Frases sobre folhas
Poema QUINTANARES
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei,
Que há até uma encantada,
Que nem em sonhos, sonhei.
Mas se a mim me permitir,
A vida em redemoinho,
Quero me ir levemente sorrindo,
Como se vão aquelas folhas outonais,
Que varrem as ruas centrais da cidade que habito.
E se não for por ventura,
Que o coração se reparta,
Quero que arda em fogo árduo,
A pungente alegria, daqueles que se embriagam,
Simplesmente enamorados na claraboia da lua.
Há tanta coisa escondida, nestas ruas que andarei,
Até mesmo a própria vida, feita uma canção atrevida,
Que quiçá, talvez um dia,
Com as próprias mãos tocarei.
Carlos Daniel Dojja
Em Homenagem a Mário Quintana
"Folhas secas destorcem meu caminho
Antes eu era o sol
Hoje sou apenas a brisa leve
De uma tarde de inverno.
Meus passos ainda cansados
Procuram repouso
Mas só vejo folhas
Encobrindo o rastro que um dia
Criastes para mim...
A natureza desta vez foi mais forte
E me perdi de você..."
Pela folhagem
Em meio a folhagem te vejo, vens por
caminhos molhados pela chuva.
Tens teus sapatos enlameados, tuas
roupas coladas ao corpo e cheia de
pedaços pequenos de folhas coladas nela.
Caminhas devagar, e mostras a doçura
que és.
Quando perto chegas, com as mãos tiras
aquilo que em tua roupa tens.
Os sapatos jogas a um canto, e colocas
o teu chinelo. Aos poucos tiras a roupa molhada,
e as deixa caída sobre uma cadeira.
Para o banho caminhas, quando sais, eu não quero
que te enxugues.
Te abraço e deito o teu corpo, o meu irá secá-lo.
No iníco o sinto úmido, mas aos poucos teu corpo
aquece, os beijos o percorrem, e logo te sinto quente,
és minha, só minha por inteiro.
Passou o tempo e nem percebemos.
Da umidade um pouco há, só que não da chuva.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Artes Ciências e Artes
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
Que os ventos fortes deixem cair todas as folhas secas que há dentro de si. E permaneça apenas aquelas preparadas para enfrentar cada dia. E que estas brilhem com a luz do sol e com o luar ao anoitecer.
Que sirva sempre de modelo para a gentileza, onde os pássaros possam descansar em seu galhos. E os humanos possam trocar sua energia em abraços ou simplesmente repousarem em conversas e respiro. Nem que seja por alguns minutos, e mesmo que não o percebam, faça o bem. Oferecendo sombra, proteção, moradia, e movimento junto ao ritmo do vento.
Dê beleza para que aqueles que estão a cima de você, olhando veja a linda vista e suas cores. Dando motivos para continuar seguindo.
E para aqueles que estão passando, dê a direção e se encantem com seu horizonte. Que a cada dia possa notar sua beleza vista de ângulos diferentes, outros detalhes, novas cores, formatos dos troncos.
Que possa servir de passagem para formigas, e outros animais que irão facilitar seus caminhos. Seja pulando galhos, seja subindo o tronco ou apenas passando de folhas em folhas para adquirir o que busca. Sirva de caminho.
Pode ser que ao anoitecer você esteja e se sinta sozinha mesmo ao longo do dia servindo de suporte, de moradia, de passagem, de sombra para todos aqueles que passaram por você. Mas olhe para cima e veja as estrelas iluminando cada folha, cada canto do vasto céu. Veja que todas estão sozinhas, mas que juntas o brilho no infinito se torna maior.
Assim como seu tronco e sua raiz crescem a cada ano, perceba a força que há em dentro de você. E que só se fortalece cada vez mais e mais.
Árvore
Olhe que bela árvore
São belas amigas
São verdes são altas
Formosas e antigas
Árvores são livros
Que guardam histórias
Escritas nas folhas e nos galhos
E assim vencem o vento
Árvores são vozes
Que cantam ao vento
Vencem a dor da serra
Caindo ao solo sem chorar
Vento
É de tarde, o céu azul nem a mancha de uma
nuvem se nota.
Os galhos da árvore parecem com as folhas
conversarem.
Ao pé da árvore, as crianças brincam, e os
adultos amigavelmente conversam.
Do horizonte tão calmo, começa vir um vento
suave, e traz consigo uma brisa.
Brisa que aos poucos transforma-se em vendaval
forte, e a impressão que se tem é a de que
forças muitas o sopram com fúria, com a intenção
de limpar ou destruir.
A árvore estática em seu lugar esta, e sua conversa
com as folhas, e as suas vizinhas, cessa.
A impressão que se tem é de que o assunto entre elas
era confidencial, para que fosse interrompido tão
bruscamente, então as folhas são derrubadas ao chão.
Redobra o vento em sua força e raiva, enverga a
árvore, e se espalha pela planície.
Como veio, ele foi, deixando desolação e dor.
Essa força é estranha, o homem não a vê, mas sente.
Quem do vento, será o senhor?
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
As folhas coloridas que se mostram mesmo à distância são como homens e mulheres que em meio às distrações do mundo ainda focam-se no que realmente importa e fazem-se notar pelas suas acções.
''Hera(m)''...
Flores de folhas mais verdes,
que no silêncio da tarde o bosque exala
aroma mais doce na brisa que corre
movendo as folhas até ao vale...!
-- josecerejeirafontes
Doenças e vírus
O grande problema das pessoas que vivem tomando remédios, é porque ignoram e não acreditam na "NATUREZA" de Deus: um reforço imunológico em abundância contida em uma flora rica em saúde.
Viva feliz com essa alimentação natural, respire fundo e se realize com esse tesouro de frutos, folhas e sementes.
Quem tem fé, cria raízes.
Amém
Outonando
Outono de brisas frias
vindas de tantos lugares
trazendo junto melodias
do céu, da terra e dos mares
Amo o outono tão quieto
folhas amarelas que se vão
em uma canção de afeto
tocando junto ao coração...
Pelo jardim dos meus pensamentos, ramos e folhas se espalham ao chão ... No caule desabrocha uma rosa, toda formosa ... Onde dança sutilmente siluetas ao vento, embalando uma valsa, nas batidas do seu coração.
novembro
já é novembro, dos ventos
o tempo fugaz caminhando
as quimeras em movimentos
rodopiando, e que seja brando
inflados de sentimentos...
as coisas já esquecidas
no bolso da promessa
que não sejam retorcidas
e tão pouco tenha pressa
que cure, todas as feridas...
há tempo após a existência
tenha fé, no nosso Criador
mais louvor... mais reverência
e assim, mais sal, menos dor
afinal, o penúltimo mês do ano
que o recebamos com amor
e que não sejamos, profano...
no coração todo o valor
lembranças, sem dano
mês de finados, luz, fervor...
bem-vindo!
- mês 11 do calendário gregoriano
chegou novembro, que seja lindo!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
01/11/2019, 05'35"- Cerrado goiano
Cantareira
A neblina da serra
Já avisa
Aquela névoa tão branca, me intriga
As plantas já ficam tão lisas
O orvalho se transforma
Em vida
O solo se umidifica
Os insetos de cá
Já começam a galgar o cume daquela árvore de lá
A andorinha anuncia
Mais um dia
De alegria
De frio
Também de carinho
No coração de quem ainda tem paz
Ô serra linda
És tão alta
És tão bela
Como a mesa do meu jantar à luz de vela
Minha fonte de alívio
Para alguns uma inspiração
Ou quiçá pode ser lá, um lugar
Onde se escondem o estresse e a tristeza
Quem dessa caverna quer sair
Logo se esvai e deve sumir
Pois ela tem em si
A essência de uma prisão
E só escapa quem não se contentava
Com tamanha ilusão
Ô serra linda
Permanece ainda
Ô serra linda
Que tu sejas infinda em meu coração.
Secas folhas de caderno
sessadas pelo árduo
e vil das amarras
do seco espaço-tempo
nas lembranças
nem chuva ou lamento
faz calar os murmúrios
do verão.
Secas folhas que estralam
pelo tempo não são falas que levadas pelo vento
o que o poeta riscou na estação.
Árvores
quando -beijadas- pelo vento
chovem folhas dos galhos,
que se plantam no solo, como
flores na erva fresca...
-- josecerejeirafontes
Quando a relva fina, seca e rasteira parece não suportar mais nem um dia, quando num lago enlameado os peixes começam a desvencilhar do barro, quando as folhas secas parecem não pertencerem mais aos galhos e caem, aí Deus com sua suprema e infinita bondade e sabedoria manda a chuva e a natureza já esverdeada volta a favorecer a vida.