Fechado
O que vale amar, se faz frio
e a noite é um vidro fechado,
apenas?
O que vale amar, se tudo se fecha,
se chove interminavelmente
e, em seus olhos,
nenhum brilho de arco-íris nasce,
como sempre acontece com quem ama?
Abrir-me como o vaso pressentindo a flor
a conduzir a vida com seu perfume,
deu vida aos espinhos que meu corpo cingem,
apenas.
Despeço-me, então, da ternura e da paixão,
deixo o beijo para quem conhece o mistério
de abrir o sol com a língua.
Deixo a doce lida de amar
a quem pode colorir os olhos, depois da chuva.
Nos meus, a lágrima cortante dos sozinhos,
apenas.
Por favor, não procure respostas onde não existe. Sou simplesmente um mistério - um livro fechado - intacto.
Universo.
Às vezes me tranco em meu universo fechado.
Ali não tenho sentidos.
E fico lá, sem gosto ou cheiro!
Sem toque ou paladar.
Parado com meu silencio.
Escuto apenas os meus batimentos cardíacos.
E sinto que caio de um precipício.
E jamais alcanço o chão.
Não é suicídio.
Nem há motivo.
Poderia ser um tiro, seco e curto.
Mas na verdade é um problema áspero e longo.
Por isto fico no meu universo fechado.
Ali meus amigos é como Oz.
Você sabe que é mentira, mas ainda assim adora aquele caminho.
Que para alguns são tijolos amarelos e para outros...
Não passa de musica e luxuria.
queria dizer-te aquilo que
não conseguia dizer nunca
tenho mantido fechado em mim
há muito tempo já
mas tem uma amor que não sei
mais esconder porque
agora ele precisa também de ti
queria dizer-te que
És sempre tu a minha alegria
que quando falas junto a ele
nasce um louco ciúmes
por tudo aquilo que me dás
também quando não sabes
isto eu queria dizer a ti
de quando tu não estás
eu me perco sempre um pouco
e depois compreendo que não sei
mais divertir-me sem ti
ao contrário quando estás comigo
a cor cinza ao nosso redor
se pinta da vida que dás
como é difícil
dizer tudo isto a ti
que de amor nunca falas
nunca falas comigo
talvez porque
tens medo como eu
de uma resposta que
ainda tu não sabes qual é
queria dizer-te que
não consigo dizer nunca
tenho mantido fechado dentro de mim
mas tem um amor que não sabes
mais esconder porque
agora ele precisa também de ti."
Não chove todo o dia. A chuva vai passar,
O dia pode estar fechado, mas eu sei...
Não chove todo o dia. A chuva vai passar
Estava distante, sem expressão
Diferente do que costumo ser
Rosto fechado, semblante na mão
Que jeito doido de querer convencer
A pressa apunhalou-me sem piedade
Meu olhar vagou num infinito sem cor
Perdi meu nexo, minha sanidade
E foi-se embora o meu tão medonho torpor
Estranho seja meu coração que me maltrata
Minha memória não produz lembranças
O ontem é vago, o hoje é nada
E o amanhã traz consigo suas vinganças
Estava enfadado, frio
Metáforas são labirintos que às vezes não tem saída
Assim sou eu, outrora sem brio
Agora uma expressão que procura sua face de vida
E para seguir em frente nesses dias cinza de noites azul fechado, dois conselhos: Em um dia da semana, pra afastar o desengano, ajeitar os ombros e erguer o queixo, lembre-se de onde veio. Em todos os outros dias, pra manter a esperança, alinhar os passos e mostrar para os olhos a direção, lembre-se aonde quer chegar.
Livro fechado e livro aberto
Quebrei minha vara
fechei o meu livro,
Não será por excluir,
Mais por que a vida me lamentou.
Ganhei um gato
abrir meu livro,
Não será por felicidade,
Mais por alegria.
Nem aberto,
Nem fechado,
Nem comprido,
Nem pequeno,
Nem grande,
Nem menor,
Nem descupa,
Nem mentira.
Será por que motivo?
E porque que tem algum motivo?
Livro fechado ou aberto,
Fique de olho aberto,
E fique esperto.
O tempo pode estar fechado, mas, se o sorriso estiver aberto e o coração cheio de fé, a vida continuará colorindo os seus dias.
Se seu problema fosse maior que mar fechado, cegueira, paralisia de músculos, alma ferida, lepra e morte, daria razão á existência de preocupações. Mas não é, seu problema é nada diante do que Deus pode fazer! Confie!
Por mais que um rosto fechado expresse tristeza, no fundo sempre sei que você esconde um brilho de felicidade
Será que existe paixão de pele, alma e coração? Meu coração está congelado, fechado, estagnado. Será que parei no tempo? Mas minha alma ainda vive um amor descompassado, passado, eternizado.
A Ação Integralista Brasileira, era um partido e foi fechado; mas o Integralismo é uma doutrina e ninguém pode fechar
O corpo espiritual dos materialistas é aberto para tudo o que vem de baixo, e fechado para não receber o que vem de cima.
Tomara que Maurice Hauriou, nas profundezas de seu ataúde hermeticamente fechado, em Toulouse, França, não fique sabendo das aberrações que acontecem neste Torrão da impunidade e da falta de credibilidade, terra destruída pelo Furacão da Corrupção, quando se envolve a atividade pública, com interferência da Política. Um submundo marcado pela sujeira generalizada, atingindo, inclusive a venda de sentenças que ganhou recentemente os noticiários na mídia nacional, até os pequenos escombros da administração pública; um turbilhão colorido de agressões aos direitos humanos; um monte de abutres disputando a putrefação dos restos mortais que ainda restam nos ataúdes sociais; a grande maioria mergulhada na imundície do esgoto; gente hipócrita, dissimulada, interesseira, mentirosa, fraudulenta; uma ferrenha disputa por espaços nas mídias sociais; gente gritando, implorando, berrando, sem noção do que fala; todos perdidos a procura de abrigos; todos com fome de poder; um monte de alienados, inimputáveis, berrando, agredindo, destilando ódios, engodos, mentiras, peçonhas; todos lutando por projetos de poder, deitado eternamente em colchões do dinheiro público. Um monte de destruidores, sanguessugas, sanguinários, querendo sugar a última gota de sangue do trabalhador, mutilado pela inexorável e torturadora carga tributária; um país da impunidade, da disputa entre poderes, ou conluio entre eles, levado a efeito inexoravelmente por agressivas mídias corporativas, uma doença assaz contagiosa, cada um usurpando das funções dos outros. Cada estrela querendo brilhar mais; cada lua incandescendo mais que a outra; cada arrebol querendo reluzir mais; cada mar querendo exibir mais ondas; cada órgão querendo exibir mais suas ações, com muita propaganda e pouco serviço prestado; todo serviço prestado na esfera de sua obrigação, haverá sempre um ator de cinema fazendo um filminho no celular para exibir nas redes sociais. E ao final os artistas são os empregados do povo e a sociedade o palhaço. Um filme de terror, com enredo de massacre, atroz e brutal, exibido nas madrugadas silenciosas, bem longe das vistas do povo sofrido, humilhado, ultrajado e aviltado.