Fantasmas
Não temo os fantasmas!
O que temo são os corpos;
suas aparições taciturnas, cadavéricas; desnutridas de mínima réstia de
bom senso!
TEUS FANTASMAS SÃO MEUS
Os fantasmas que rondam
Teus sonhos
Encontram-se nos sonos que sonham
Meus sonos
Refletem-se nas sombras das ondas
Que sondam
O sonho que sonhei...
Em um labirinto
E grandiosas criaturas metálicas
Perseguiam-me sem tréguas
Diante de gigantescos obstáculos metafóricos
Que me afligiam
Lembra, havia lindas mocinhas
Bem vestidas a me clarear
As saídas perdidas
E alguns maus cuidados e feridos
Quão perseguidos comigo
Sumiam ou perdiam-se
De minha ilusão
Enfim, o fim
Numa sala festiva
Tais criaturas outrora tenebrosas
Apresentando-se quais robôs
Infantis
Fechavam a única saída da sala
Sem fim, cor de anil
Que findava meu sonho febril.
SUPLICA DE UM POBRE ESPIRITO:
Encontro-me sozinho dentro de mim
Sufocando em meus fantasmas
Busco me encontrar, e não encontro
A saída...
Me auto mutilo
Na busca da razão pela qual
As pessoas se agridem
Se humilham, se regridem
Meu soluço é vão
Meu pranto seco
Meu coração enrijecido
Fenece sem perdão
Minha angustia suplica ao orbe
Clemência
Para que Minh ‘alma não feneça
Ao onipotente.
A HIPOCRISIA DOS MORTAIS:
(Nicola Vital)
Meus sonhos são abismos!
De anjos fantasmas
Que habitam o limiar de meu cataclismo
A seduzir meu pouco ser...
São anjos farmacológicos
Que só a metafisica explica.
Ora! Ora! Chega de anjos e, sonhos...
Estou farto de metafisica
E seus abismos fantasmas!
Aonde deu fim a hipocrisia
Dos mortais.
ZUMBIS:
Nesta noite todos os fantasmas me aprazem.
Todos!
Líricos, etílicos e telúricos.
Quão zumbis, sob os meus olhos caminham avenida a fio.
Miram os bimbos e os mimos dos linhos sem tino
A malograr o siso dos filhos das mansões.
Que irremediavelmente se vendem...
E não se entendem comumente "sãos"...
Vertem seus "ideais"
Minguam seus cabedais
Aterrando a noite
Que não se perfaz.
TEUS FANTASMAS SÃO MEUS:
Eu não quero que você pense como eu.
Não é sobre isso!
Eu só quero que pense comigo!
Às vezes, não suporto a minha própria companhia
E invoco meus fantasmas para convencer os seus.
Toda essa estrada que hora percorri
Em sua geometria retilínea
Na sua curvatura me perdi.
Às vezes, sou tão fútil, ingênuo!
Na maioria dos dias me olho no espelho
Mesmo naquele em que vou pintar os cabelos.
Não me reconheço e torno-me insólito.
Chego a tal ponto que preciso refugiar-me no interior de meu interior
Os nossos fantasmas são frutos de nossas imaginações que cria as ilusões para aceitarmos o real que nos amedronta.
Pensar não ocupa espaço, mas ocupa a mente e desgasta quando nos assombram os fantasmas da existência humana.
A solidão dói...mas será que dói, pela ausência de alguém? Ou por que nos obriga à nos conhecermos? A termos que aprender conviver e encarar nossos próprios fantasmas?
Não acredite Baby
nesta independência emocional
Ela é uma mentira que minha vaidade insiste em contar
Gosto do teu colo para adormecer
Necessito do seu olhar no meu despertar
Não acredite Baby
Nestes argumentos que sou melhor sozinha
Nem tão pouco pense que não vou chorar
Quando a noite cai o silêncio me domina e meus fantasmas saem de seus esconderijos para me assombrar
Olhe nos meus olhos Baby
Veja, não sou tão forte assim
Minhas muralhas foram criadas pra me proteger da solidão
da ausência do seu sorriso
Camuflar a abstinência que sinto das suas mãos
Estou sempre sozinho
Em meio a escuridão
Perdido no caminho
Começo a ter ilusão
Vejo imagens embaçadas
E as vejo atormentadas
São seres penados, a me chamar
Sussurrando, querem vingança
Amar-te...
Sem medo ou pudor.
Porque amo tua presença e teus carinhos.
Como não amar-te, se de forma branda e serena, desvenda os mistérios ocultos de minh'alma.
Fala dos meus fantasmas de forma tão sutil.
Como não amar-te, se a cada palavra aconselhada, faz-me refletir sobre o meu modo... sobre o meu jeito.
Como não amar-te se a cada gesto de carinho, se a cada mirada, perco-me do profundo do teu olhar.
E sem novamente querer me encontrar, fico envolvido entre as curvas do seu corpo, entre o calor do seu alvo braço.
E como não te amar?
E porque não te amar?
Manter as claves nas mãos. Chaves sempre em punho e em riste!
Esperando de forma cálida sua presença, o momento de ver-te uma vez mais.
Nessa utopia virtual reacionária, empreitadas de vigor perdem o sentido de ação por serem superficiais, mesmo no imaginário. E aos olhos destes internautas introspectivos as demais pessoas, aquelas esquecidas no mundo real, são como fantasmas assombrando por detrás do muro.
Não sei onde vou chegar, nem sei se vou chegar, mas vou devagar andando e as vezes tropeçando, caindo mas sempre levantando. Meu olhar enxerga longe e é pra lá que vou....se quiser ir comigo, pode ir, mas não me segure, apenas me acompanhe. Não ande atrás de mim, e não ande na minha frente. Ande do meu lado, é mais confiável, pois eu sigo os caminhos, mas como não lhes pertenço, posso a qualquer instante mudar para onde o sol brilhar. Sou mensageira de mim mesma, e vou me levando para onde estão me chamando....onde o sol brilha noite e dia, e as estrelas ensaiam coreografias para os casais apaixonados. Minha vida é bem vivida, tenho medo do escuro, mas não temo meus fantasmas. Sou assim, mulher, menina, correnteza, tempestade, calmaria e certeza...só sei amar, não sei julgar, não sei ferir, nem sei abandonar. Então vem, não se perca de mim, porque não vou lhe esperar......meu destino é caminhar!
Vivi Ulbricht
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