Finjo
Eu sei que não sou perfeito,
mas também não finjo ser que não sou,
posso te dizer que sou verdadeiro,
porque foi o bairro que me criou.
Tudo que compro nesse mundo não é meu; finjo ser ateu, pra regular quem se perdeu:
na mesma busca que eu, na mesma busca do eu. Na fila da escola, maternal, jardim e pré: amaçã da professora que chega pra aula a pé. Brincando de ser rico, lembra a banco imobiliário equando fiz 15 eu passei a ser bancário - já vi dinheiro grande, mais ou menos e trocado - quem você acha que banca meu raciocínio quebrado? Separe-me dos ímpios, invejosos e perdidos em geral;
quem odeia no escuro, na luz enxerga mal.
Discordo de Schopenhauer.
Finjo ser ateu pra regular quem se perdeu
Na mesma busca que eu, na mesma busca do eu
Na fila da escola, maternal, jardim e pré
A maçã da professora que chega pra aula a pé
Brincando de ser rico lembra a banco imobiliário
E quando fiz 15 eu passei a ser bancário
Já vi dinheiro grande, mais ou menos e trocado
Quem você acha que banca meu raciocínio quebrado?
Não desanimar é o primeiro passo, e sei que é isso que tento demonstrar, tem dias que finjo bem, tem dias que não. Assim como a música "RainDrop" de Frédéric Chopin, me pego como se eu estivesse submerso em um lago, com gotículas caindo sobre mim, intermitente, não importa o quão eu tente, não consigo sair do lago.
Quando o assunto pautado for o amor eu jogo sujo.
Amo de verdade, não finjo amar quem eu não amo.
Não amo quem não merece, mas me entrego para quem é recíproco.
andeja
minha poesia é onde vou
um aconchego, um amor
aí eu finjo que ali estou
uns devaneios ao dispor
então rumo pra outro voo
minha poesia é sertaneja
come perna de cachorro
sem parada, assim seja!
vai, sobe e desce morro
e outro acaso nem planeja
andeja!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2019, 16 de outubro
Cerrado goiano
Ninguém precisa fingir que gosta dos meus defeitos, na mesma via não finjo qualidades que não tenho, para tentar agradar ninguém.
A cada amanhecer sinto a brisa tocando meu rosto, finjo
ser teu toque: suave, porém quente. Me embriago com o
som da tua voz, que me mente e se mente...
Num instante que parece eterno me perco e me acho
dentro de ti. Sabes bem o que sinto e sei o que sentes,
mais nos escondemos no silêncio...
Mentimos nós, para continuar na busca do momento
que nada mais sentiremos, uma busca perdida num
caminho sem volta. Nossos olhos se desviam com
medo da entrega. Sabemos que somos proibidos
mais sonhamos que o impossivel pode acontecer.
Não sabemos quando, nem onde, mais andamos embora
separados,para o mesmo lugar.Somos desejo,loucura
e pecado !
Olhar-te é enxergar a imensidão e a beleza do mar, da noite, do luar. Teu olhar no meu, finjo. Finjo, que nada sinto. Mas sinto o que só tu é capaz de me fazer sentir.
Meu mundo muda de cor a cada vez que ficamos frente a frente,
Sem toque, sem palavras, sem sorrisos.
Somente sentimento e só !
Quando penso que já não sinto mais nada meus olhos te vêem e meu corpo reclama tua ausência...finjo não escutar, mas minha boca grita tua saudade !
A fuga
"Eu finjo que não me importo.
Tu finges que me esqueceu.
Eu vivo amores sem regras.
Tu vives um amor que não sou eu.
Me afogo em bares, botecos, viagens...
Amo-te, desamo-te, a toda hora.
Subversivos do amor é o que somos.
Se sou eu teu amor?
És tu meu bem!
Por que nos enganamos {...}
enganando a tantos alguéns?
☆Haredita Angel