Exílio

Cerca de 138 frases e pensamentos: Exílio

⁠Palavras: Exilio dos Poetas -

Quando da Pátria que somos,
nunca fomos, despatriados,
exilados no silêncio das Palavras,
Palavras nunca ditas mas escritas, sentidas,
vivemos na renúncia de famílias sem voz ...

E por lá, distante das raizes que nunca fomos,
até a rima das palavras nos engole nesse exílio!
E as gentes, grades ambulantes que nos cercam!

E fico só, porque só eu fico, só eu me resto,
só eu me vejo!

Inserida por Eliot

⁠Jesus Nasceu com Um Propósito

Jesus ao nascer foi perseguido e teve que fugir para um exílio.
Jesus nasceu com propósito, trazer amor trazer a paz.
Jesus ensinou como amar a Deus e ao seu próximo como a si mesmo.
A vida de Jesus foi sempre cheia, cheia de milagres e muito amor.

Tão pequeno, com deveres, já pregava o seus saberes.
Um menino instruído pelo Pai pelo Espírito.

Inserida por bolideziodesa

⁠Ilusório Exílio

Vivo preso no meu recanto.
Lotado de vozes e olhares singulares.
Um mar de interações e bons santos.
Com o presente de contatos irregulares.
Tenho ao meu lado milhares.

E na alma falta uma troca de olhares, todos livres para serem presos.
Dentro dos próprios sentimentos de pertencimento.
Uma gama de expectativas e buscas pelo conforto do momento.
Um murmúrio de desejo sem experimento, falta-me uma roda de sativa.
Estou ao lado de vários e perto de poucos, e no próprio íntimo solitário.
Fujo de mim para encontrar meu alter ego.
Uma tela, abençoada pela ciência da conexão.
Mais likes e seguidores alimentando minha consciência.
Meu ego suplica interação, mas minha alma lamentação.
O livro uma face azul, vamos ser amigos no facebook?
Segue minha utopia no instagram, aproveita e curte.
A maquiagem da vida, com a base que cobre as dores.
A sombra que cobre os temores.
E o batom que dá beleza a uma boca de clamores.
No espelho sou apenas mais um morto vivo.
E na tela o paradoxo do tudo bem, mas não consigo.
Penas que os papéis não se invertem.
O personagem virar intérprete.

Vivo preso no meu recanto.
Lotado de vozes e olhares singulares.
Um mar de interações e bons santos.
Com o presente de contatos irregulares.
Tenho ao meu lado milhares...
Mas comigo nenhuma verdade.

Inserida por Tk

⁠Olá, exílio
Em ti procuro auxílio
Estou de malas prontas
Como sempre, segurando as pontas
Me mostre culturas, monumentos, países
E que se dane as minhas nostálgicas raízes.

Inserida por Hermes0828

⁠Fantoche

No embaraço falho
que conduz o exílio ao fracasso
pelas vozes que envolvem o ser descabido
perturbando a doce consciência suja
que se encharca de álcool
no aguardo de desatar os nós
sem arrebentar a fita

melodia e lágrimas banham a face
alcançando os pés
convertendo os passos
em aplausos desolados

o fantoche no palco
abriga uma alma ignorada!

Inserida por titatuif

Um chamado João

João era fabulista?
fabuloso?
fábula?
Sertão místico disparando
no exílio da linguagem comum?
Projetava na gravatinha
a quinta face das coisas,
inenarrável narrada?
Um estranho chamado João
para disfarçar, para farçar
o que não ousamos compreender?
Tinha pastos, buritis plantados
no apartamento?
no peito?
Vegetal ele era ou passarinho
sob a robusta ossatura com pinta
de boi risonho?
Era um teatro
e todos os artistas
no mesmo papel,
ciranda multívoca?
João era tudo?
tudo escondido, florindo
como flor é flor, mesmo não semeada?
Mapa com acidentes
deslizando para fora, falando?
Guardava rios no bolso,
cada qual com a cor de suas águas?
sem misturar, sem conflitar?
E de cada gota redigia nome,
curva, fim,
e no destinado geral
seu fado era saber
para contar sem desnudar
o que não deve ser desnudado
e por isso se veste de véus novos?
Mágico sem apetrechos,
civilmente mágico, apelador
de precípites prodígios acudindo
a chamado geral?
Embaixador do reino
que há por trás dos reinos,
dos poderes, das
supostas fórmulas
de abracadabra, sésamo?
Reino cercado
não de muros, chaves, códigos,
mas o reino-reino?
Por que João sorria
se lhe perguntavam
que mistério é esse?
E propondo desenhos figurava
menos a resposta que
outra questão ao perguntante?
Tinha parte com... (não sei
o nome) ou ele mesmo era
a parte de gente
servindo de ponte
entre o sub e o sobre
que se arcabuzeiam
de antes do princípio,
que se entrelaçam
para melhor guerra,
para maior festa?
Ficamos sem saber o que era João
e se João existiu
de se pegar.

Carlos Drummond de Andrade
Correio da Manhã, 22 nov. 1967 (homenagem póstuma a João Guimarães Rosa).
Inserida por marcosarmuzel

Exilado, não exílio

⁠Minha terra não tem palmeiras
Muito menos sabiá,
Aves não cantam por aqui
E nem por lá.

Não céu não tem estrelas,
No quintal só tem queimadas,
Os bosques hoje são prédios,
E a vida um desastre.

Durante o dia,
Que se faz quarenta graus,
Não há prazer há desfrutar,
Já que sombra de palmeiras não há.

Minha terra não tem nem mato,
Foi tudo desmatado,
O ar não é fresco,
O local é árido.

Não me vou em terra bonita,
Pois na minha terra não tem palmeiras,
Muito menos sabiá.

Preferia conhecer o Brasil,
Com fauna e flora viva,
Que um dia foi colonial.

Inserida por DiasWFolinha

⁠EXÍLIO
As almas livres dão o impulso
Sangue no pulso andam sem susto
Em cada passo embalo pro voo
Retorno à casa, cheiro de bolo
Bom de alçar, também de voltar
Felicidade em qualquer lugar
Toda moeda tem seus dois lados
Deixe a tristeza um fardo exilado.

Inserida por alfredo_bochi_brum

⁠O melhor amigo
do líder em exílio
foi atropelado
pela viatura militar,
Para a maldade
dos Homens não
há explicação,
Há um golpe
na Bolívia que
não há como negar.

Canto sem ter
a voz dos cantores
da América,
Escrevo para
o tempo passar
E quem sabe
acordar do pesadelo
de não ter que
tomar tiro se tiver
de sair para protestar.

Encontrei uma rima
que parece ironia,
Estamos a um
mês do Natal,
Não soltaram
a tropa e o General
que está preso
há quase dois anos
imerecidamente,
Enquanto o Deus
da Guerra anda
livre e leve solto
pelo nosso continente.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Em Boca de La Grita
há mortos e feridos.

Surreais os dramas
da tropa em exílio.

Farta dos mentirosos
agindo em rede.

Brutais os dramas
da tropa presa.

Para o povo sobreviver
tem sido um desafio.

Quase não há mais
como escrever poesia.

O General continua
há mais de cinquenta
dias desaparecido,
Não consigo crer
que esteja mais vivo.

Inserida por anna_flavia_schmitt

Buscando a inspiração
e a rima sonora perfeita
pelos portais do tempo,
fui construir um exílio
na Lua pro meu coração,...

Por não querer nunca
e nem de longe
parecer com este mundo
que exalta quem
aprecia viver sem emoção;

Acariciando a delicada
felina no meu colo,
e tal como a chuva fina
que caindo sobre cidade,
muito além desta tarde
venho te esperando,...

Com todas as mais de mil
e uma noites de amor,
que tens para ofertar
sob a abóbada estrelada
o teu coração me entregar.

Optando assim seguir
por um caminho interior
para que este inverno não
deixe em mim perder
esta primavera em frescor.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Qaqun

O exílio de um vilarejo
inteiro é algo comparado
ao que sinto vivendo
distante do seu amor puro.

A aldeia na colina com
vista para a planície de Qaqun,
A fortaleza construída
pelas Cruzadas, um poço
e a escola são tudo o quê
dizem restar da óbvia memória.

Onde a minha poesia construiu
também o etéreo Caravansário,
Te guardo no meu peito sacrário
e assim te levo com orgulho
como o meu relicário preservado.

A história de que a aldeia foi
reconstruída algumas vezes
ainda não foi apagada e nem
nunca mais será porque fiz
o voto de seguir até o final
mesmo que o seu povo não
deixaram voltar e sem saber
se muitos conseguiram se salvar.

Como o passado fosse hoje
tenho relances sensoriais
das melancias, vegetais,
pepinos, azeitonas, frutas cítricas,
trigo, cevada, cabras e colmeias.

Como estivesse por perto vejo
os cactos e uma velha amoreira
crescendo ao sul da colina,
pomares, algodão, pistache
e hortaliças, e sinto que o quê
sinto por ti também é recíproco
e quero viver além das notícias.

Na sua companhia quero olhar
e sentir pela primeira vez que
estamos vivos vivendo com sonhos
como os nossos compromissos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠Graças a Deus
Um exílio poético
Eu fiz para mim,
Rompo com a guerra diariamente,
Rindo de tudo e de todos,
A rotina não vai roubar os sonhos.

Inserida por anna_flavia_schmitt

A poesia te busca na escuridão,

Estou no exílio, e só na imensidão;

Sem a tua companhia o ar é solidão,

Vivo procurando por tua atenção,

Um pedaço teu é do meu coração.



O coração erradio busca pelo teu colo,

Está na hora das nossas destrezas,

Desfrutaremos de todas as sutilezas,

Estrearemos o nosso espetáculo íntimo,

Com uso e fruição de todas as belezas.



A aventura que busco é a alegria

Renovada a todo instante e a dose

Equilibrada entre elegâncias

E as boas safadezas

- nossas -

Poéticas indecências,

Nirvanizaremos as nossas malemolências.



A abóbada celeste incita que eu escreva

Daqui do exílio tudo isso e mais um pouco:

Ela tem um pouco dos olhos do tripulante

Dos meus sonhos e desse desejo

Que se expande deliciosamente louco...

Inserida por anna_flavia_schmitt

O poema não se encerra em nós,

Do meu exílio a saudade é algoz,

É dessa forma doce que te adoro,

Sem ter você, não me conformo;

Rogo por tua atenção, imploro.



Sob a luz do pálio Universal,

Procuro pelo teu ser sensual,

E enquanto tento entender

O sentido desse amor magistral,

Oro pela proteção celestial.



Não há deserto

Diante da tua destreza,

Invade-me todo dia com tua beleza;

Sensual é a tua natureza,

Amo-te com inteireza, cortejo-te

Com poemas de doçura e grandeza.



Preenche-me como uma Via Láctea

O pensamento,

Não ter você é um doce

Tormento,

O coração não crê no amor

Desventurado;

Ele bate com fé

E está rendidamente

Enamorado - iluminado.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠EXÍLIO
Quando você começar a compreender e aceitar sua companhia.
Quando você entender que não há mal algum em estar contido em sua solidão.
E quando você se locupletar, aceitando que o que importa antes de estar bem com o outro, é estar bem consigo.
Isso é solitude.
Lenitivo à alma.

Inserida por NICOLAVITAL

⁠Existem vestígios
meus em ti,
Mesmo no abismo
que é o exílio
do teu silêncio.

Em ti sou poema
de amor vivo,
Ao seu redor és
o meu Condor
me protegendo.

Não sei qual
será o desígnio,
Só sei que algo
diz para nós baixinho
que está escrito
um no coração do outro:

O meu destino é você.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠O redemoinho solitário viajante sem direção retorna do exílio conhecendo o amor.

Inserida por Raimundo1973