Ficção
"A vida é um grande movimento de ficção:
que a prática da ilusão seja a mais sustentável possível”.
Não é ficção e sim realidade vergonhosa e triste do estado cultural brasileiro que muitos dos maiores e mais importantes baluartes de nossas artes e de nossas culturas tenham que chegar ao final da vida enfrentando abandono, grande miséria e fome, dependendo exclusivamente da boa vontade, caridade de alguns fieis amigos e da realização de shows beneficentes.
Devemos buscar a verdade por sede de conhecimento mas jamais completarmos com ficção, quando se deparar com a falta de novas informações.
O imaginário é uma ficção coletiva vivida como uma realidade objetiva.
A história que eu lhes conto agora
Não passa de uma ficção
Vim procurar quem perdi em outrora
Quando estive em outra encarnação
Com o tempo eu fui compreender
Que a vida me deu outra versão
Pra rever hoje nesse meu viver
Um futuro sem mais separação
Quartzo, martelo e Janela
Uma contradição
Metade verdade
Metade ficção
Dias passando
Com sua
Regularidade
Monótona
E só
Esperando
Quando muito
O Sol
Brilhar
Que tristeza perceber que a realidade parece um filme de ficção cujos diretores fazem roleta russa com a vida dos seus personagens e os diálogos dramáticos são interpretados como “mi mi mis”.
Seed? Maldade, pra quê?
Um humano ou um monstro
Atrocidade, não faz sentido
Um filme? ficção... não
Isso existe
E os do bem precisam agir, reagir
Duas perguntas:
Por que faz isso homem?
Por que permites Deus?
Limites precisam existir
Pela tristeza, o fim já é cobiçado.
Ficção e esperança
A ficção é um devaneio,
um navegar nas águas do tempo,
um cavalgar sem as rédeas da razão,
sem o controle dos sentimentos.
É uma ilusão real, um sonhar acordado,
ou uma completa abstração da realidade,
onde se materializa em proza, versos e rima,
a mais fértil imaginação do autor.
Mas a ficção está a serviço da esperança,
e nos permite visualizar num cenário imaginário,
os ideais capazes de gerar uma nova abordagem,
dos nossos próprios problemas e conflitos reais.
Com uma visão mais pacífica e conciliadora,
permite acreditar que o ser humano
ainda é capaz de se relacionar sem interesse,
de desejar apenas uma amizade sincera
e amar sem o intento de querer dominar.
A realidade não muda através das palavras,
mas as atitudes podem se transformar,
se deixarmos as palavras germinarem
e fazerem brotar a esperança
no solo árido do nosso coração.
A ficção, a irrealidade são de fato coisas inexistentes e antagônicas a realidade existente? Ou, refuta-se a ilusão por incompreensão daquilo que é abstrato e intangível?
Estou em casa, refletindo sobre a fusão entre sonho e pesadelo, realidade e ficção. A noite passada ecoa em minha mente; sonho ou pesadelo, ainda estou em dúvida. Sinto-me deslocada depois daquela experiência.
Testemunhei o fogo devorando a mata e o gelo flutuando no oceano. Percebi que o poder, o dinheiro, a raiva, a petulância, a inveja, a ganância, tudo o que é negativo, tornou-se tão insignificante, restando apenas a necessidade de se esconder, se salvar, perdoar e ser perdoado. Como escapar? Como alcançar a salvação? O perdão! Ele reinava, ecoando nos corações de todos. Chorei, pois a dor era avassaladora, consumindo-me de egoísmo.
Vejo imagens, talvez seja um sonho, um pesadelo. Parece que estou sonhando, mas a dor é real. Pelo amor de Deus, façam algo, salvem-nos.
Tudo se assemelha a um filme com imagens realistas. O que está acontecendo com o mundo? Por que construir bunkers, ó ignorantes, se somente os escolhidos terão salvação? Neste momento, desejo ter um gravador para registrar o caos, mas só disponho de minha mente e meus olhos, sem certeza de minha própria salvação. A dor é intensa, sinto meu corpo queimar com o fogo, e a água gelar-me até os ossos!
Lá fora, o fogo consome as matas, as cidades, enquanto a água do oceano avança, formando uma muralha intransponível. A água está cristalina e o fogo, imponente. É como se um copo de água transbordasse sobre o fogo, porém a chama não se apaga, é como um retrato do inferno em 3D, com cores vivas e deslumbrantes. O mundo está à beira do colapso, e ninguém nos alertou. Sinto-me exausta, cansada, pois não consigo salvar nem a mim mesma.
Vejo imagens, talvez seja um sonho, um pesadelo. Parece que estou sonhando, mas a dor é real. Pelo amor de Deus, façam algo, salvem-nos.
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