Filosofia
"As obras de Josef Pieper sobre as virtudes cardeais foram as minhas primeiras leituras filosóficas quando comecei meus estudos universitários em 1946. Elas despertaram o meu interesse para o pensamento filosófico a alegria de uma busca racional de respostas para as grandes questões do nosso tempo. E além disso aprendi que os grandes pensadores do passado ainda estão presentes por conta de sua luta pela verdade e que a filosofia não se torna obsoleta sempre que ela honesta e humildemente permaneça no caminho da verdade. Desde então nunca deixei passar sequer um livro de Pieper enriquecendo-me e renovando-me com essas leituras.".
É Tão Fácil Escrever -
Saiba que não há
aqui,
com isto de:
"é tão fácil escrever",
um descaso ou desdenhe
com a escrita.
E sim,
um louvor, uma devoção
entusiasmada com o
sentimento.
Digo,
distribuir palavras
no branco do papel,
ainda imaculado.
Despejar metáforas,
anáforas, ironias,
afim de alimentar desejos;
afim de iluminar sonhos;
afim de enxuguar lágrimas
ou chorá-las mais e
mais em versos:
celebrar!
Ganho, com isto,
coragem para confessar
aqui um caso,
quase um romance
com os advérbios.
Indubitavelmente eles
me acolhem,
me protegem,
me apontam para novos
sentidos, para novos rumos,
para novas direções.
É difícil viver num mundo
onde precisamos,
a todo custo, a todo
momento,
explicar, justificar
adjetivos.
(Que as interjeições não
me ouçam sobre os
advérbios: as quero
também).
Mas, neste
"caos-linguístico-poético",
difinitivamente,
não sou criatividade
em Pessoa
nem tenho a fineza
do corte preciso de
um Machado
nem mesmo a essência
disfarçada de Pássaro
Azul ou Corvo,
encoberta por uma
melancolia crônica
de escritores (genialmente
malditos), do
submundo.
(São as dúvidas que me
dominam e por elas
eu também escrevo).
Em certos dias,
tudo flui de maneira
orgânica, natural.
(Quase não procuro,
com tanto esforço,
as palavras, os
encontros).
Agora mesmo elas me
acham e eu não
tenho muito a
escolher,
a não ser sê-las.
Mas há dias que eu
perco a fala,
a ideia,
o pensamento.
Há dias em que sou
esquecido pelos deuses
ou pelo diabo,
não sei.
Há dias tão vazios,
ocos,
que nem a Poesia
me alcança.
Dias em que eu fico
por dizer, entalado,
sufocado...
pois, difícil mesmo,
extremamente complicado é,
com tanta coisa
por gritar:
calar-se - silenciar,
emudecer.
Atendo em uma tenda e na entrada uma placa: "Se tiver razão não é bem vindo!"
Ninguém alcança a paz com esta carga.
A sociedade em que vivemos hj está cheia de armadilhas das quais são provocadas por falta de informação, julgamentos injustos, falta de compreenções e milhares de outras coisas. Sobre isso tudo que nos rodeia,creio que a filosofia de vida,por mais que incompreendida por outros que estão de fora,seja a única esperança para estabelecer barreiras de proteção e ao mesmo tempo ultrapassar fronteiras para uma vida de sabedoria e sobretudo de felicidade.
Ramon Ferreira.
“O Escoteiro é um crente e eu repudio. toda a forma de escotismo que não tenha a religião por base."
A conaturalidade do método escotista com a religião é clara desde o início do escotismo.
O Sentimento de Uma Criança -
Quando escrevo
tomocomo base
os grandes
mestres.
Mas penso que só
é grande,
verdadeiramente grande
mesmo,
aquele que preservaem
suaessência,
o sentimento de uma
criança.
"A criticidade dos jovens diante dos saberes filosóficos se constrói pelo fato de observarem, principalmente, diferentes teorias sobre os mesmos conceitos".
(Filosofia da Educação: Marxismo, Teoria Crítica e Realidade Social, p.260)
Não Sei -
Não sei
de qual tamanho seria o
meuamor,
se quem o recebesse
se permitisse vivê-lo
e retribuí-lo.
Ao morrermos para as vidas que julgamos que não serão as melhores possíveis damos à luz a possibilidade de vivermos a que realmente desejamos viver. Sendo assim, viver (bem) é morrer (para as vidas “ruins”).
Somos seres verbais, criados pelo Verbo, mas do ventre ao pó buscamos por sensações que possam inutilizar (noss)as palavras.
De que cor é o Mar!?
É da cor do Verão!
E no Verão o Mar tem a cor de eleição quando está de feição.
Aos Trinta -
Agora
que já estou em meio
aos trinta
(considerando que sou um
tardio leitor),
quero ler pouca coisa,
pouquíssimas,
só alguns poucos
e decentes autores.
Não quero me compromissar
com tantas gente
assim.
É sempre um peso,
uma responsabilidade
submeter-se aos grandes
filósofos, poetas, escritores
da história.
Não, não quero!
Não quero ser influenciado
por mais gente além de
Pessoa,
Saramago
e Bukowski.
Talvez
um pouco de Clarice,
Gullar e Drummond.
Não muito,
só um pouco.
Ou alguma coisa de Neruda,
Bauman, Kant, Kafka ou Poe.
Nunca li Shakespeare,
nem Quintana,
nem mesmo Machado
ou Camões.
Nem seres como
Dostoiévski, Aristóteles,
Sócrates e Platão.
E Nietzsche e Shoepenhauer
eu desisti no primeiro
livro.
Não,
não quero conhecer a
essência do céu
ou do inferno
dessas grandes
mentes.
(Fragmentos,
aforismos:
isso me basta).
Não quero mais que
isso!
Há,
assim,
uma espécie de alívio,
uma certa paz
ou talvez liberdade
ou... sei lá o quê,
qualquer coisa assim...
menos a resposta.
Nada Mais Será Seu -
É tão difícil não poder dizer
o que se quer
gritar.
Ter que observar calado,
seu pequeno grande
mundo - coração -
escapando por aí,
mundão afora.
E você distante, incapaz,
inseguro,
sabendo que mais cedo
ou tarde nada,
nada mais será seu.
(Ora,
mas afinal,
quando é que foi?).
Um ponto diz tanto que, por ele, passam infinitas linhas retas e infinitos planos. Já dois pontos, dizem menos, pois , por eles só passa uma linha reta, no entanto, continuam passando infinitos planos. Por outro lado, três pontos não colineares dizem menos ainda, pois, por eles não passa nenhuma linha reta e somente um plano. Portanto, basta você conseguir ligar três pontos não alinhados para compreender o plano.
Justificativa, nos diz o motivo; Metodologia, nos faz imaginar como desenvolver ; Aplicação, a partir da metodologia nos faz sair do papel. Esses três pontos: justificativa, metodologia e aplicação; são os pilares de um plano perfeito.