Exílio

Cerca de 138 frases e pensamentos: Exílio

⁠EXÍLIO
Quando você começar a compreender e aceitar sua companhia.
Quando você entender que não há mal algum em estar contido em sua solidão.
E quando você se locupletar, aceitando que o que importa antes de estar bem com o outro, é estar bem consigo.
Isso é solitude.
Lenitivo à alma.

Inserida por NICOLAVITAL

CANTO (soneto)

Na janela pro cerrado, solitário
O apressurado vento na fresta
Amigo de exílio, o meu cenário
Sibila, e teu sibilo me molesta

E, lá no ipê, alto, canta o canário
Ouvindo o canto de sua seresta
A saudade crê, no extraordinário
A alegria, no som, a alma atesta

Mas, poucos ouvem o meu dia
Calado e frio, numa poesia fria
Ajuntando o meu aflitivo pranto

E neste choro, um choro estridente
Que me faz chorar tão incontinente
Muitos pensaram que é meu canto

Luciano Spagnol
2016, novembro
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Ao Coração na Sofrença

Ao coração na sofrença, dilacerado
Em silêncio, no exílio, que aqui chora
Assim me vejo, no sertão do cerrado
Separado, onde o amor foi embora...

Suspira e lamenta, pra ser consolado
Não me basta saber do desejo agora
Da ilusão de ter um poema delicado
Não me basta saber da perdida hora

E se fui amado, não me basta saber
Não me basta o afeto puro e sagrado
Ter o sabor do beijo e, assim alentar!

Mais causa ao coração pra não sofrer
É ser na maior pureza, e se maltratado
Se dê ao amor, e assim de novo amar...

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
11 de abril de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

EXÍLIO

A saudade que suspira, separada
Do teu cheiro, nos olhos a chorar
Me vejo, com a dor ali estocada
De um coração sufocado a gritar

Não basta saber que pude amar
Nem só a paixão ter sido alada
As amarguras tomaram o lugar
Dos gestos, a alma está talhada

Na ausência, de teus beijos, dor
As desventuras que fazem sofrer
Me consomem neste torto poetar

É um exílio cheio de amargo clamor
Em ter a emoção distante pra valer
Neste silêncio de não poder te tocar.

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de maio, de 2018
05’30”, Cerrado goiano.

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Mesmo que sejamos carregados a vivermos no exílio por falta de justiça no mundo atual, não percamos de foco, o novo mundo de justiça que está por vir.
Ler 2 Pedro 3.10-14

Inserida por fabiocabral

⁠SEPARADO (soneto)

À saudade que sofre, em segredo
De ti, no exilio o peito a suspirar
Palavras sem sentido e enredo
Chora, e faz o poema lacrimejar

Com que estro e aperto azedo
Amargam os versos a lamentar
Causando nas rimas tal medo
Que fende com a dor a rasgar

Nem só desejo poetar o amor
Desejo, nem só canto de amar
Me basta, trovas do teu beijo

Assim, poder ter conto rimador
E as estrofes do seu doce olhar
Na esquina da poesia, almejo...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
03/06/2020 – Triângulo Mineiro, MG
Sertão da Farinha Podre

Inserida por LucianoSpagnol

⁠EXÍLIO

Cobriu-me de tristura o ocaso pardo
Um aperto n’alma fino e sem trelas
A saudade com sensações donzelas
E o silêncio que pesava como fardo
E, cá neste soneto um penar guardo
A tatear as imaginações tão singelas
Arrancando emoções sem ser belas
Pra ferir a poética com duro dardo

E, vai, assim, em um versejar forte
Rogando em vão a esmola da sorte
Tragando a ilusão das covas rasas
Bardo triste afetivo em tuas prosas
Sou choro, sou riso, sou mais rosas
Amargo trovador com exiladas asas...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02 dezembro, 2021, 05’40” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠EXÍLIO
As almas livres dão o impulso
Sangue no pulso andam sem susto
Em cada passo embalo pro voo
Retorno à casa, cheiro de bolo
Bom de alçar, também de voltar
Felicidade em qualquer lugar
Toda moeda tem seus dois lados
Deixe a tristeza um fardo exilado.

Inserida por alfredo_bochi_brum

A poesia te busca na escuridão,

Estou no exílio, e só na imensidão;

Sem a tua companhia o ar é solidão,

Vivo procurando por tua atenção,

Um pedaço teu é do meu coração.



O coração erradio busca pelo teu colo,

Está na hora das nossas destrezas,

Desfrutaremos de todas as sutilezas,

Estrearemos o nosso espetáculo íntimo,

Com uso e fruição de todas as belezas.



A aventura que busco é a alegria

Renovada a todo instante e a dose

Equilibrada entre elegâncias

E as boas safadezas

- nossas -

Poéticas indecências,

Nirvanizaremos as nossas malemolências.



A abóbada celeste incita que eu escreva

Daqui do exílio tudo isso e mais um pouco:

Ela tem um pouco dos olhos do tripulante

Dos meus sonhos e desse desejo

Que se expande deliciosamente louco...

Inserida por anna_flavia_schmitt

O poema não se encerra em nós,

Do meu exílio a saudade é algoz,

É dessa forma doce que te adoro,

Sem ter você, não me conformo;

Rogo por tua atenção, imploro.



Sob a luz do pálio Universal,

Procuro pelo teu ser sensual,

E enquanto tento entender

O sentido desse amor magistral,

Oro pela proteção celestial.



Não há deserto

Diante da tua destreza,

Invade-me todo dia com tua beleza;

Sensual é a tua natureza,

Amo-te com inteireza, cortejo-te

Com poemas de doçura e grandeza.



Preenche-me como uma Via Láctea

O pensamento,

Não ter você é um doce

Tormento,

O coração não crê no amor

Desventurado;

Ele bate com fé

E está rendidamente

Enamorado - iluminado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Buscando a inspiração
e a rima sonora perfeita
pelos portais do tempo,
fui construir um exílio
na Lua pro meu coração,...

Por não querer nunca
e nem de longe
parecer com este mundo
que exalta quem
aprecia viver sem emoção;

Acariciando a delicada
felina no meu colo,
e tal como a chuva fina
que caindo sobre cidade,
muito além desta tarde
venho te esperando,...

Com todas as mais de mil
e uma noites de amor,
que tens para ofertar
sob a abóbada estrelada
o teu coração me entregar.

Optando assim seguir
por um caminho interior
para que este inverno não
deixe em mim perder
esta primavera em frescor.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Exílio da amargura

Há um peso nas pessoas que arrastam o próprio céu para o chão,
um cinza constante que cobre qualquer raio de sol,
não importa o quanto ele brilhe,
não importa a beleza do dia.

São aquelas almas que amarram as mãos da alegria,
que bloqueiam a porta do riso e a trancam por dentro,
sempre com olhos vazios e palavras pesadas,
que destilam o azedo sobre tudo que tocam.

Como é cansativo estar perto de quem nunca vê a flor
e se perde nas pedras, nas sombras, nos galhos secos,
quem respira o mundo com desdém e despeito,
e transforma cada instante em um lamento.

Há uma exaustão em suportar o eterno suspiro de quem se sente vazio,
de quem planta desgraças e colhe ingratidão,
de quem rejeita a leveza como se fosse uma afronta
e abraça a escuridão como velha amiga.

Eu me afasto, pois há um limite para o peso que se pode carregar
quando a alma quer leveza e se recusa a afundar.
Prefiro voar longe dos que se recusam a ver o céu
e me exilar na paz de uma mente aberta,
onde a vida se reflete sem filtros amargos,
e o belo encontra, enfim, espaço para existir.

Inserida por samia_lourena

⁠O melhor amigo
do líder em exílio
foi atropelado
pela viatura militar,
Para a maldade
dos Homens não
há explicação,
Há um golpe
na Bolívia que
não há como negar.

Canto sem ter
a voz dos cantores
da América,
Escrevo para
o tempo passar
E quem sabe
acordar do pesadelo
de não ter que
tomar tiro se tiver
de sair para protestar.

Encontrei uma rima
que parece ironia,
Estamos a um
mês do Natal,
Não soltaram
a tropa e o General
que está preso
há quase dois anos
imerecidamente,
Enquanto o Deus
da Guerra anda
livre e leve solto
pelo nosso continente.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Em Boca de La Grita
há mortos e feridos.

Surreais os dramas
da tropa em exílio.

Farta dos mentirosos
agindo em rede.

Brutais os dramas
da tropa presa.

Para o povo sobreviver
tem sido um desafio.

Quase não há mais
como escrever poesia.

O General continua
há mais de cinquenta
dias desaparecido,
Não consigo crer
que esteja mais vivo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Qaqun

O exílio de um vilarejo
inteiro é algo comparado
ao que sinto vivendo
distante do seu amor puro.

A aldeia na colina com
vista para a planície de Qaqun,
A fortaleza construída
pelas Cruzadas, um poço
e a escola são tudo o quê
dizem restar da óbvia memória.

Onde a minha poesia construiu
também o etéreo Caravansário,
Te guardo no meu peito sacrário
e assim te levo com orgulho
como o meu relicário preservado.

A história de que a aldeia foi
reconstruída algumas vezes
ainda não foi apagada e nem
nunca mais será porque fiz
o voto de seguir até o final
mesmo que o seu povo não
deixaram voltar e sem saber
se muitos conseguiram se salvar.

Como o passado fosse hoje
tenho relances sensoriais
das melancias, vegetais,
pepinos, azeitonas, frutas cítricas,
trigo, cevada, cabras e colmeias.

Como estivesse por perto vejo
os cactos e uma velha amoreira
crescendo ao sul da colina,
pomares, algodão, pistache
e hortaliças, e sinto que o quê
sinto por ti também é recíproco
e quero viver além das notícias.

Na sua companhia quero olhar
e sentir pela primeira vez que
estamos vivos vivendo com sonhos
como os nossos compromissos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Graças a Deus
Um exílio poético
Eu fiz para mim,
Rompo com a guerra diariamente,
Rindo de tudo e de todos,
A rotina não vai roubar os sonhos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Existem vestígios
meus em ti,
Mesmo no abismo
que é o exílio
do teu silêncio.

Em ti sou poema
de amor vivo,
Ao seu redor és
o meu Condor
me protegendo.

Não sei qual
será o desígnio,
Só sei que algo
diz para nós baixinho
que está escrito
um no coração do outro:

O meu destino é você.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O redemoinho solitário viajante sem direção retorna do exílio conhecendo o amor.

Inserida por Raimundo1973