Favela
As oito e meia da noite eu já estava na favela respirando o odor dos excrementos que mescla com barro podre. Quando estou na cidade tenho a impressão que estou na sala de visita com seus lustres de cristais, seus tapetes de veludos, almofadas de cetim. E quanto estou na favela tenho a impressão que sou um objeto fora de uso, digno de estar num quarto de despejo.
O Brasil Está Perdido Com Povo Desunido Que Se Mata Por Partido, Enquanto Na Favela A Bala Perdida Destruindo Os Sonhos De Mais Um Menino.
E Os Ladrões? Ah... Esses São Conhecidos Como Mitos, "Porque É Melhor Amigo Do Que Inimigo".
Falta Pão, Falta Água E A Conta Cada Vez Cara, Porque 1 Milhão Pro Político É A Mesma Coisa Que Nada.
Mas Eu Tenho Esperança Disso Um Dia Acabar, E Um Grito A Liberdade Iremos Dar.
O Fim Da Corrupção, Mais Trabalhador e Menos Ladrão E O Povo A Reina.
Mas Pra Isso Começar Temos Que Rever Nossos Atos, Contar Cada Passo, Mudar Nossas Atitudes Até Que Por Fim... O País Inteiro Mude.
Intrigas de favela, de irmãos que nasceram juntos nela, lembra daquela velha lei, que sempre nos espera, tudo o que vai volta, ou aqui se faz aqui se paga, desse mundo não levamos nada, voltamos a ser poeira e a poeira o vento levará, e para o universo se juntará, daí vem os cara querer se acha, sendo que todos somos charas.
Intrigas de favela, daqueles que morrem e morreram por ela, chega desse papo levanta a mão pro alto.
Intrigas de favela, vamos levantar, fazer que ela seja nosso orgulho, e não um monte de entulho.
Intrigas de favela, fazemos da nossa vida o melhor e não igual uma novela.
No fundo das cores e das ruas
Perdida nas batidas do funk da favela
Prisioneira
Dançando na favela
Segura na baía de Ipanema
Fazemos um brinde em um feriado
É um mundo desequilibrado
Quando você é uma garota
Nascida em um nada
lembrei daquela sexta-feira pe descalso e poeira menino que se achava dono da favela inteira
dibicando pipa saudade dessa idade,nunca tive nada mais tinha minha vaidade
o sonho da bicicleta quem sabe amor bilety
o carrinho de rolyman nao atissava as piriguete
e que se foda o personagem que quer me ver infeliz, que olha pro meu trofeu mas nao ve minha cicatriz!
Acha mesmo que se eles tivessem opção de moradia e lazer iriam fazer uma festa numa rua na favela?
A necessidade do jovem de interação e relacionamento falaram mais alto que o bom senso dos que estão de fora e vem aquilo como perigoso. Mas se eles tivessem opção de lazer e diversão a historia seria diferente!
Esses que morreram pisoteados são sim vítimas da sociedade. Não eram bandidos. Não saíram a noite para roubar e sim se divertir e paquerar. Como pobre vc sabe muito bem o quão escassas são nossas alternativas de diversão. Sem lugar melhor para ir foram para um baile funk na favela e lá morreram como animais pisoteados por uma massa desesperada e em fuga.
O texto passou de 3 linhas. Leia mesmo assim. Questões complexas não podem ser debatidas com um simples meme.
"Cês tão gastando letra enquanto a favela chora
com push line indecente, e só contando história
passando informação pra quem já tá informado mas
não passa informação
pra quem não foi alfabetizado"
E O VÍRUS RONDOU A FAVELA
Faltava tudo na casa do pobre homem,
só não faltava fome.
Como essa desgraça é coisa pra se matar,
um vírus armado rondou por lá.
Casa sem porta, faltava trancar.
Como era de se esperar,
ao reles morador algo mais faltou:
faltou-lhe o olfato.
Até já se acostumara com esse "nada ter".
- "Ora, se aqui todos suportam o mau-cheiro
da lama e nem mais reclama, olfato pra quê?!"...
Também era asmático.
Ar falto.
Remédio mais ouvido:
- "Mãos ao alto!"...
Digo - pra ser mais enfático:
...o remédio mais ouvido
na entrada de um ouvido
antes de ouvir o estampido...
- "Quem me socorre?"...
Como sempre, ninguém.
Faltou o afeto.
- "Então leve, leve sim,
leve tudo o que tenho,
ninguém se apieda de mim,
mas me salve a vida!"
- "Ai, Senhor, que dor,
quanta falta de amor!"...
Única sentimental saída,
prenúncio de despedida:
É que o vírus,
atlético, patético e antiético,
por não ter encontrado nada,
tirou do nauseante moribundo
o que ele inda lutava pra não perder,
acreditando ser-lhe dalguma valia,
mesmo neste degradado mundo,
onde ninguém o ouve,
onde ninguém o socorre.
onde toda ilusão é vã - e morre.
(fernandoafreire)
Teoria da favela
Nada muda e tudo continua igual ano após ano, são poucos que conseguem sair e muitos que
se acomodam com esse cotidiano, lamentável ver nosso lugar em constante destruição,
tecnologias fúteis surgem para nós aprisionar, hoje já não se vê crianças na rua, brincadeiras
saudáveis, é muito fácil se perder nessa estrada e o mundo está cheio de armadilhas para nós
destruir, cuidado com essa rotina exaustiva. Esse é o cotidiano que nos ofereceram mas não o
que merecemos, gastamos muitos anos de vida e trabalho que jamais imaginamos exercer, mas
tudo começa de baixo e não é por baixo que devemos nos manter, busque ser a diferença e
iriam te olhar de outra forma, as vezes se afastar de tudo isso é a única maneira de evoluir,
sacrificar hábitos que eram comum. Nem tudo vai ser festa no começo, é um caminho muito
difícil a seguir, mudar quem você é, mas pense bem quem você quer ser nós próximos anos?
Ela é linda
Da favela és a mais bela
Me perco no seu sorriso
Me encanto com o olhar dela
#PraMinhaAmigaPops🌹
Tudo de errado está sendo romantizado, a favela é a guardiã dos novelas! Ninguém opera, poucos prosperam! Porque calamidade já é o estado mental!
Migalhas, dentro dos pinos dos comédias! O que lhe oferecem é só migalhas, em seus dentes e pescoço é só quilates de ouro! Frias madrugadas, a mente não relaxa, vendo essas cenas da janela da minha casa. Mendigo trabalha, sente saudade de casa! Mas qual é a desgraça, que lhe prende a troco de nada?
O crime não é romântico, desvios de dinheiro contra a dignidade pública, não é romântico! Ratos se esconderam nos morros, protegidos pelo o povo, que em siligo temem, sua cabeça sentenciada pela "língua democrática"....
As músicas propagam os terroristas, fuzileiros achando que são artistas! É nada otimistas! Matutos, são egocentristas!
Quantas mães choram? Quantos pais oram?
BN1996
05/09/2020
Na favela poucos acreditam em coronavírus
E a culpa disso é desse sistema negacionista
Que não pôde se organizar como o momento pede
A pandemia prova que o governo não nos protege
A favela merece muito respeito
E não o vulgo de desonestidade
Respeito é pra quem tem, já dizia Sabotagem...
Povo guerreiro e trabalhador
Acorda de madrugada para se sustentar
Transportes públicos, sempre cheios e precários...
Mas fazer o quê? Tem que ir trabalhar
Com o povo da favela
É tudo na garra e correria
Seja verão, outono, primavera ou inverno
Todos os dias é dia...
Dona Lia morava numa área pobre, mais precisamente numa favela, aqui no Recife, ai todo mês tínhamos a ideia, na sala que trabalhava, de fazer uma vaquinha e pedir pra dona Lia cozinhar pra gente algo diferente todo final de mês pra variar, almoçar. Pirão, feijoada, dobradinha, mão-de-vaca e assim vai, essas comidas da pesada e substanciosa. Ai uma vez, Vera, uma das colegas foi levar os ingredientes pela manhã para preparar, o prato diferente daquele mês e voltou comentando que dona Lia parecia uma doida, pois ao se aproximar da casa dela, viu-a dançando sozinha ouvindo o rádio de pilha. Mas era próprio de dona Lia essa alegria sem porque, frequentadora assinou-a, inclusive, todo ano, do Festival de Seresta realizado em nossa capital no Marco Zero, não perdia um, voltava tarde da noite no primeiro bacurau e também gostava de carnaval. Dona lia não tinha carro na garagem, era pobre, morava numa casa simples na Ilha de Joaneiro, área de conhecida e extrema periculosidade, bocada, demonstrava ser feliz, vivia de bem com a vida, apesar, gozava de uma felicidade nada racional, convencional, um fogo, um fôlego de vida, era rica de espírito. - Fábio Murilo.