Fechada
Alada Rebeldia
Deixe para mim uma janela aberta,
não te preocupe com a porta fechada.
Não terei prazo para entrar ou sair por ela.
Se me amas, peço apenas que eu seja livre para partir.
Se me amas, teus calorosos sentimentos deixarão rastros caso eu me perca de mim,
ajudando-me a recompor o meu ser,
e então, nos encontraremos em algum momento no tempo,
envoltos em saudades.
Pois quando me encontro nos horizontes da tua saudade,
vejo-me como o amante inalcançado, um fato não consumado.
Deixe para mim a janela aberta,
que a minha alada rebeldia tem nomes,
e a quem queira saber,
chamam-lhe amor e liberdade.
''O bom de ser um ateu?,é dizer que um cristão é ignorante e mente fechada?...''Quem disse que cristão não tem doutorado??ou mestrado??não abrange só teologia,mas também antropologia,história,arqueologia e ''ciência''...Pois há um sentido em Deus.''O mau do ateu é saber que ele não tem sentido da vida...enquanto não colocar Deus em primeiro lugar no preenchimento das lacunas de suas dúvidas''
Histórias de amor nunca vão ter um final feliz, pois finais determinam alguma coisa fechada e não aberta a outras observações. Histórias de amor nascem e vivem para sempre, mas a felicidade não consiste apenas nela em si e sim cada esforço que fazemos para conquistá-la. A felicidade não é o fim e sim o caminho. Felicidade pronta não nos faz partícipes da nossa própria história.
Existe muita gente hipócrita. Mente fechada. Sem princípios, sem ideais, sem opinião. Isso me irrita. N
(...)
A batida da porta é a porta
fechada
alguém dentro
alguém fora
alguém-alguém
A batida da porta é uma máquina
de lembrar
mas lembrar cansa
uma máquina cansa
você cansa
alguém dentro cansa
eu-trancado
(...)
Um dos maiores fatores limitantes de uma mente fechada é achar que se está certo por ter uma conclusão cedo demais
NÃO DIGA QUE NÃO AVISEI
Não diga que a rodovia está fechada
E que o trânsito dos infernos fez perder o encontro com o amante.
Não te contente com migalhas, pois elas não matarão tua fome de viver.
Não te iludas com o circo, onde chicotadas sangram os pobres animais.
Não venha chorar de amores,
Pois o último trem partiu sem tua despedida.
Não tente controlar o rio,
Pois suas águas fortes carregam angústias infinitas.
Não tente conter o riso,
Não tente segurar a lágrima.
Não olhe para as pedras rochosas,
Onde ecos refletem tua agonizante voz.
Não sucumba ao desespero, pois o desespero te levará à vertigem...
E da vertigem, ao precipício.
Não te entregue ao suplício,
O mundo é maior que tua pequena sala escura.
Não te feche em sentimentos ociosos.
Não seja póstumo, como dizia Nietzsche,
Apesar de as pessoas mais interessantes não estarem mais aqui.
Não seja testemunha do massacre incólume da tua alma.
Não arremesse flechas, pois não saberá onde cravarão.
Não ria dos mendigos, dê-lhes pão
Não fomente animosidades, pois estas são para espíritos fracos.
Seja forte, como uma mãe num parto.
Não cuspa na cabeça dos que ficaram.
Não acenda velas, outros acenderão pra ti.
Não cultive ervas daninhas,
Cultive violetas e girassóis.
Não fale enquanto o outro conversa,
Isso é desrespeito ao compenetrado coração de quem fala.
Não fomente expectativas em vão.
Não dê valor às ondas, dê valor ao mar.
Ondas são como nossas situações cotidianas,
Enquanto que o mar é nossa alma infinita
Não se desespere com dias cinzentos,
Não esconda seus sentimentos,
Coloque-os num papel, tire xerox e distribua-os entre as pessoas.
Não se cale ante a ameaça do infortúnio.
Não pinte em preto e branco,
Pinte em colorido com todas as matizes da cor.
Não se desespere com os fios de cabelo branco que teimam em aparecer.
Alegre-se porque o tempo em que o fez embranquecê-lo foi bem aproveitado.
Não tente entender o porquê das coisas,
Pois assim como o universo é uno, assim é nossa alma.
Não faça da mente um martírio.
Pois a mente é o seu próprio lugar e, por si mesma,
Pode fazer do inferno um céu e do céu um inferno.
Mesmo arrumado numa gaveta fechada, há sempre algo que nos força ou incita à sua abertura de vez em quando. Era bem pior, quando ela ainda estava entreaberta, contigo sempre à espreita , a fintar-me a cada passo.
Nos dias de hoje, em que muita coisa mudou , forçosamente ou não, isso nem interessa, tu és uma personagem de gaveta. Mas não é uma gaveta qualquer. Eu até lhe dei um nome. Porque tu não merecias ficar numa gaveta sem nome, mesmo que o mesmo represente um "karma" na minha vida. Claro que não merecias. Da mesma forma que nunca fizeste por merecer que eu, ao invés de te arrumar numa gaveta , te atirasse para o lixo ou arrancasse impiedosamente as folhas onde escrevemos juntos uma história .
Demorou um certo tempo até conseguir enfiar-te dentro da bendita caixa com chave. E depois a tranca-la. Foi um longo tempo de tentativas, todas elas frustradas, porque também demorou a chegar a mim a vontade de realmente fazê-lo. Porque no fundo eu nunca quis que o teu lugar fosse um lugar de gaveta, porque na realidade sempre tiveste lugar , espaço e sentimento para mais. Mas na vida nem sempre os motivos de força maior se resumem a lugares, espaços e sentimentos. Ou ironicamente, até acabam por resumir-se. De uma forma diferente para os dois, é certo, mas a verdade é que para nós os motivos de força maior, aqueles que te atiraram para uma gaveta sombria mas cheia de segredos e episódios felizes, estão intrinsecamente ligados a tudo isso. A sentimentos múltiplos, a lugares dispersos e espaços limitados.
Eu posso até ser assim, cara fechada, mas tenho meus motivos. Sei ser meiga quando quero, e legal quando preciso. Chega aí, venha me fazer sorrir.
A bola do mundo é grande, Deus carrega na mão fechada, um pouco com Deus é muito, o muito sem Deus é nada.
Não consigo respirar,
algo me aperta mas não consigo expressar,
minha garganta tá fechada,
minha boca ta cerrada,
onde isso vai chegar?
Observando tudo a distância,
vendo de longe o meu corpo definhar,
tudo vai se desfazendo vendo um filme passar,
meus olhos fechados, vêem o filme terminar.
Sinto agora meu corpo aos poucos se desmanchar,
estou leve, me sinto capaz de voar,
voar pra onde? voar pra quê?
Me lembro que estou morto,
agora não há mais nada a se fazer.
Em uma floresta negra e fechada repousa todas as nossas angústias e medos, saiamos fora da floresta onde há um campo aberto com lindas flores silvestres.