Exílio
Não e apenas o exílio do coração, o incomodo de procurar em seu corpo o que falta e não encontrar, essa angústia de saber que em algum lugar essa parte de ti esta, distante, porém, eternamente integralizada em sua alma.
ENTREGA
Hora da Aurora
Alma cheia de lua cheia
Entrego-me a ti
Amor, exílio bendito,
Glorioso destino infinito.
Os corvos me coroaram rei
com o meu alfanje
em meu perpetuo exílio
túmulo de vermes
espírito contrario
lado negativo
represento o profano
os espíritos malignos
a destruição da guerra
o vazio da morte
sou o sol e a noite sem lua
o véu de cailleach no inverno
a areia que abraça o deserto
o navio de uma profecia dada a uma vidente
a besta incarnada no deus pagão
a ira devastadora da cólera
sou concebido em abundância
sou parte da mentira alheia
eu sirvo ao legião
ao ódio do deus pagão
comandante das terras amaldiçoadas
as memorias póstumas do ceifador
O passado contemporâneo é o presente recordado, do exílio percuso, no curso desse discurso, permissionado pelo desvelo selvagem de um antropófago vegetariano transcendente.
O passado é uma presente trovoada do incansável.
A chave da libertação que te prende nesse exílio do pecado chamado Terra, encontra-se dentro do Livro da Vida, cujo autor morreu por ti.
CANTO (soneto)
Na janela pro cerrado, solitário
O apressurado vento na fresta
Amigo de exílio, o meu cenário
Sibila, e teu sibilo me molesta
E, lá no ipê, alto, canta o canário
Ouvindo o canto de sua seresta
A saudade crê, no extraordinário
A alegria, no som, a alma atesta
Mas, poucos ouvem o meu dia
Calado e frio, numa poesia fria
Ajuntando o meu aflitivo pranto
E neste choro, um choro estridente
Que me faz chorar tão incontinente
Muitos pensaram que é meu canto
Luciano Spagnol
2016, novembro
Cerrado goiano
Lago profundo
Que tens tua nascente em mim
Ao despencar não se perfaz
Predileção de exílio
Que exaura meu ser
Eu intento obviar este desalento
Mas dissipo em contundência
Exílio do teu coração
Estou fugindo desse amor
Já partido de alma e coração.
Deixo para ti o meu calor
Caso chegue frio inverno da solidão.
Se lembrares de que eu te amei
Saiba que é mentira!...
Ainda hoje eu a amo apaixonadamente
Mesmo que não more em teu coração.
Para onde eu vou sabes tu,
Vou para o exílio do teu coração.
Não é a minha morada, é meu castigo,
Viver perto de você e tão distante desse amor.
Terá em mim um coração aberto,
Venha quando quiser...
Seja do teu jeito,
Se me amares, sempre será bem vinda.
Edney Valentim Araújo
Refém do silêncio:
Tenho você em mim, nos espaços que encontrou seu exílio. A fugitiva da monotonia, troca o marasmo gelado da vida, e sua punição, por um pouco de calor lunar e suas nuvens estrelar. Cometas de sentimentos rasgam o barulho do silêncio desse seu espaço chamado coração. Refém dos próprios medos fiz de ti meus segredos ocultos quando a saudade atravessa meu estômago vazio de solidão
Sinto sua falta
Meus momentos prediletos a teu lado
Constato em seu ser exílio
A minha falta também
Gratifico em meu intimo sua presença
Sinto-me abandonado mais amado
Desconfigurado mais mesmo assim idolatrado
Deus do meu próprio mundo
Rei da minha rotina
Fadário da sorte, ao me achar
Sua felicidade vida acabou de começar
Aproveita e se alarde de costume como a solidão
Engagé seu afeto a nossa provocação
E aguente a pancada da majoração
Enrolado nas suas ideias, confuso em sua matéria
Minha saudade vai embora ao seu encontro
Mais meus dias de conforto com a solidão vão embora.
canção do exílio
o poeta sem sua plumagem
é um deus exilado do cosmo
strip-teaser metafísico
só lhe resta sambar no inferninho
do caos
sob os neons do nada
sempre nu diante do espelho
sem espelho diante de si
Exílio
Num relacionamento falido, de todos os tormentos vividos,
Nada é pior que a solidão.
Não falo daquela que vem depois da partida,
Da cama vazia e do café com gosto de saudade.
Digo aquela que te faz se sentir abandonado,
De parecer um só, ainda que esteja acompanhado.
Amar sozinho deveria ser verbo proibido.
O exílio é o maior elixir do patriotismo, você vê as coisas que não são boas, mas isso não abate as maravilhas que existem aqui. (Brasil)
O amor é a pátria do ser. Aquele que ama e permite ser amado está justificado. O outro é teu exílio e tu o dele.
Canção Do exílio
Minha terra não ha vida
Cada um na sua própria solidão
Todos vivendo em beira
Beirando a escuridão
Os passáros que vivem
Não Cantam mais não
pois vivem desolados
Com sua triste ilusão
Vivo sem rumo nessa estrada
Mais não posso viver em vão
Vivo aqui observando
Elaborando minha canção
Elaboro uma canção bela
Mesmo na solidão,pois eu tenho a confiança
De um dia viver nessa estrada
E ter um pingo de Esperança
Sou Triste Quando Adulto
Mais era feliz quando criança