Francês
Sabe que estou muito bem
Tirando um barato, vendo o novo de novo outra vez
Vendi seu quadro francês
Desfiz do que restava, joguei tudo fora, eu falei, eu falei
Parece que se arrependeu
De tudo que falava das coisas que viu que perdeu
Não adianta, é tarde demais
Mas ouça esse recado e busque achar sua paz
A POESIA DAS LÍNGUAS
As línguas são incríveis.
São como as paixões do francês romântico,
como as vertigens loucas do mandarim
e como os delíquios do tupi-guarani semântico.
Vejo o mar, a lua, o sol, o amor hipotético
e lembro-me da vida, da beleza do espanhol poético.
Há nas línguas a energia do inglês vivo,
o quebrar corações do italiano, do alemão,
e a astúcia do russo pálido, de enorme atracção,
que se choca contra a alegria do português nativo
Sim, abro os olhos e enxergo a dança africana
Cujos movimentos falam, gesticulam
e ligam-se aos sons dialéticos d'Angola Avante
Que se aproximam mutuamente quanto mais distantes
Condenam-me se quiserem,
mas não pararei de repetir:
As línguas são incríveis.
De repente...
Aquela vontade de um pão francês quentinho, sentindo aquele cheiro inigualável.
Sei lá...
O turbilhão de sensações, preocupações e a ansiedade, remeteram-me a necessidade do simples.
Tipo daqueles momentos em que o simples revela-se algo grandioso, possibilitando desfrutarmos da completude e majestade que é a vida.
Vinho francês
" Degustando ou saboreando meu preferido e doce néctar de um vinho francês convenciono - me à um intelectualizado sábio em uma Interligação recíproca em percepção, visão, olfato, tato e paladar"
Na estação, uma voz, em francês, depois seguida do neerlandês e inglês, orienta para o cuidado entre o vão do metrô que acaba de chegar.
À porta, provavelmente para sair, meus olhos se cruzaram com outros que não souberam muito o que fazer, e pareceu -me desistir do que faria.
Eu adentrei o metrô, acomodei-me um tanto quanto incomodada com a imagem que acabara de ver, e não consegui deixar de olhá-lo, agora pela vidraça, enquanto algumas coisas corriam à minha mente, à mesma velocidade e barulho de tudo o que se misturava ao reflexo dele.
De repente ele foi para a porta de saída à minha frente.
Todo meu corpo manteve-se inerte, exceto os olhos teimosos.
Ele correspondeu-me o olhar e quando abriu a porta para sair, eu sinceramente não sei qual o problema dos meus olhos, mas estes só se conformaram em não mais procurá-lo quando ele desapareceu à minha direita.
- Mon Dieu, me abana! - pensei e talvez tenha feito o gesto com as mãos. As duas.
Só sei que alguns segundos depois elas também pararam na mesma posição (de abano), porque contrariando toda a inércia masculina europeia (e eu gosto disso, da inércia), sentou-se ao meu lado a imagem que me fez fazer o que raramente faço: deixar alguém ir se dos meus olhos.
Mas aí pronto.
Face enrubescida, mãos à abanarem ainda mais, um calorão da porra, embora fosse início da noite, e ele a tentar entender aquela cena, mais desconsertado que quem só agora conseguiu vos falar.
É que emudeci.
E-mu-de-ci. Merda!
- Vous ne parlez pas français?
- Ãham?
- English?
- Ãham?
- Espagnol?
- Ãham?
Putz! E as mãos a abanarem, o rosto cada vez mais vermelho, a boca cada vez mais muda, ele cada vez mais desesperado, e eu também. Ambos pelo mesmo motivo: por eu não conseguir falar!
- Desolé, Désolé, Désolé - levantou-se, abriu a porta na próxima estação, e saiu, ainda a falar: Désolé, Désolé, Désolé, como se tivesse cometido o maior e o mais espúrio dos pecados...
E lá fiquei eu, desolada, a lamentar não ter encontrado aquele 1,80 cm, cabelos pretos, olhos da mesma cor e pequeninos, boca carnuda, sorriso lindo, barba muito bem feita, vestido numa camisa branca, uma calça jeans e um despretensioso tênis, na volta.
Àquele momento eu ia a uma festa de aniversário de uma amiga que me disse ter cerveja demais.
O problema é que já estou de volta à estação há bastante tempo, e ele não reaparece. Já conversei em francês, inglês, espanhol, italiano, árabe, doguês com as pessoas, e nada...
Eu só queria, enfim, dizer a ele que "Oui, oui. Je parle français!"
Era só isso...
Putz.
Mas c'est la vie.
E eu sigo no que eu faço com maestria: assustar os homens, de um jeito ou de outro...Uma pessoa desse tamanho, e lá da Mara Rosa...Não me conformo com isso, viu!
Em Madri, falo espanhol
Em Paris, é o francês
Em Berlim, o alemão
Em Lisboa, português
No Brasil, vai depender
Se é Nordeste, vou dizer
A língua nordestinês
Então, a torta holandesa, na verdade, é culinária brasileira; semelhante, ao pão francês que não é um croissant. Brasileiro e a mania triste de valorizar o gringo para dizer que é chique.
A morte..A vida..O Déja vu..
O Eterno Retorno
"O termo francês déjà vusignifica “já visto” e diz respeito à sensação subjetiva mas intensa de já se ter presenciado ou vivenciado algo, apesar de sabermos que é a primeira vez que acontece."
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Não é a primeira vez que acontece...
E se estarmos em constante ciclo, nascemos e morremos diversas vezes.
E vivemos, mais e mais vezes, a mesma vida que hoje estamos a viver, com algumas pequenas "oportunidades" de mudança, a chance de evitar algo ou algum arrependimento, sem se lembrar exatamente do que é..
Por isso.. diversas vezes, nos conectamos com pessoas com aparências e traços já "conhecidos", mas que nunca antes(pelo menos nesta vida) estivessem se encontrado..
E temos "Déjà vu" de pequenos detalhes, objetos, coisas que até o momento seriam insignificantes, ou com pessoas que até o momento não são conhecidas...
(...)
E, de fato, lá se vão quase sete anos de crimes na Argélia e nem um único francês foi levado a um tribunal da Justiça francesa pelo assassinato de um argelino.
Réveillon vem do francês
Vem de um verbo dito lá
Réveiller, que quer dizer
A ação de despertar
O acordar do novo ano
A hora do ser humano
Tentar se reanimar
RESENHA LIVRO: PEQUENO PRÍNCEPE
Escrito pelo autor francês Antoine de Saint-Exupéry, O Pequeno Príncipe é uma obra literária que cativou leitores de todas as idades desde sua publicação em 1943. O livro conta a história de um piloto que faz um pouso forçado no deserto do Saara e encontra ali um pequeno príncipe de outro planeta.
Por meio de um encontro inusitado e repleto de lições, o livro nos leva a refletir sobre temas profundos como a importância da amizade, a inocência da infância, a busca pelo sentido da vida e a fragilidade das relações humanas. Com sua linguagem simples e poética, Saint-Exupéry resolve questões existenciais de forma sensível e sutil.
O pequeno príncipe de cabelos dourados e roupas peculiares cativa o piloto e o leitor com suas observações sobre as pessoas e o mundo ao seu redor. Ao descrever visitas a outros planetas, o príncipe revela as peculiaridades e deficiências da natureza humana. Cada planeta visitado traz uma lição sobre valores distorcidos e prioridades equivocadas.
Porém, é na Terra que o príncipe aprende a lição mais importante. No caminho, ele conhece uma rosa vaidosa, um contador obcecado por números, um rei solitário e muitos outros personagens que ilustram as fraquezas e medos humanos. Esses encontros ensinam o príncipe sobre o verdadeiro valor das coisas e a importância de se conectar verdadeiramente com os outros.
A obra também traz reflexões sobre a infância e a perda da inocência ao longo do tempo. O pequeno príncipe descreve sua vida solitária em seu planeta e sua saudade da rosa que deixou para trás. Essa história nos faz pensar em quantas vezes deixamos de valorizar as coisas simples e reais da vida em busca de conquistas superficiais.
Outro aspecto marcante da obra é a busca do príncipe pelo sentido da existência. Desafia a lógica e a razão dos adultos que muitas vezes se perdem nas suas rotinas e responsabilidades. Entrevistas com o piloto, o príncipe nos mostra que é preciso olhar além do óbvio, ver com o coração e encontrar beleza nas coisas mais simples.
A escrita de Saint-Exupéry é repleta de metáforas e alegorias, tornando a leitura rica em significado. A narrativa nos leva a uma atmosfera de encantamento e nos faz pensar sobre o mundo em que vivemos e como nos relacionamos com as pessoas ao nosso redor.
"O Pequeno Príncipe" é uma obra atemporal que atravessa gerações e culturas e toca o coração de milhões de leitores ao redor do mundo. Sua mensagem de amor, amizade e valores humanos básicos é universal e relevante até hoje.
Em suma, “O Pequeno Príncipe” é uma obra-prima da literatura mundial que nos convida a olhar o mundo com os olhos da criança que ainda existe dentro de nós. É uma história que nos faz pensar na vida, na simplicidade, na amizade e na importância de cultivar relacionamentos verdadeiros. Uma leitura obrigatória para todas as idades que nos toca profundamente e nos ensina lições importantes sobre o que realmente importa na vida.
“Como disse o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry, ‘só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos’. Essa frase nos convida a olhar além das aparências e a compreender as motivações e os sentimentos das outras pessoas. Parem por um instante e se coloquem no lugar daquele ou daquela que vocês tanto julgam. Tentem ficar no lugar dele ou dela. Vocês aguentam a cruz dele ou dela? Se a resposta for sim, ofereçam o seu ombro para ajudar. Se a resposta for não, isso significa que não devem julgar sem ao menos se colocar no seu lugar.”
"Ir tomar um café na padaria e não ter o pão francês, é como ir à praia e não encontrar a água".
Anderson Silva
"... a história é a
ciência da infelicidade humana!", grafou
o poeta francês Raymond Queneau...
Visto que, somos ainda usuais
consumidores de'efeitos' sem nunca
nos debruçarmos sobre as 'causas'
que os provocam e nos conservam
confortavelmente
infelizes!
Os índios americanos caçavam e trocavam seus produtos entre si. Vieram os "civilizados " e lhes ensinaram o comércio. "Desensinaram-lhes" a trocar bens naturais e culturais por __ álcool ... __ armas !... __e...quinquilharias... Assim, em vez de lhes altearem o espírito __ com esta simples, mas, perversa __prática__... terminaram por lhes rebaixar a Alma !..."