Flerte
"Comece o dia com flerte no sucesso de mãos dadas com a felicidade, e estará livre dos devaneios do mundo.
Tudo o que fizeres com pressa, com pressa acabarás... flerte com o processo e com a jornada, esses não serão esquecidos!
Se a mulher te chamar de AMIGO... Pode perder qualquer esperança, portas se fecharam, mude o foco, porque com essa não será mais nada, além de "amigo".
Não!!!
Eu não fico te olhando feito bobo.
Eu fico é bobo, só de te olhar.
Odeio resistir ao desejo do teu beijo,
amo persistir na vontade de te beijar.
Ah, os flertes urbanos. Os encantos do metrô, os artistas do centro da cidade e o moço da lambreta bege, que ainda espero encontrar de novo um dia. A timidez nos trava e nenhuma palavra é trocada, nada acontece. São apenas olhares, mas que nos trazem sorrisos a cada dia.
(Flertes Urbanos)
É isso que você pensa que nós dois fazemos? Flertar? Moranguinho, se nós dois estivéssemos flertando, você saberia.
E na conversa pra saber
qual o vinho bom,
o olhar cruzou,
parou....
e por segundos,
tudo se contou.
No olhar,
ficou aquela fome,
um do outro no ar,
tudo parado,
desfocado,
tipo aqueles filmes noir.
SINGULAR
“Manter a porta fechada não adianta nada quando um olhar certeiro mira o seu através da janela. Quando o sorriso de alguém fica se repetindo na sua cabeça e a coordenação motora não te ajuda a fechar a porta. O flerte e o interesse acontecem o tempo inteiro, mas nem sempre isso é devolvido... Ah a reciprocidade daquele momento de paz, quando te olho nos olhos e não penso mais nada. Eu disse outra vez que eu não queria ninguém, eu disse outra vez que não estava aberta a me relacionar. Criei independência, liberdade e tenho meu espaço. Mas ele pode ficar, ele é singular.”
A única forma de manter a paixão pela vida é flertando com a morte. Pois só desafiando a morte é possível se sentir vivo de verdade.
Tolerância
Na apoteose dos desejos,
Pele com pelos dourados,
Dobras na anca curvada,
Será meu seu calor?
Divindade das curvas,
No colo, perfeição sustentada,
O caminho das mãos à cintura,
Fitar que me causa furor!
Sensuais passos de Deusa,
À olhar firme em meus olhos,
Sorrindo no canto da boca,
E meu peito em repique de samba,
E entre o flerte e o ápice, a mais prazerosa tolerância …
Para quem lhe quer receber um olhar é uma das melhores frases a dizer e com um breve sorriso responder.
"O monstro do mercado na fila do pão (pg 38)
Encontra sua dama com as mãos perfeitas de unhas feitas " to be continued...
Flertar com o erro é algo viciante, ele nos deixa mais experientes e nos tornamos mais maduros. Por vezes, o erro costuma bater na mesma tecla, até parece algo cíclico. Há quem diga que se pode escrever – aqui leia-se errar – certo em linhas tortas, o torto ou o erro se torna prazeroso, de certa forma. O que me intriga nesta caminhada é a marca indelével que a caneta é capaz de fazer ou quem sabe a intensidade que eu coloco ao escrever, ao rabiscar, ao desenhar. O papel a qual tanto escrevo é sensível para tantas tentativas de erro e acerto. A tinta indelével com força de expressão, de tanto focar em uma única situação, acaba por perfurar a penumbra daquilo que um dia foi forte. Perfuram-se os papeis! Um buraco se abre e me dá acesso para outra dimensão. Será se ali estaria o lugar o qual eu poderia flertar com o acerto? Este buraco negro que me consumiu ferozmente está me mostrando que aqui o vácuo da intensidade é bem melhor quando é escrito com emoção. Nesta outra dimensão todos os meus erros tornam-se, automaticamente, em acertos. A dimensão do jogo da intensidade prevalece nesse emaranhado de flertes escondidos atrás do desenho feito com a tinta indelével da minha força de vontade de viver o acerto que um dia julguei que era um erro. O que seria dessa dimensão sem os tão sonhados erros que nos fazem melhores a cada linha que pintamos do lado de cá? A resposta está no erro que não pintei ainda.
Quando eu era mais nova, o menino que eu gostava disse que me achava bonita de vermelho.
Me observo, hoje, no espelho, usando tons de vinho, bordô, carmesim, e amaranto.
Me esquecendo que gostava de azul.
Tenho medo ao pensar nas outras partes de mim que existem como um meio de ser amada. Temo que me perdi ao exigi ser amada antes de exigir ser eu. Me apaguei ao buscar algo intangível como o amor.
Faço macarrão do jeito que meu irmão me ensinou, escuto as músicas que minha mãe me cantava, vejo filmes para ter sobre o que conversar, e leio os livros favoritos de todos que conheço.
Me sinto como um quebra-cabeça indecifrável montado por peças de outras pessoas.
Sem essência, sem formato, sem imagem.
Uma grande bagunça.
Hoje é mais fácil ver o couro arrepiadodo que um lindo sorriso estampado,desviando seu olhar intimidadodaquele flerte tão inesperado.
As pessoas só querem fama,mas temem ser conhecidas.É mais fácil mandar nudes na camado que ter as almas apaixonadamente despidas.