Escrevo e parece que não Leio
“” Não é porque faço poesia que não leio outros poetas,. Aliás, ler os amigos, também ajudar a melhorar e ajustar meus versos.””
Quando leio, percebo que a vida vai além do que almejo, existem fatores intrínsecos que nos fazem pensar e recomeçar.
Eram angústias, consequências de um erro. Me faço perguntas, por isso eu leio. Parece tudo muito estranho, como se fosse parte de um plano. Quanto mais os dias passam, sinto que minha hora está chegando.
Prematuridade Focal.
Se quando leio Hannah Arendt, filósofa alemã e que assumiu posições polêmicas e firmes, inclusive sua relação com o filósofo e membro do partido nazista Martin Heidegger, mas isso é problema dela e não meu, o amor é a cura e esta cura é dela. Quando ela diz que se foram as mágoas, raivas, e as coisas da vida, e as situações são como tapeçaria, e que ela era responsável por tudo dali Pra frente. Essa compreensão é de uma lucidez incrível, da vacuidade e impermanência humana, vazio não existencial e prematuridade focal.
Não é que eu leio rápido
Tão
Infinitamente
Grandiosa
Na complexidade
Do
Simplesmente
Existir
Disso
Ter
Consciência
Expontaneamente
Aceitar
Ser parte
Contribuir
Uma só
O quanto
Basta
Não
Precisamos
De mais
Valorizá-la
Justificá-la
Eternizá-la
É
A nossa
Parte
Crendo
Ou não!
Querendo
Ou não!
Aceitando
Ou não!
Há
Um maravilhoso
Projeto
Em andamento
Ser parte
É
A parte
Que
Nos cabe
Livre Arbítrio!
Há mais
Sempre mais
A entender
Compreender
O dinâmico
Torna
Suportável
O Eterno
Ser
Instrumento
É
Ou não
A opção
João 8.33: “Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão...”
Quando leio o capítulo 8 do Evangelho de João, não consigo desassociar os fariseus dos calvinistas com suas tagarelices de eleitos.
Místico momento
Não existe perfeição
mas te leio...
Em palavras te
mostro já contida
em mim.
Músicas
me trazem
teu feitiço de mulher,
amada no prelúdio,
aqui dentro – ouço-te!
Nas "imperfeições" suas,
vejo as minhas próprias...,
Assusto,
me perco por minutos,
em conseguinte te acho.
Perfeita na minha
forma imperfeita
de ver suas cores
sobre o prisma
de meus olhos.
A luz,
está alumiando,
nos banha com
seus raios.
Ainda que tênue,
tímida claridade
com cheiro de rosas
misturadas a baunilha
e amadeirado;
nossos perfumes.
Agora somos essências,
um do outro,
um no outro,
um para o outro,
mas dois em nós mesmos.
Mário Sérgio
TEU LADRÃO
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Eu te leio nas folhas dos olhos abertos,
e por mais que te ocultes nessa capa fria,
vou além dos desertos de silêncio e sombra
que me fazes olhar para nunca te ver...
Mas desfolho as verdades contidas em ti,
perambulo nos becos dos teus desenganos,
tuas perdas, os danos que te retraíram
nos desvãos de saudades ao sabor do abismo...
É assim que resvalo pelas entrelinhas;
faço minhas as mágoas que te fazem presa;
quero ser teu ladrão; escoar tuas mágoas...
Nunca feches teus olhos ante a luz dos meus,
pois de todos os breus o que mais me apavora
é perder essa hora de ler a tu´alma...
"Informação. Não sei até onde isso pode ser bom ou ruim, só sei que quanto mais leio, estudo e aprendo, mais claro fica a grandeza da minha ignorância."
HUMILDADE ARROGANTE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Leio nas entrelinhas um ápice de arrogância, quando aquela criatura mais vaidosa do que um pavão enche o peito já inflado e diz que tem lá seus erros ou defeitos. Não entendo a admiração de todos diante de quem no fundo se declara um deus flagrado com raros traços de humanidade. Mas vejo a humildade que não vejo neste, naquele sujeito que um belo dia se alegra e diz: 'tenho cá minhas virtudes'. Este sim, se reconhece um ser humano, com todas as suas imperfeições, que de repente flagra bem lá no íntimo do seu ser, discretas qualidades. Por falar em defeitos e qualidades, concluo que nosso maior defeito reside numa irrefutável distorção de valores.
SOBRE NÃO SER SHOW
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Hoje leio de tudo, porque leio mesmo;
sei entrar e sair, tenho crítica própria,
não a esmo e conforme os conceitos formais
que me façam pensar o que pensem pra mim...
Vejo tudo e decido se devo seguir;
só aplaudo se o faço pelas minhas mãos;
os meus sins e meus nãos, por que não meus talvezes,
têm origem nas próprias escritas de mundo...
Abro mão da leitura, retiro audiência
quando minha ciência, tão somente a minha,
não encontra contexto, sentido e prazer...
Porque nada esvazia quem já é pensante;
nada põe a perder quem um dia se achou
e quem sou não há show que precise forjar...
NOSTALGIA
Gostaria de não ser necessário estar lendo, o que escrevi, se leio é porque algo deu errado. Percebi que com o passar do tempo, e eu ali fazendo parte de um espaço, na qual não pertencia geograficamente.
Como de costume, tenho o hábito da escrita desde criança. Então comecei a esboçar algo neste sentido. Ciente que sou nada inteligente(inteligente aprende com facilidade aquilo que estuda) porém amante da filosofia, do autoconhecimento e da sustentação mental. Logo, admiro pessoas com a mente aberta, capazes de acalmar e influenciar os pensamentos de pessoas atormentadas. Sendo assim, não atormentarei por nada nesse mundo. Embasado em Ruben Alves , ou, no que ele disse: "Não caia na besteira de voltar em um lugar, onde se foi muito feliz". O mesmo justifica que o tempo vivido , não será mais encontrado, não estará mais ali. Então, literalmente, não fará mais parte desse lugar.
Assim sou eu. Após despedir de um lugar, e acostumar de vez com essa ideia, o Adeus não terá contexto de até breve.
Aos que prejuquei, só pelo fato de estar presente, me desculpe, não foi nada calculado, simplesmente foram obras das contingências e das eventualidades, que nos são imputadas à vida. Aos que prejudiquei diretamente, com falas e ações, peço perdão.
Contudo continuarei convicto, vivendo de acordo com os meus princípios, procurando desvincilar- me das maldades, e valorizar a bondade conforme a vontade de Deus. Até mesmo porque, como já fora dito por outrem! A única certeza que temos é a morte.
211205
Destino
Nas linhas da minha poesia
leio o teu olhar
com rimas cruzadas, luzidia
sinuosas a poetar.
Interferindo no meu destino.
E assim, eu pus a cantar
tal o badalar de um sino
o coração a anunciar.
E neste som divino
a vida nos seus caminhos
o meu e o seu num continuo
Desejar... íamos sozinhos
até nossas mãos entrelaçar.
E, neste poema marcado
de versos ao nosso dispor
desde então, o fado
juntos, passamos a compor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
28/02/2020, 23´21” - Cerrado goiano
VISITA (soneto)
Nos paralelepípedos das calçadas
Leio os versos do viver de outrora
Meu, rimas sinuosas e poeiradas
Numa memória tão fugaz e sonora
Vou sozinho, outras as madrugadas
A trama diferente, e outra a hora
Outros destinos, e outras estradas
Desassossegado, o que sinto agora...
Choco na linha da vida, nas esquinas
Fico calado. Desfaço o laço de fita
Do fado. Tem cheiro de naftalinas
Corri ao encontro da velha escrita
Sorri, falamos, ofegantes narinas
Segui andando, na revinda visita...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/05/2020, Triângulo Mineiro
Eu apenas sento no meu escritório e leio o dia todo.
Leio que o momento atual de pandemia é bom para a compra de um carro novo.
Refleti: meu carro atual está meia sola, aliás, está virando uma PORSCHEcaria, JAC recentemente foi até HATCHficado, vou aproveitar a chance.
MASSERATI que vou conseguir pagar?
Minhas contas estão passando por AUDItoria e o gerente do banco está até com DODGE mim e avisou. Com FIAT no meu conselho: você pode se FERRARI. Não compra que você se FORD.
Não sei. Acho que VOLVO levar minha carteira que a MERCEDES BENZE e YAMAHA a boca do sapo e eu compro um 0Km...
Entre versos e frases
Compartilho a minha intensidade
Leio a minha alma!
Componho com o coração
Tudo o que sinto, se transforma em uma nova rima
Escrita sem medo dos julgamentos.
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