Falecimento de Criança
Entre dores, desafios e decepções, vou evoluindo e envelhecendo.
Já não sou mais criança, não acredito em fadas e duendes, as pessoas não aceitam mais meus defeitos, minha vida tem se resumido a quanta dor sou capaz de aguentar sem sucumbir a minha própria tristeza.
Meus erros, experiências e dúvidas vão ditando os caminhos da minha vida, e a mim só resta ir me curando e andando, chorando e consolando e a medida que os anos passam, vou deixando um pouco de mim pelo caminho.
Parabéns pra mim que apesar de todo o cansaço desta vida ainda tenho coragem de levantar e sorrir.
Não tenho a pretensão de atingir a perfeição, meu desejo é que Deus me guarde o coração, do inimigo e de mim mesmo, para que ainda que a vida me maltrate eu não venha a sucumbir.
Obrigado Deus pelo meu dia, 06/06, 37 anos, que Deus me proteja, me guarde, me guie e me fortaleça por todos os dias que eu ainda tenha por aqui.
Um ano a mais, um ano a menos, não sei o que Deus me reservou, só sei que ele tem me preparado pra isso, se for mais dor e decepção amém e se não for, bom também.
Esconda Deus de uma criança e ela adorará o sol ou as estrelas,o vento ou as montanhas.E quando crescer, com certeza adorará suas idéas.
Quando criança não disfarçamos o egoísmo e muito menos a sinceridade, mas à medida que crescemos, aprendemos a esconder os sentimentos e a disfarçar nossas reações.
Temos maturidade suficiente pra não deixar a nossa criança interior morrer.
❤🌹
_____Amor & Sabedoria___
Enquanto houver um sorriso de criança, uma flor desabrochando e um alento para aliviar os corações sofridos, a vida será mais amena e existirá esperança de dias melhores.
insetos;
a criança brinca,
raspa os joelhos no asfalto.
entre formigas,
as vê carregando tijolos,
devorando ovos,
mordendo companheiras.
observa besouros sob folhas secas
e pisa — a vida
esmaga.
o jovem canta pneu em estradas falsas,
bebe promessas de bares sujos.
procura-se em soldados,
encontra:
refúgio
nas que rastejam;
mulheres baratas.
o adulto afoga o relógio no álcool,
engole dias
saudade seca.
o trabalho vira razão,
não pensa,
não sente,
abraça o conforto —
e cospe folgas
no cinzeiro do chefe.
crueldade precoce e,
caminhos engessados
cuspidos por máquinas.
sociedade autofágica:
faca em punho,
esfaqueia ponteiros
sangra calendários
e ri.
meritocracia insetóide:
asas podres,
pernas peludas,
seis olhos.
devora a prole
bota ovos
e ri.
e o velho encara retratos:
procura suas asas
rugas inundam o rosto
o tempo, o ladrão
que deixou
ossos em pele frouxa
e perguntas
sem resposta
e as formigas
comem olhos
no buraco
que ele mesmo
cavou.
A prisão invisível
Fui uma criança limitada. Sem liberdade, sem escolhas. Criada para ser recatada, para me prender às crenças e ao coração. Cresci dentro dessas grades, e hoje ainda carrego a dificuldade de ressignificar aquilo que não me acrescenta, mas que se tornou uma prisão dentro de mim.
E, ao olhar para fora, me deparo com novas limitações – agora impostas por uma sociedade que ainda resiste a aceitar mulheres livres. Se sou bonita, meu mérito nunca é meu. Se conquisto algo, dizem que foi por um homem. Se sou casada, atribuem meu sucesso ao marido. Se não sou, sugerem que há alguém me bancando. Nunca basta ser eu.
Mas e as oportunidades que nos são negadas? Quem fala disso? Quem discute as portas fechadas porque uma mulher pode representar ameaça ao ego ou à segurança de alguém? Há um preconceito silencioso contra mulheres bonitas, seguras e independentes. O mercado de trabalho ainda favorece os homens. E entre as próprias mulheres, a insegurança alimenta rivalidades que nem deveriam existir.
A liberdade feminina ainda tem muitas barreiras – algumas impostas de fora, outras que aprendemos a carregar. Mas aos poucos, seguimos quebrando cada uma delas.
Grande dor a uma criança morta
(em homenagem à prima Kátia)
I
Chegaste e eu fiquei triste.
Chorei... Não podia crer
Que isso fosse a pura verdade.
És muito mau meu amigo.
Por que dar uma notícia assim?
II
Fiquei chocada, gritei...
Mas tudo inútil,
Pois só tu me ouvias!
III
Tristeza, sempre estás
Aqui junto a mim.
Nem sei se aguento...
Mas a ilusão de tudo se acalmar,
E a nossa felicidade voltar,
Ainda existe em meu coração.
IV
Sorrir, sorriso puro?
Era o daquela linda criança
Que conheci há algum tempo...
Seus olhos azuis, quase negros,
Fitavam os meus vivamente
Enquanto eu, pobre pirralha,
Escondia, para não veres,
Uma enorme, grande
Tristeza e dor...
V
Teus cabelos perfumados
Todos os dias eu afagava.
Tu sorrias, pura criança...
Andavas, corrias e choravas...
Mas eu não me importava!
Tu me querias e eu a ti.
Amada, minha querida!
Eras tão boa de alma.
Singela, tão sonhadora e triste!
Será que tu herdastes algo meu?
Não, não quero...
VI
Mas hoje, criança,
Dormes um sono,
Um pesado sonho angelical.
Aquele que permite a nós, homens,
O descanso eterno pela morte...
Não corres, nem choras e nem sorris mais...
Teus cabelos estão ainda perfumados...
Teus olhos, nem posso lembrar-lhes a cor!
Mas lembro que eram puros,
Tão puros quanto a flor!
(junho/ 1967)
Alguém pequeno, tão grande
(inspiração adolescente)
Você criança, de olhos grandes, calmos e serenos, reluzindo como a lua...
Sua voz infantil era sua, só sua...
Quando iria tomar forma?
Quando iria crescer?
Andava tão engraçado...
Eu só podia rir de você!
Meu riso não foi zombador,
Foi somente de dor, em pensar tantas coisas... de você!
Meu riso? Foi riso!
Quem pode dizer do que foi?
Sua altura era sua, só sua...
De repente...
Fez-se gigante, apesar de ser tão pequeno!
Você, rosto fino, mãos longas, pés grandes...
Era engraçado, meio desengonçado!
Mas eu gostava de você!
(1967)
Em Papai Noel nunca acreditei,
Desde que tenho lembrança,
Dos meus tempos de crianca,
Dele sempre desconfiei;
Porque haveria de acreditar?
Com certeza ficaria contente,
Se trouxesse meu presente,
Nunca me viu chorar ;
Meu carrinho de madeira ,
Descia grandes ladeiras,
Rodas de carretel e sem luz,
Mas entendia e respeitava,
Tudo que os outros ganhava,
Acreditava mesmo em Jesus.
Missias dez/20
Conflito
Tempos que se foram esquecidos,
Quando criança, intervalo adormecido;
Carrinho de roda descendo ladeira,
Atrás de caminhão muito poeira.
Outono passou, relógio atrasado,
Tempos que se foram anos dourados,
Inútil momento passado, pandemia longa espera,
Nem sequer vi abrir a primavera.
Horas que chega em meio ao conflito,
Perde-se o lar, houve-se grito,
Imenso tremor de terra;
Animais se espantam, coisa maldita,
Tanta crueldade, o mundo não acredita,
Senhor salve-nos dessa guerra
Guerra
Horas se vão! intervalo esquecido
Quando criança, tempo adormecido
Carrinho de roda descendo ladeira
Atrás do caminhão cheirando a poeira
Horas que se vão, anos dourado
Outono se foi, relógio atrasado
Inútil passado, longa espera
Nem sequer vi abrir a primavera;
Horas que chega em meio ao conflito,
Perde-se o lar houve-se grito
Imenso tremor de terra
Animais se espanta coisa maldita,
Tanta crueldade o mundo não acredita
Crianças morrendo na guerra.
Botina amarela
Na fazenda espinilho
Num lindo salpicado rosilho
Como regalo de criança
Guardarei essa linda lembrança
Uma boina de gaiteiro
Com seis anos muito faceiro
Um Galdério bem pilchado
Naquele corcel sem alguém do meu lado
Sorriso de jacaré esparramado
Um piá mais que arretado
Ganhei essa prenda singela
Trotando com estilo num embalo
Controlando o pomposo cavalo
Uma vistosa botina amarelas
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