, a torta holandesa, na verdade, é culinária brasileira; semelhante, ao pão francês que não é um croissant. Brasileiro e a mania triste de valorizar o gringo para dizer que é chique.
A morte..A vida..O Déja vu..
O Eterno Retorno
"O termo francês déjà vusignifica “já visto” e diz respeito à sensação subjetiva mas intensa de já se ter presenciado ou vivenciado algo, apesar de sabermos que é a primeira vez que acontece."
.
.
Não é a primeira vez que acontece...
E se estarmos em constante ciclo, nascemos e morremos diversas vezes.
E vivemos, mais e mais vezes, a mesma vida que hoje estamos a viver, com algumas pequenas "oportunidades" de mudança, a chance de evitar algo ou algum arrependimento, sem se lembrar exatamente do que é..
Por isso.. diversas vezes, nos conectamos com pessoas com aparências e traços já "conhecidos", mas que nunca antes(pelo menos nesta vida) estivessem se encontrado..
E temos "Déjà vu" de pequenos detalhes, objetos, coisas que até o momento seriam insignificantes, ou com pessoas que até o momento não são conhecidas...
(...)
E, de fato, lá se vão quase sete anos de crimes na Argélia e nem um único francês foi levado a um tribunal da Justiça francesa pelo assassinato de um argelino.
Réveillon vem do francês
Vem de um verbo dito lá
Réveiller, que quer dizer
A ação de despertar
O acordar do novo ano
A hora do ser humano
Tentar se reanimar
RESENHA LIVRO: PEQUENO PRÍNCEPE
Escrito pelo autor francês Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe é uma obra literária que cativou leitores de todas as idades desde sua publicação em 1943. O livro conta a história de um piloto que faz um pouso forçado no deserto do Saara e encontra ali um pequeno príncipe de outro planeta.
Por meio de um encontro inusitado e repleto de lições, o livro nos leva a refletir sobre temas profundos como a importância da amizade, a inocência da infância, a busca pelo sentido da vida e a fragilidade das relações humanas. Com sua linguagem simples e poética, Saint-Exupéry resolve questões existenciais de forma sensível e sutil.
O pequeno príncipe de cabelos dourados e roupas peculiares cativa o piloto e o leitor com suas observações sobre as pessoas e o mundo ao seu redor. Ao descrever visitas a outros planetas, o príncipe revela as peculiaridades e deficiências da natureza humana. Cada planeta visitado traz uma lição sobre valores distorcidos e prioridades equivocadas.
Porém, é na Terra que o príncipe aprende a lição mais importante. No caminho, ele conhece uma rosa vaidosa, um contador obcecado por números, um rei solitário e muitos outros personagens que ilustram as fraquezas e medos humanos. Esses encontros ensinam o príncipe sobre o verdadeiro valor das coisas e a importância de se conectar verdadeiramente com os outros.
A obra também traz reflexões sobre a infância e a perda da inocência ao longo do tempo. O pequeno príncipe descreve sua vida solitária em seu planeta e sua saudade da rosa que deixou para trás. Essa história nos faz pensar em quantas vezes deixamos de valorizar as coisas simples e reais da vida em busca de conquistas superficiais.
Outro aspecto marcante da obra é a busca do príncipe pelo sentido da existência. Desafia a lógica e a razão dos adultos que muitas vezes se perdem nas suas rotinas e responsabilidades. Entrevistas com o piloto, o príncipe nos mostra que é preciso olhar além do óbvio, ver com o coração e encontrar beleza nas coisas mais simples.
A escrita de Saint-Exupéry é repleta de metáforas e alegorias, tornando a leitura rica em significado. A narrativa nos leva a uma atmosfera de encantamento e nos faz pensar sobre o mundo em que vivemos e como nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor.
"O Pequeno Príncipe" é uma obra atemporal que atravessa gerações e culturas e toca o coração de milhões de leitores ao redor do mundo. Sua mensagem de amor, amizade e valores humanos básicos é universal e relevante até hoje.
Em suma, “O Pequeno Príncipe” é uma obra-prima da literatura mundial que nos convida a olhar o mundo com os olhos da criança que ainda existe dentro de nós. É uma história que nos faz pensar na vida, na simplicidade, na amizade e na importância de cultivar relacionamentos verdadeiros. Uma leitura obrigatória para todas as idades que nos toca profundamente e nos ensina lições importantes sobre o que realmente importa na vida.
“Como disse o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, ‘só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos’. Essa frase nos convida a olhar além das aparências e a compreender as motivações e os sentimentos das outras pessoas. Parem por um instante e se coloquem no lugar daquele ou daquela que vocês tanto julgam. Tentem ficar no lugar dele ou dela. Vocês aguentam a cruz dele ou dela? Se a resposta for sim, ofereçam o seu ombro para ajudar. Se a resposta for não, isso significa que não devem julgar sem ao menos se colocar no seu lugar.”
"Ir tomar um café na padaria e não ter o pão francês, é como ir à praia e não encontrar a água".
Anderson Silva
Na estação, uma voz, em francês, depois seguida do neerlandês e inglês, orienta para o cuidado entre o vão do metrô que acaba de chegar.
À porta, provavelmente para sair, meus olhos se cruzaram com outros que não souberam muito o que fazer, e pareceu -me desistir do que faria.
Eu adentrei o metrô, acomodei-me um tanto quanto incomodada com a imagem que acabara de ver, e não consegui deixar de olhá-lo, agora pela vidraça, enquanto algumas coisas corriam à minha mente, à mesma velocidade e barulho de tudo o que se misturava ao reflexo dele.
De repente ele foi para a porta de saída à minha frente.
Todo meu corpo manteve-se inerte, exceto os olhos teimosos.
Ele correspondeu-me o olhar e quando abriu a porta para sair, eu sinceramente não sei qual o problema dos meus olhos, mas estes só se conformaram em não mais procurá-lo quando ele desapareceu à minha direita.
- Mon Dieu, me abana! - pensei e talvez tenha feito o gesto com as mãos. As duas.
Só sei que alguns segundos depois elas também pararam na mesma posição (de abano), porque contrariando toda a inércia masculina europeia (e eu gosto disso, da inércia), sentou-se ao meu lado a imagem que me fez fazer o que raramente faço: deixar alguém ir se dos meus olhos.
Mas aí pronto.
Face enrubescida, mãos à abanarem ainda mais, um calorão da porra, embora fosse início da noite, e ele a tentar entender aquela cena, mais desconsertado que quem só agora conseguiu vos falar.
É que emudeci.
E-mu-de-ci. Merda!
- Vous ne parlez pas français?
- Ãham?
- English?
- Ãham?
- Espagnol?
- Ãham?
Putz! E as mãos a abanarem, o rosto cada vez mais vermelho, a boca cada vez mais muda, ele cada vez mais desesperado, e eu também. Ambos pelo mesmo motivo: por eu não conseguir falar!
- Desolé, Désolé, Désolé - levantou-se, abriu a porta na próxima estação, e saiu, ainda a falar: Désolé, Désolé, Désolé, como se tivesse cometido o maior e o mais espúrio dos pecados...
E lá fiquei eu, desolada, a lamentar não ter encontrado aquele 1,80 cm, cabelos pretos, olhos da mesma cor e pequeninos, boca carnuda, sorriso lindo, barba muito bem feita, vestido numa camisa branca, uma calça jeans e um despretensioso tênis, na volta.
Àquele momento eu ia a uma festa de aniversário de uma amiga que me disse ter cerveja demais.
O problema é que já estou de volta à estação há bastante tempo, e ele não reaparece. Já conversei em francês, inglês, espanhol, italiano, árabe, doguês com as pessoas, e nada...
Eu só queria, enfim, dizer a ele que "Oui, oui. Je parle français!"
Era só isso...
Putz.
Mas c'est la vie.
E eu sigo no que eu faço com maestria: assustar os homens, de um jeito ou de outro...Uma pessoa desse tamanho, e lá da Mara Rosa...Não me conformo com isso, viu!
"... a história é a
ciência da infelicidade humana!", grafou
o poeta francês Raymond Queneau...
Visto que, somos ainda usuais
consumidores de'efeitos' sem nunca
nos debruçarmos sobre as 'causas'
que os provocam e nos conservam
confortavelmente
infelizes!
Os índios americanos caçavam e trocavam seus produtos entre si. Vieram os "civilizados " e lhes ensinaram o comércio. "Desensinaram-lhes" a trocar bens naturais e culturais por __ álcool ... __ armas !... __e...quinquilharias... Assim, em vez de lhes altearem o espírito __ com esta simples, mas, perversa __prática__... terminaram por lhes rebaixar a Alma !..."