Falecimento de Criança
Filho
Olha a pedra
Olha a lua
Olha o mar
Olha lá!
Sua realidade atemporal me pede calma.
Assim, aquieto-me.
Quando olha me ensina a observar.
Quando imagina me ajuda a sonhar.
Mas quando dorme sou eu quem o carrega, agradecido por fazer algo por quem tanto me fez.
Esperança é um menino de pés descalços brincando entre nós. Não se contenta em esperar, mas age com a simplicidade dos pequenos gestos. Vive o presente como quem descobre um inseto no quintal, agradecendo ao passado sem se deixar aprisionar por ele. O passado é um rio. A vida segue. O futuro deve ser olhado com a calma de quem observa nuvens. Algumas coisas mudam com nossas mãos; outras, como o tempo, nos cabe aceitar. Isso é esperança.
A Costura do Tempo
No concerto do tempo, onde a memória ressoa,
a roda da costura torna-se volante,
em mãos infantis, nervosas de esperança.
Ali, sob a mesa antiga de madeira,
um mundo se desenha em trilhas e trilhos,
na imaginação fértil que a tudo acolhe.
De ferro e linhas, nascem sonhos motorizados,
o silêncio da máquina transforma-se em estrada,
levando a alma a paragens nunca dantes vistas.
A cada giro, a promessa de um novo destino,
na simplicidade do brincar, a vastidão do universo.
Ah, os primeiros carros, feitos de nada
e de tudo que o coração de uma criança possui.
Éramos inventores, pilotos, aventureiros,
com um fragmento de mundo nas mãos,
tecendo histórias que o tempo jamais apagará.
A criança antevê a felicidade,
não espera que ela chegue para ser feliz.
Hoje, ao lembrar desse recinto sagrado,
onde o riso desafiava o impossível,
sinto a saudade suave como brisa estival,
acariciando o peito, evocando a magia
de quando podia costurar o tempo no chão da sala, meu infinito caminho.
A magia do Dia das Crianças
No Dia das Crianças, somos chamados a escavar o que o tempo enterrou em nós. Crescer é como um lento naufrágio, onde nos afogamos nas correntes da rotina e no peso das horas que se multiplicam sem cor. Perdemos, entre os dedos, o assombro que outrora dançava livre em nossos olhos. O mundo, antes vasto e inexplorado, agora é uma paisagem estática, onde já não vemos a magia que as crianças respiram.
Lembro-me do dia em que observei meu filho na cozinha, como um pequeno alquimista, sorrindo ao transformar ingredientes comuns em arte efêmera. Mexia a colher com a solenidade de quem conhece segredos ancestrais, e o açúcar, dissolvendo-se, era um rio de luz. As gotas de chocolate caíam como constelações em um céu de farinha. Para ele, aquele bolo era mais que um simples bolo. Era um sonho que se formava entre suas mãos.
Nós, que já não sentimos o encanto nos gestos diários, repetimos nossos passos sem poesia. Perdemos o ritual da criação. Fazemos, mas já não criamos. Esquecemos a dança do instante, trocamos nossos olhos de espanto por uma lente endurecida, que só busca o fim, que só quer o resultado. Quando foi que deixamos de encontrar o universo em um grão de areia? Quando foi que a música da vida se calou dentro de nós?
Que neste Dia das Crianças possamos redescobrir o caminho perdido. Que voltemos a andar descalços na terra do encantamento. Que nos permitamos tocar, outra vez, a beleza das pequenas coisas – o riso de um amigo, a sombra de uma árvore no fim da tarde, o brilho de um olhar que nos acolhe. As crianças conhecem a canção secreta da vida. Elas sabem que o tempo não é uma linha reta, mas uma dança circular. Sabem que a alegria não se alcança, mas pode ser encontrada nos detalhes mais sutis.
O mundo nos ensina a sermos frios, a contarmos o tempo em segundos. Mas as crianças nos lembram que a vida se conta nos sorrisos e nos gestos despretensiosos. A criança antevê a felicidade, não espera que ela chegue para ser feliz. Elas sabem ver o voo delicado de uma borboleta como um milagre, sabem que uma flor pode conter todos os segredos do universo. Elas nos ensinam que a verdadeira sabedoria está em desaprender. Desaprender o peso, reaprender a leveza. E assim, voltar a acreditar naquilo que só o coração pode ver.
Que neste Dia das Crianças, aprendamos, assim como elas, a amar a véspera, a alegria que já habita o instante antes da chegada. Que possamos, enfim, abrir nossos corações para a inocência e para a curiosidade que nos habita, adormecida. Porque são elas que nos mostram o caminho de volta ao que sempre soubemos: a vida é um mistério a ser vivido, não resolvido. E, ao olhar novamente através de seus olhos, talvez, só talvez, reencontremos o brilho que deixamos cair ao longo da estrada.
De como me inventei
Passei meus dias em meio às coisas miúdas.
Aprendi com as borboletas a carregar nas costas o mundo,
e com os pingos da chuva, a fazer serenata no chão.
A torneira aberta dos céus
jorrava horas inteiras de poesia,
e eu, menino sem bicicleta,
inventava que as palavras tinham rodas.
Brincava de crescer pelos olhos,
onde cabia o universo e um pé de grama.
Ensinava o absurdo a se acomodar no meu quintal:
uma pedra virava amiga,
uma nuvem, brincadeira de adivinhar.
Enaltecer os ordinários era meu jeito
de me desconhecer um pouco por dia.
As frustrações, eu punha no varal.
Torcia minhas tristezas até o último soluço
e pedia ao sol que secasse tudo antes da próxima chuva.
Porque a chuva sempre volta,
mas as tristezas, se bem secas, viram outra coisa:
lençol para embalar sonhos
ou sombra fresca para esquecer o calor.
Assim fui me criando,
com as faltas vestidas de beleza
e com os vazios repletos de poesia.
Nunca esperei o fim chegar,
porque quem vive de esperar
não interage com o presente,
nem cresce pelos olhos.
Escolhi viver assim:
de mãos dadas com o invisível,
sendo mais do que sou.
Ou sendo menos.
Afinal, quem precisa de muito
quando tem o céu inteiro dentro de si?
SOMOS PROGRAMADOS!
Até aos cinco anos de Idade termina o Upload de um Específico Software Social Básico numa Criança Normal e o processo de Programação ou Instalação e Upload do Software no Organismo da Criança é Espontâneo!
O Programa ou Software Social Básico que se Instala Espontâneamente, sobretudo no Cérebro da Criança, varia entre as Etnias ou Grupos Humanos!
Quando éramos crianças, queríamos crescer logo. Achávamos que ser adulto significava liberdade. Então crescemos e percebemos que a liberdade tem um preço. Ser adulto é carregar responsabilidades invisíveis, é sorrir quando tudo pesa, é aprender a suportar silêncios. Mas no fundo, ser adulto também pode ser reencontrar a criança que um dia fomos e lembrá-la de que ainda há espaço para sonhar.
Adulto é mesmo complicado;
vive lamentando o passado.
Às vezes se mostra inseguro,
pois anda com medo do futuro.
Já a criança é diferente;
só quer saber de presente.
Sabe aquela vontade de rolar solto na grama verde, tomar banho de chuva ou comer chocolate até se fartar ? É tua criança interior querendo ser ela mesma...deixa de ser ranzinza e manda esse moleque ir brincar!
Nós, seres humanos, no início da nossa aventura nesta existência, nos deslumbramos com tudo, encantamo-nos com o vôo da libélula, com o sabor do algodão doce... fazemos reverência até ao tombo de bicicleta, dançamos na lama como se não houvesse amanhã... depois, engessados pela "maturidade", tentamos fingir uma satisfação inexistente, perda de tempo...Essa criança mágica te chama... ouça!
Hoje acredito que nascemos tão nus de atitudes quanto de roupas, então desejo um dia os adultos saibam diferenciar o que é bom do que é mau, e sabendo que são o maior motivo para uma criança se tornar um bom ou um mau adulto, vivam em retidão.
As crianças são vítimas vulneráveis e sofrem com as mentiras dos adultos.
Não há proteção divina sobre elas, porque as maldades dos homens recaem e as vezes até a morte. Há uma justificativa pelo mal praticado, o " livre arbítrio, em que o homen tem a liberdade em pratica-lo, porém a criança não está possuída de livre arbítrio em sua defesa. Deus o todo poderoso não deu a criança o livre arbítrio para se defender das maldades de seus tutores. Justificar as maldades pelo livre arbítrio e atribuir a um castigo de Deus para compensa-lo é ao mesmo tempo ser tão mal e esperar a maldade quanto a de Deus.
1- Por que mentem às crianças?
2- Já pensou quantas vezes por dia mentem ao seu filho?
(A V)
SONETO NA CHUVA
Quantas vezes, pés descalços, enxurrada
A minha infância, na inocência eu brinquei
Águas em versos, chuva molhada, sopeei:
Quantas vezes eu naveguei na sua toada?
Na narração me perdi, no tempo maloquei
As lembranças ali no passado deixada
De memórias fartas, meninice, criançada
Aqui no peito guardada, e nelas estarei...
Céu cinza do cerrado, nuvem carregada
Deixa chover, pois só assim eu alegrarei
Da varia recordação da pluvial derivada
Pingo a pingo, trovoada, no outrora voltei
Água na cara, cachoando na alma calada
De saudades, neste soneto na chuva, falei!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Dezembro, 2016
Cerrado goiano
Seja o exemplo de pessoa que deseja que seu filho se torne! A formação educacional dele depende de você!
Crianças brincando na Internet?
Crianças empreendendo na Internet estão trabalhando?
Elas fazem conscientemente essa chantagem social ou são controladas como marionetes por interesse de outros?
Quanta credibilidade você dá para a fala de uma criança defendendo crenças de adulto?
Estamos criando pessoas saudáveis ou tudo é sobre se adaptar ao sistema financeiro?
E o sistema esta bom pra você ou tá suportando uma carga pesada pela dissonância cognitiva do arquipélago de delírios que encenas?
Eu não sou ninguém, mas sou meu proprio personagem.
Por que proíbem menores de 18 na Internet se existem crianças empreendendo?
A verdade é que eu não tenho idade:
Não sou gente grande o tempo todo.
As vezes faço palhaçadas, brinco de me esconder, dou um abraço de urso, mas choro sem ninguém perceber.
Tem dia que tenho uma coragem absurda, no outro até o escuro me assusta.
Confesso que as vezes, ainda me deito no chão, e procuro desenhos no céu. Já vi ursos, elefante, e até um barco de papel.
Pior é quando vejo um balanço, quero voar até o céu.
Se aparece um plástico bolha, minha maturidade vai pro beleléu.
A vida de adulto é boa,
mas a da criança que vive em mim, é que não me deixa cair. E quando caio, lá no fundo ela me diz, ei levanta daí? Foi só mais um arranhão, assopra que amanhã vem a cicatriz.
E assim sigo a vida,
pisando na ponta do pé, empilhando algumas lembranças, e as vezes querendo um cafuné.
Poema Autora #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 31/07/2019 às 9:00 horas
Favor manter créditos ao autor original #Andrea_Domingues
Existem os animais humanos. E existem os animais não humanos, que se dividem em várias espécies diferentes, cada uma delas com o seu jeito de ser e de viver.
Alguns animais não humanos gostam de caçar, alguns outros gostam de água, outros fogem da água... Alguns são dóceis, alguns outros são engraçados, outros são umas feras ... Uns voam, alguns se arrastam, outros pulam... Uns lambem, outros mordem, alguns outros lambem e mordem... Uns amam dar risadas, outros dão coices... Alguns deles latem, outros bramem, alguns outros relincham... E por aí vai.
Com a espécie humana é quase a mesma coisa, alguns de nós latem, outros relincham, alguns outros bramem, e rebramem, ... também. Cada um de nós, humanos, parece carregar um pouco da natureza de algum animal não humano dentro de si. Alguns de nós, por exemplo, adoram nadar, parecem peixes. Outros são bem molengos, parecem patos. Já outros são como preguiças em figura humana. E há aqueles que têm um jeito de lombriga, gostam de receber tudo de mãos beijadas, sem esforço algum.
E você, qual animal não humano tem a ver com o seu jeito de ser? Qual deles você puxou?
(...) Marcados demais para a ingenuidade
Sozinhos demais para o acolhimento
Apunhalados demais para a confiança.
Esquecido que só vale o que causa
Ansiedade
Enrugada demais para ser de momento.
Que dure até enquanto
pudermos ser
crianças.
23
Chorando na calçada
Com as mãos nos bolsos
Porque ainda busco
O que procurar.
Vivendo emperrada
No meu calabouço
Porque não há ninguém
Salvo a nos salvar.
Enxugando a cara quando passam perto
Ela morreu em um incrível deserto
Que diziam ser casa
Para se encontrar.
Engolindo velas pelo passo certo
Apagando chamas pelo céu aberto
Ela não sabe mais
Como se queimar.
Pomada, pomada
E estão todos anestesiados
Ninguém conversou
Então
Ninguém achou
A cura para os mudos
Cansados.
Chegou a época de ouro
Da caça ao maldito tesouro
E o monte de luz veio
Para nos cegar.
Endurecendo de tanto sorrir
E esquecendo que só vale
O que, se for,
Nos fará chorar.
Chegou a fase do acerto
Pedra que todos dizem lapidar:
Mas ninguém tem coragem
De trocar sangue para ver durar.
Chegou a era do torto patrono
Nem mesmo ela pôde escapar da acidez
Ela quer tanto não errar
Que quase não sabe mais tentar
Aos 23.
Estão todos desaparecidos
De tão achados por si
E dizem ser amor-próprio
Sair cortando o que acudir.
Distante do precisar
Discurso de (des)querer
E a independência veio nos isolar.
Chegou a época da chuva
Eles abriram guarda-chuvas
(Ao meu redor)
Muito velhos para crescer
E acabam novos só para murchar.
(Vanessa Brunt)
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