Eternamente
O que não é eterno, é eternamente inútil, mesmices, vícios, futilidades que não nos levam a nada, assim que identificado, o mesmo deve cair, deve morrer; ou não poderemos viver a vida verdadeira!
As vezes o que vivenciamos tão pouco, fica registrado eternamente em nossa memória e no coração. Porque ficaram apenas boas lembranças e muito aprendizado.
Estamos eternamente condenados a polarização em todos os níveis.
Sair dos extremos, buscar o equilíbrio, a virtude da justa medida, a mediação, a ponderação não é fácil.
Exige um exercício diário de cada um de nós, seres humanos imperfeitos por natureza.
Em vida, constantemente ignorado, desprezado, criticado...
Em morte, eternamente elogiado, celebrado, adorado...
Para que a lembrança perdure eternamente, é essencial estar presente, de corpo e alma, no instante em que a vida se revela.
ETERNAMENTE
Sobre o sonho escrevi teu nome um dia
Mas a ilusão a levou tal escrita na areia
Onde o mar apaga, insisto, mas todavia
A onda varre, antes que o destino a leia
E o fado repete. Tudo passa, tudo é vão
O que é mortal tem seu tempo. O final
E nós passaremos, e os sonhos ficarão
Afinal, o que importa é a ventura total
E, assim, me parece que só o vil perece
Não! O amor, o afeto, nem tudo some
O coração consome, a alma engrandece
Nos meus versos, eterno é o seu nome!
E, na poética, o viver, felicidade incontida
Pois, viverá o amor enquanto haver vida!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07 de maio, 2021, 15’42” – Araguari, MG
VECCHIO POEMA
Amor medido, eternamente
Se dentro vive, comedido
Explode um dia certamente
Não mais sós, mas repartido
Nos tantos presságios, a mente
No constantemente é ungido
Sente-se frágil, estranhamente
No ato de se querer admitido
Sem eira nem beira, facilmente
O vecchio amor, de novo indo
De novo vindo, rapidamente
Como se não fosse ferindo
Ah! Se abarcasse unicamente
Um amar, com ele teria partido
Num vecchio poema, sutilmente
Assim escrito, e o teria vivido!
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
Dia do médico (18 outubro).
Ser médico...
É dar de si eternamente
Partilhar a dor do doente
Torna-lo confiante e forte...
É ser presente na vida e na morte.
Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18 de outubro, 2015
O Poeta não morre, viver eternamente através de suas palavras
O Poeta eterniza-se quando deixa gravada sua passagem pelo mundo através de sua escrita, contribuindo de forma positiva na construção de outros pensamentos.
Muitos não terão a oportunidade de ver essas sementes brotarem, mas sua essência permanecerá através do que escreveu para sempre na eternidade.
É exatamente por esse motivo que aproveito para deixa o muito do pouquinho de mim por onde quer que eu passe, através de minhas palavras fruto da experiência e do olhar que tive em ralação a vida na minha passagem pelo mundo.
Ninguém permanecer eternamente no mau.
Um dia mergulhador na dor que produziu para si mesmo se redimi para trilhar novamente os caminhos que o levará a cultivar novos sentimentos para enfim ser glorificado no Reino dos céus, diante de Deus e aqui na Terra, ser justo diante dos Homens.
Saber de tudo não era a primeira questão para Sócrates, mas continua eternamente na estrada do saber porque é isso que nos engrandece diante da vida. Nesse sentido, quanto mais se sabe mais entusiasmado fica por entender que ainda há muita coisa para se aprender. Isso é vida!
O verdadeiro sábio quanto mais se aprofunda no saber conhecer se rende alegremente diante de tudo que ainda tem por aprender.
Muitos querem herdar, e viver eternamente com Deus. Mas, muito poucos querem morrer para si, e para os princípios e valores que regem esse mundo.
A minha alma coabita no meu corpo, esta intensa convivência torna-me eternamente inseparável da vida: até à chegada da humana mortalidade.