Fim de tudo
"O céu pode ser o limite, mas nunca o fim de tudo...!"
Otávio ABernardes, Tavinho, o "Joli"
Goiânia, 04 de março de '24.
Nem pensa que é bom o bastante a ponto de proclamar uma divindade, no fim quando tudo estiver acabado a tua glória será igual a do teu irmão.
A morte é o fim de tudo, ou o começo de nada?
Não há resposta, só silêncio, e o vazio que nos devora.
O vazio é a essência da vida, ou a negação do ser? Não há sentido, só angústia, e o vazio que nos consome
O vazio é o destino final, ou o eterno retorno?
Não há saída, só abismo, e o vazio que nos espera.O existir é um erro?
Não há sentido na vida, por que teria esperança na morte?
Somos apenas sombras errantes em um mundo sem luz, buscando um alívio ilusório em um abismo sem fundo.
Nada nos salva da angústia; nem a fé, nem a razão, nem o amor. Somos condenados ao sofrimento e à insignificância do ser. Alguns contentam-se com verdades que não são mais que sombras, afogando-se na superficialidade de explicações tolas. No fundo, a busca por respostas vazias é uma fuga desesperada da angústia que nos consome. Eles são os cegos da luz e os surdos da paixão. Não conhecem a si mesmos, nem o mundo em que vivem. Eles não sofrem, nem gozam, eles apenas sobrevivem.
A única saída é o silêncio. O silêncio da alma e da mente. O silêncio que precede a morte, e que sucede o vazio.
Amor
Tudo na vida é assim,
O amor sem fim,
Explica tudo sem solução.
Isso é natural,
Meu caso é só mais um,
Mas tão real,
Que me machuca, enfim.
E as incertezas
Que eu te mostrava
Eram pra ter certeza
De que você me amava.
E se buscasse por poder,
Saiba que a tristeza que reina em meu coração
É tão grande quanto o pouco de vão,
Segue assim, sem emoção.
E pra matar a sede,
Manda um olhar,
Só pra tentar
E buscar nele
Uma solução.
Mas já que crio coragem,
Vou te pedir
Só mais uma vez,
Vou me despedir
Pra algum lugar
Que ninguém me pode achar.
Olha que tudo na vida
É bem assim:
Meio carente
E meio sem fim.
Saiba que tudo me leva
A te amar e ao contentamento
Que cabe aqui.