Falecimento de Criança
O amor
“Ainda estou aprendendo sobre o amor.
Ouço as pessoas falarem;
- Eu te amo!
Mas tenho dificuldades para dizer.
Será que é um sentimento, será que é uma ação?
A professora diz que é verbo. Mas como verbo se o agir é com o coração?
Acho que o amor nasce dos olhos!
Sei, pois já os vi nos do meu pai, mãe, avós, tios e primos que mais parecem irmãos.
Não precisam me dizem uma palavra. Foram pelos olhos que senti seu coração.”
Filho
Olha a pedra
Olha a lua
Olha o mar
Olha lá!
Sua realidade atemporal me pede calma.
Assim, aquieto-me.
Quando olha me ensina a observar.
Quando imagina me ajuda a sonhar.
Mas quando dorme sou eu quem o carrega, agradecido por fazer algo por quem tanto me fez.
Esperança é um menino de pés descalços brincando entre nós. Não se contenta em esperar, mas age com a simplicidade dos pequenos gestos. Vive o presente como quem descobre um inseto no quintal, agradecendo ao passado sem se deixar aprisionar por ele. O passado é um rio. A vida segue. O futuro deve ser olhado com a calma de quem observa nuvens. Algumas coisas mudam com nossas mãos; outras, como o tempo, nos cabe aceitar. Isso é esperança.
A Costura do Tempo
No concerto do tempo, onde a memória ressoa,
a roda da costura torna-se volante,
em mãos infantis, nervosas de esperança.
Ali, sob a mesa antiga de madeira,
um mundo se desenha em trilhas e trilhos,
na imaginação fértil que a tudo acolhe.
De ferro e linhas, nascem sonhos motorizados,
o silêncio da máquina transforma-se em estrada,
levando a alma a paragens nunca dantes vistas.
A cada giro, a promessa de um novo destino,
na simplicidade do brincar, a vastidão do universo.
Ah, os primeiros carros, feitos de nada
e de tudo que o coração de uma criança possui.
Éramos inventores, pilotos, aventureiros,
com um fragmento de mundo nas mãos,
tecendo histórias que o tempo jamais apagará.
A criança antevê a felicidade,
não espera que ela chegue para ser feliz.
Hoje, ao lembrar desse recinto sagrado,
onde o riso desafiava o impossível,
sinto a saudade suave como brisa estival,
acariciando o peito, evocando a magia
de quando podia costurar o tempo no chão da sala, meu infinito caminho.
A magia do Dia das Crianças
No Dia das Crianças, somos chamados a escavar o que o tempo enterrou em nós. Crescer é como um lento naufrágio, onde nos afogamos nas correntes da rotina e no peso das horas que se multiplicam sem cor. Perdemos, entre os dedos, o assombro que outrora dançava livre em nossos olhos. O mundo, antes vasto e inexplorado, agora é uma paisagem estática, onde já não vemos a magia que as crianças respiram.
Lembro-me do dia em que observei meu filho na cozinha, como um pequeno alquimista, sorrindo ao transformar ingredientes comuns em arte efêmera. Mexia a colher com a solenidade de quem conhece segredos ancestrais, e o açúcar, dissolvendo-se, era um rio de luz. As gotas de chocolate caíam como constelações em um céu de farinha. Para ele, aquele bolo era mais que um simples bolo. Era um sonho que se formava entre suas mãos.
Nós, que já não sentimos o encanto nos gestos diários, repetimos nossos passos sem poesia. Perdemos o ritual da criação. Fazemos, mas já não criamos. Esquecemos a dança do instante, trocamos nossos olhos de espanto por uma lente endurecida, que só busca o fim, que só quer o resultado. Quando foi que deixamos de encontrar o universo em um grão de areia? Quando foi que a música da vida se calou dentro de nós?
Que neste Dia das Crianças possamos redescobrir o caminho perdido. Que voltemos a andar descalços na terra do encantamento. Que nos permitamos tocar, outra vez, a beleza das pequenas coisas – o riso de um amigo, a sombra de uma árvore no fim da tarde, o brilho de um olhar que nos acolhe. As crianças conhecem a canção secreta da vida. Elas sabem que o tempo não é uma linha reta, mas uma dança circular. Sabem que a alegria não se alcança, mas pode ser encontrada nos detalhes mais sutis.
O mundo nos ensina a sermos frios, a contarmos o tempo em segundos. Mas as crianças nos lembram que a vida se conta nos sorrisos e nos gestos despretensiosos. A criança antevê a felicidade, não espera que ela chegue para ser feliz. Elas sabem ver o voo delicado de uma borboleta como um milagre, sabem que uma flor pode conter todos os segredos do universo. Elas nos ensinam que a verdadeira sabedoria está em desaprender. Desaprender o peso, reaprender a leveza. E assim, voltar a acreditar naquilo que só o coração pode ver.
Que neste Dia das Crianças, aprendamos, assim como elas, a amar a véspera, a alegria que já habita o instante antes da chegada. Que possamos, enfim, abrir nossos corações para a inocência e para a curiosidade que nos habita, adormecida. Porque são elas que nos mostram o caminho de volta ao que sempre soubemos: a vida é um mistério a ser vivido, não resolvido. E, ao olhar novamente através de seus olhos, talvez, só talvez, reencontremos o brilho que deixamos cair ao longo da estrada.
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
Quando você é criança, a noite é assustadora. Porque existem monstros escondidos debaixo da cama. Quando você cresce os monstros são diferentes. Desconfiança... solidão... arrependimento. E embora você seja mais velho e mais sábio, você ainda se vê com medo do escuro.
Bom dia! Levanta a cortina dos teus olhos e contempla a maravilha do amanhecer! A vida é uma criança, esperta, bonita e inteligente!
E eu que imaginava que ser adulto era deixar de fazer as coisas de criança. Ô dó!!! Como criança se engana.
Força para os que lutam, força para os que ajudam a lutar, força para os que sofrem e nada podem fazer!
....quando eu era criança minha mãe dizia que nasci para ser uma princesa. Então o que eu faço com a minha vagina real é problema meu!
Escuto quem é a favor e quem é contra o aborto, mais ninguém escutou a voz da criança, da menina e da mulher, quando elas mais precisaram.
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