Expectativas
"A melhor forma de homenagear seu líder é honrar suas expectativas. É sobrepujar aquilo que ela já sabe".
Quantas vezes digo a mim que não vou criar expectativas e ao pensar assim já crio expectativas de não criar e no fim nada dá certo. Eis-me aqui novamente na raiz do problema.
Quando as expectativas se tornam parceiras das ansiedades o coração humano automaticamente se candidata para as inquietações.
Já não crio expectativas, não procuro amores e nem tão pouco, afetos. Ultimamente prefiro ser surpreendido ao invés de decepcionado. Se algo bom tiver que acontecer, que aconteça ou pouco importa.
Chega! Não quero mais me culpar por não atender as expectativas dos outros. Não quero receber rótulos, quero continuar sendo a criatura imperfeita de sempre, pois não sou nada além de um ser humano cheio de falhas que as vezes precisa de companhia, outras anseia por solidão.
palavras
polissêmicas.
expectativas
diversas.
números,
dízimas,
indeterminações.
aprendo a lidar
com o incerto,
fundamento
minhas criações.
Espio-me para saber, sei que dessa forma eu busco me entender;
As minhas expectativas são como a dança da cadeira
Esperando a música parar para conseguir um lugar;
Eu não quero conhecer gente nova
Eu não quero criar expectativas
Eu também não quero insistir em sentimentos ou em pessoas
Não quero brigar para defender minha opinião
Não quero estar certa, nem ter razão
Não quero virar a noite em claro
Não quero iniciar novos projetos
Nem tentar projetos antigos
Não quero saber novidades
Não quero ouvir finais felizes
Não quero ler
Nem assistir filmes
Não quero ir a praia
Não quero dias ensolarados
Não quero pensar
Não quero conversar
Quero só ficar aqui, confortavelmente sentada no meu canto onde tudo é seguro
Não quero arriscar
Não quero tentar
Não quero ousar
Não quero querer
Não quero dizer
Nem quero escrever
Não, quero.
Sem destino...
Exalei expectativas de paz ardente
Lutei por um amor...
- Vários amores -..
Todos hoje sem rosto...
Eram ilusões... Mágicas do deserto... Miragens...
Que me acompanhavam em sonhos...
Há trevas entre mim e esses amores...
Para onde foram? Que caminhos percorreram?
Não os achei em nenhuma estrada... Perdi-me nos caminhos por onde andei...
Os céus soluçaram pingos de azul
Tempestades... Invernos tristes e solitários...
E nesta manhã tão repleta de sombras...
Sinto-me cansada... Sem fulgor... Ouvindo somente o eco
De meus passos... Sem destino!
Muitas vezes colocamos nossa felicidade e expectativas nas mãos do outro e esquecemos que a nossa felicidade depende exclusivamente de nós, que é uma conquista interior de cada ser.
Ou ainda, quando não agimos dessa forma, nos iludimos com as aparências sociais e acreditamos que para sermos felizes basta termos conforto, dinheiro, bom nome socialmente e quando a desilusão e o vazio chegam percebemos que perdemos tanto tempo com coisas fúteis, passageiras e nos amarguramos.
Enganamo-nos com as aparências de felicidades expostas pela sociedade que esconde por trás a podridão e a hipocrisia.
A felicidade é um estado de alma e somente nós podemos cultiva-la em nossas vidas.
Devemos começar cultivando a confiança, suave-doce e tranquila, a alegria natural e sem alarde, a exteriorização do bem que se pode e se deve executar, a compaixão dinâmica, a não-posse, não-dependência, não-exigência, bons pensamentos positivos, tudo isso, são benesses do amor pleno, pacificador, imorredouro!
Podemos chamar a falta de compromisso de “assassinato crônico”, pois começa frustrando expectativas, em seguida abate o ânimo, depois subtrai a esperança, até que finalmente rouba a confiança na responsabilidade humana com as necessidades de seus semelhantes. Quem o pratica não alcança a dimensão de seu ato, pois que encontra razões triviais e corriqueiras – como falta de tempo, prioridades pontuais ou até esquecimento – para converter seu delito em quase nada, de modo a que não lhe produza nenhuma culpa... A sobrevivência alheia passa ao largo de suas corriqueiras tarefas. O que não consegue dimensionar é que, matando as esperanças de outrem, também lhes mata a alma. E quantos desistem da vida ao se descobrirem destituídos de seus sonhos.