Fatal

Cerca de 395 frases e pensamentos: Fatal

Muitas vezes nem trata-se da última gota, a fatal. É o gotejar constante, que cortanto os sonhos, tritura junto a esperança.

Inserida por magicamistura

⁠FATAL

Ao assistir-te, pétala, da rosa desprendida
Em devoluta queda, no ciclo em conclusão
Deixando-se ir arrematada, fatal condição
Me vi, semelhante, no ser, em despedida
Tempo idos, e a quimera do sonho parida
Remindo todos os arroubos meus, sanção
Vou em subida, com a versada imaginação
Seca, ocorrida, suspirante, no chão caída

Agora só, e a escrever a solidão a vagar
Numa saudade que do peito dá pra ouvir
Traçando conto, sem capricho no contar
Olhando a rosa, sempre formosa, a sorrir
Por que o despetalar? Sina, que faz chorar
A dor do verso, de quem, mais, quer ficar...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
12/10/2022, 14”45” – Araguari, MG
Protegido por Lei de Direitos Autorais (9.610/98)
Se copiar citar a autoria – © Luciano Spagnol – poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

arrogância

arrogante, foi fatal te deixar no quintal
exproba ferida
que uma sentença faz aqui infernal
ruminando a vida?
sem essencial, e tão brutal
querendo me por de partida
que não me pertence, não me é casual
querida!
(arrogância)
a tu o meu desprezo final.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Janeiro de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ENGANO FATAL

⁠Eu deveria saber, mas me enganei,
Pensei que você voltou por saudade,
Mas vi que era só vontade
De ter alguém para te amar.

O ser humano é fraco e falho,
E eu caí de novo no teu laço,
Voltando aos teus braços
Mesmo sabendo que era um trapaço.

Agora aprendi a lição,
De seguir em frente, sem ilusão,
E deixar para trás a tua ilusão,
Pois o meu coração merece mais atenção.

Inserida por ANJOSCAROLINA

⁠DESEJO

Eu quis paixão, pelo amar pleno
sem ambição dum fatal amado
onde apenas valeria ser ameno
ou talvez aquele algo desejado

Quis me doar, sem ser pequeno
e desse amor não fosse deserdado
mas, senti na alma o acre veneno
do amor na futilidade ser banhado

E vejo que o amado é, na vida
aparte, ao que é o escolhido...
a este, tem, uma boa acolhida!

É. Se castigo ou sina, eu digo:
- que nunca quis ter perdido
Se perdi, é por não ter comigo!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
09/10/2020, 19’28” – Triângulo Mineiro

Inserida por LucianoSpagnol

O erro fatal do ser humano é achar que não precisa de ninguém, que se basta...é acreditar que sabe tudo e que o mundo não dá o troco.

Inserida por LeoniaTeixeira

Sou tantas e talvezes, sou dona e dama ! Fera mansa, fatal. Mulher, menina. De roupa sou fantasias... despida, sonhos !
02/07/2017

Inserida por LeoniaTeixeira

Atenção à ultrapassagem de sentimentos.
A manobra pode ser fatal!

Inserida por LiAzevedo

Sua coragem é a de, não se conhecendo, no entanto prosseguir. É fatal não se conhecer, e não se conhecer exige coragem.

Vai entrando. A água salgada é de um frio que lhe arrepia em ritual as pernas. Mas uma alegria fatal – alegria é uma fatalidade – já a tomou, embora nem lhe ocorra sorrir. Pelo contrário, está muito séria. O cheiro é de uma maresia tonteante que a desperta de seus mais adormecidos sonos seculares. E agora ela está alerta, mesmo sem pensar, como um caçador está alerta sem pensar. A mulher é agora uma compacta e uma leve e uma aguda – e abre caminho na gelidez que, líquida, se põe a ela, e no entanto a deixa entrar, como no amor em que a oposição pode ser um pedido. (...)

Mergulha de novo, de novo bebe mais água, agora sem sofreguidão pois não precisa mais. Ela é a amante que sabe que terá tudo de novo. O sol se abre mais e arrepia-a ao secá-la, ela mergulha de novo: está cada vez menos sôfrega e menos aguda. Agora sabe o que quer. Quer ficar de pé parada no mar. Assim fica, pois. Como contra os costados de um navio, a água bate, volta, bate. A mulher não recebe transmissões. Não precisa de comunicação.

Depois caminha dentro da água de volta à praia. Não está caminhando sobre as águas – ah nunca faria isso depois que há milênios já andaram sobre as águas – mas ninguém lhe tira isso: caminhar dentro das águas. As vezes o mar lhe opõe resistência puxando-a com força para trás, mas então a proa da mulher avança um pouco mais dura e áspera.

Clarice Lispector
Felicidade clandestina. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Nota: Trechos do conto As águas do mundo.

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Inserida por jaqueabreu_4_1066360

⁠Acidente Fatal

Conectar intenso
Devastação extensa
Navegar turbulento
Incendiar Fascínio
Fatal foi teu olhar.

Inserida por kaike_machado_1

No terreno da dúvida cada passo pode ser fatal.

Inserida por _Chris_

Aos que Virão: Parte IV

A história é cíclica, mas não precisa ser fatal. Guardem-se daqueles que, em nome de Deus, erguem muros de ódio e tecem discursos de exclusão. A tirania da direita e da extrema direita não veste apenas trajes políticos; veste-se de púlpitos, distorce escrituras e transforma fé em facão. Usam o divino para justificar o desumano: segregam, oprimem, matam em nome de uma moralidade que só serve ao poder.

Cuidado com os que confundem Deus com bandeira, transformando o sagrado em arma, a verdadeira espiritualidade não cerceia liberdades, não alimenta preconceitos, não cala vozes. Ela acolhe, questiona, liberta.

Sejam vigilantes: o autoritarismo disfarçado de piedade é o mais perigoso, não chegam com tanques, mas com pregações; não invade corpos, mas mentes, e sua crueldade está na perversão do amor em dogma, da compaixão em julgamento.

Herdeiros do futuro, lembrem-se: nenhum deus legitima a opressão e a fé que não dança com a justiça é ídolo vazio. Resistam aos que vendem céus pequenos para terrares ainda menores.

Plantem, em vez disso, um mundo onde o divino seja sinônimo de liberdade ou nada será sagrado.

Inserida por CesarKaabAbdul

Evolução e Ser humano, têm o mesmo peso moral/fatal.

Inserida por MayconHalss

“ a dor se torna fatal quando ela não é encontrada “

Inserida por biam36513_1092579

Pela minha letra fatal

Desabrocha mansamente,

Pelo meu verso imortal

Carinhoso simplesmente,

Realiza no meu corpo

O segredo dos teus lábios,

Abrigado na tua mente.



Pelo soneto perfeito

Escreva o teu destino,

Pela harmonia corpórea

Revelada secretamente,

Fruto particular da história

Silenciada pelo nosso beijo,

Inviolável ninho de carinho.



Pela minha poesia inesgotável,

Ora tecida em versos ricos,

Ora bordada em versos pobres,

Poesia santa, profana e condenável.



Pelo sonetista que nos vê - e crê,

Pela fé no amor inabalável,

Ora e desabrocha;

Vê e se enamora daquilo que é,

E o coloca para sempre como intocável.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Uma taça erguida
da torre do tempo
em direção a Lua,
No meio de um jogo
fatal com o destino
do nosso continente,
Você está sempre
presente na mente,
e tens meus versos
como o teu abrigo.

Sonora rima arbórea
de braços abertos
ao céus dando glória,
Assim me tens feita
de estrelas e auroras,
mesmo estando muito
longe de você agora.

Ouço a distante balada
indie tocando no meio
deste vazio existencial,
Porque não te tenho
em paz presencial,
ânsia divina de ser
para você o quê ninguém
nunca foi e nem há de ser.

De mãos dadas somos
pessoas espiritualizadas
para este mundo louco,
Que prende os seus melhores
soldados e mantém
soltos os piores bandidos.

E aqui agora sem saber
o que se passa em Fortaleza,
Escrevendo mil histórias
sobre o amor para que dele
em existência ninguém se esqueça.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O principal é saber
que o Sol voltará
a brilhar e a noite
fatal descansará,
O ilegal será levado
com para sempre
para nunca mais voltar,
porque nós seremos
os nossos próprios casos de amor,
e sem tempo não prestaremos
nem mesmo condolências,
porque estaremos ocupados
com a vida, festas e poemas.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Olhei nos seus olhos
e acreditei que eram
o verdadeiro céu,
Neles encontrei
o meu mais fatal engano,
Não te amar não
estava no meu plano.

O céu de hoje confunde
se faz chuva ou sol
do mesmo jeito que teus olhos
me enganaram o tempo todo.

De tudo canto a expressiva
vitória de não de ter
permitido que eu odiasse
a minha própria existência.

(Decidi que daqui para frente
além de me avisar, eu vou me ouvir).

Inserida por anna_flavia_schmitt

"Nas relações com os estúpidos, um erro pode ser fatal, eles não são sensíveis aos tropeços comuns aos humanos."

Inserida por EvandoCarmo

UM SAMBA EM RÉ MENOR


Não é tristeza, é melancolia
um tipo fatal de abstinência
não é dor de corno nem sofrência
é a falta de beleza e poesia.

Ainda escuto, como punição
relembrando tudo que vivi
a música boa que tocava à beira mar
quando te conheci.

Sem a Bossa Nova, “Chega de Saudade”
num bar em Ipanema, que dia agradável
sem você e tudo isso
a vida não poderia ser suportável.

Ainda assim sangra a poesia
o vento sopra e traz esperança
não é desespero é falta de alegria
um tipo fatal de abstinência
não é tristeza, é melancolia...


UM SAMBA EM RÉ MENOR

Inserida por EvandoCarmo