Fantasmas
Fantasmas ...
Me indagaram dizendo : Quem é você que chega de mansinho ocupando tanto espaço ? Eu disse: Sou a sua consciência. Mando,desmando,e remando,e o espaço que ocupo em sua vida,é aquele que mais te incomoda !
Filmes de terror que falam sobre fantasmas só podem variar entre duas possibilidades: os incrivelmente assustadores e os incrivelmente trashs. Ou se executa bem a produção a ponto de fazer o espectador sentir calafrios e não conseguir dormir durante a noite, ou o fracasso da trama é assumido e o público possui livre-arbítrio para gargalhar durante cada uma das cenas mais horrendas (de mal feitas). E os términos, os tocos, os pedidos de tempo e afins dos nossos relacionamentos não são muito diferentes dos filmes de terror.
Aquele “talvez ainda dê certo, talvez eu tenha que me esforçar mais ainda, talvez amanhã a gente acorde diferente, talvez eu ame um pouco mais algum dia, talvez eu não queira me desprender depois de tanto tempo, talvez…” é o que faz com que a maioria conserve um fantasma que também transita entre as duas categorias de terror. Relacionamentos que começam impulsionados num talvez seguem assustadoramente cômodos e são tramas sem pé nem cabeça que acaba se tornando trash pra quem as vive. Os términos e tocos que são evitados com a perspectiva do talvez se orientam pelo medo de viver numa casa abandonada ou pela comodidade que o sofá da sala de cinema a dois inspira. Mal sabem eles que só conversam um fantasma de um sentimento e de um relacionamento mal resolvidos.
É mais original e indolor dizer o famoso “não” de uma vez – e daí você evita que comprem bilhetes para assistir àquele filme ruim que ganhou só duas estrelas da crítica especializada. É mais terrível e dolorosamente assustador assumir que acabou. Porque, se alguém assume, a sensação é como se um tiro à queima roupa fosse desferido de uma vez só bem no meio do cérebro. As conexões são desligadas e cada parte dos fios que ligavam a sua cabeça ao sentimento pela tal pessoa que está bem na sua frente vai sendo rompida. O coração dá aquela alternada entre on e off e esboça aqueles últimos espasmos antes de falhar de vez. Voilá! Morte e sangue fresco nas telas e a plateia chega ao delírio. Tudo bem. Não precisamos ser tão dramáticos assim. Mas o final do filme é claro: você vai se sentir um monstro de primeira classe e achar que o seu ouvinte é uma daquelas clássicas vítimas que não mereciam isso. E vice-versa.
O que nenhuma das partes parece entender claramente é que sentimentos zumbis só existem no plano de ação. Deixá-los semi-mortos é uma bobagem. Você ainda beija, você ainda liga algumas vezes por dia, você ainda anda de mãos dadas, mas ele já morreu faz tempo. Pelo menos pra um de vocês. Ou, como é no início de uma relação: você não sente nada, mas a outra pessoa te adora, faz de tudo por você, é bacana e você não quer ficar sozinho. “Talvez dê certo” e o eco do talvez se projeta pelo resto da relação. A sinceridade e a reflexão sobre o término ou sobre a falta de vontade de levar a frente uma relação com alguém é aquele tiro na cabeça que enterra de vez o zumbi. Só que ninguém quer sujar as mãos com sangue e prefere passar a vida fugindo da visão de um relacionamento já massacrado. E daí, você tem duas opções: ou trancar todas as portas para conseguir dormir durante a noite, ou começar a rir da sua própria trama de horror. E, se você não é fã de filmes do gênero, é melhor tomar cuidado: talvez você esteja preso a um fantasma e ainda não percebeu. Talvez.
Quando acho que estou e sintonia com alguém os horrores e fantasmas desta aparecem e percebo que o melhor seria ser amigo do cão, pois esse jamais te abandonará ou decepcionará.
Com minhas lágrimas e sorrisos
Curei todas as feridas
Enfrentei fantasmas
Reaprendi a amar o simples e puro
Redescobri em mim a inocência
Nada há a esconder de ti
Apenas fiquei eu
Frente a frente Contigo
Sem sombras
Vivendo na Luz.
Vamos esquecer o que éramos e aceitar quem somos
Não devemos alimentar fantasmas
Devemos dar luz às imagens sombrias da mente
Tornar puros os nossos pensamentos e atitudes
Ter bom senso, ignorando o egoísmo.
Meus fantasmas não vão me deixar orar. Olho para o teto, coberto de falsas estrelas. Tudo neste quarto é falso. Exceto o meu desespero.
A lágrima ressecada marca uma rede de conexões fantasmas em um coração, a inércia da insensibilidade agoniza e cala a vivacidade do arco-íris da alma.
CRIANÇAS DA NOITE FANTASMAS
Os Fantasmas da noite são medos tolos.
São danças embaixo dos lençóis,
Colocados em nossas almas pela gestante.
Alguns fantasmas, nascemos com eles,
Outros são colocados na gente.
Os fantasmas da noite nos mata aos pouco,
Cria doenças em nosso corpo,
Causa aleijão onde nunca existiu,
Não deixa a gente nunca ser feliz
E sempre seremos o patinho feio da historia,
Com um pequeno detalhe:
Jamais viraremos um belo cisne negro.
Os Fantasmas da noite são brancos,
Para disfarçar o tanto que são encardidos,
Eles vêm macular nossas almas,
Roubar do adulto sua criança guardada.
André Zanarella 30-10-2012
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4585501
-Qual o seu sonho?
-Domar meus fantasmas. Aceitar a vida como ela é. Entender o sentido da morte, e porque ela é tão cruel. Saber quem eu sou, do que gosto e de quem gosto. E por que amar é tão necessário se sempre é tão sofrido. Por que estamos vivos? Qual a função da nossa existência se somos tão individuais. Por que eu gosto tanto das pessoas e ao mesmo tempo me prejudico tanto, gosto de sofrer em benefícios alheios? Por que a tristeza está sempre pronta para me acolher? Por que o céu é tão infinito e nós somos tão limitados? Ele não foi feito para nós? Mas e você, sabe quem você é?
eis
que susurro para
teus
fantasmas
a remoer tuas histórias
não
me deixas dormir...
tuas
palavras amordaçam a
liberdade de
meus
atos..
fujo como uma
tola
de mim mesma dos
outros...
mas
deveria arrancar-te
do deus que
há em
ti
que corre para
mim
como se aqui
pudesse
ter
o ar que respiras...
sempre assim
não
há nenhuma parte em
mim
que não
ame a
ti...
Queria um pouco de silêncio e os fantasmas da minha imaginação tagarelavam demais. Ando tão perturbada. Aperto no peito, de novo. Tenho lutado contra os meus próprios demônios. E é sempre tão difícil disfarçar as dores. Misturei tristeza com álcool. A TPM atacou, pra piorar. Tudo ao meu redor ficou três vezes mais irritante, as pessoas são tão inconvenientes! Você tá longe de mim e fico sem abraço, fico com saudade, com vontade. Fico só. Seguro para não deixar minha irritação explodir por fora e acabo me estragando por dentro. Sinto dor na coluna, nos ossos, na alma. Massagem nenhuma acalma. Preciso de calma, de cama, de colo. Eu sei, você não tem culpa. O problema é comigo mesmo: sofro de imaginação fértil e não tem remédio que cure.
Sem Destino
Esta noite não consigo dormir
Os fantasmas rondam o meu espelho
Olhos azuis e tinta no cabelo
E já não faz mais sentido sorrir
Queria ter o mundo e não posso tê-lo
Preciso de um motivo para existir
Não posso tocar, mas posso sentir
E o olho azul passa a se tornar vermelho
Viver... E não conseguir respirar
É como morrer, e eu quero partir
Porque sei que aqui eu não vou mais ficar
Começo a correr sem ter um destino
Agora não tem como desistir
Vou buscar aquilo que estou sentindo...
Contratei os "Caça-fantasmas" pra dar um jeito na minha vida.Aos poucos estou me livrando de alguns...
Quando durmo os fantasmas aparecem
se apresentam em imagens opacas,
tons e cores sem forma...
São eles que povoam
o mais profundo da minha mente
que apresentam o que está submerso
o que está supostamente perdido
revive tudo que está em aberto
que está ferido.
São eles, que tiram o meu sono,
minha alegria, meu viver
e me prendem a uma invenção
a um 'eu' de mistérios
e portas fechadas.
São eles, a quem
preciso derrotar!
Coisa de outro mundo:
o vento assovia nas minhas janelas, as roupas sacodem
fantasmas pendurados em varais.
Vejo fantasmas onde olho, penso metaforas, falo coisas sem nexo, dou socos no ár, mas as vezes fico perplexo ao ver anjos, pensar em amor, declamar poemas, dar uma flor, simplesmente em razão de te ter.
Fantasmas
A lua vai pelos ares
Docemente equilibrada,
Qual linda concha embalada
Pelas correntes dos mares.
Tudo é Amor; - dormente
É a mesma solidão, -
Porém eis que de repente
Corre uma nuvem de vento.
Morre a luz feiticeira
Morre o brilhante do céu,
Que da lua a face inteira
Cobre denso, o véu opaco.
E as nuvens pairam n'amplidão sagrada.....
Agora só vejo negras manhas cobrindo o céu.
Assim comparo meu Amor....
Sempre restam os fantasmas na escuridão...