Escrever uma carta a uma Criança
Zohra
Pobre menina Palestina
Nascida em extrema pobreza
Ainda criança foste vendida
Para servir a realeza
Na sua inocência de menina
Avistou dois pássaros presos
Sentiu vontade de vê-los voar
Deixá-los a liberdade encontrar
Para seus ninhos voltar
Um sonho dela mesma
Que nunca poderia realizar
Mas para sua surpresa
A violência humana
Com a morte a castigou
Prefiro achar, que a paz encontrou
Que com os pássaros voou
Eu olho pra natureza e vejo Deus.
Eu olho pra uma criança, vejo Deus.
Em atos genuinamente bons, o vejo.
Eu vejo Deus na justiça de quem busca a paz, o amor.
Eu vejo Deus na vida de quem é humano com as pessoas e por ser humano erra, mas procura rever seu eu.
Eu sinto Deus na natureza, no som dos passaros, no barulho da chuva.
Eu não vejo Deus em discursos vazios, em palavras sem atitudes coerentes com elas.
Eu vejo Deus em quem deixa ele entrar e todo dia ser transformado um pouquinho mais por ELE.
Somos obras em constante manutenção pelo nosso criador.
E você? Onde vê Deus?
Mundo cor-de-rosa
Pudera eu voltar a ser criança!
No reino da fantasia
tudo é mistério e beleza!
Na imensidão do mundo
Passeio no meu jardim
colho flores e sonhos.
Visto-me de primavera!
Perco-me na floresta encantada
ouço os passos das árvores
que estendem os seus braços
em forma de abraços.
Pudera eu viveria num mundo cor de rosa!
Onde não há maldade nem desenganos
onde o sempre é para sempre.
Num mundo mágico assim!
Minha guerreira, minha rainha
Minha coroa, minha vida inteira
Meus passos quando eu era criança
Minha direção des da infância
Minha professora com pouca sabedoria
Minha educadora da vida meu guia
Sua preocupação não tinha limites
Quando eu estava ausente e ela toda triste
Pela grande saudade que eu fazia
Então sozinho eu me sentia
Uma dádiva foi se fazendo
E mais um ciclo se passou
Você completando mais um ano de vida
Minha flor meu grande amor.
ESSE TEMPO COMPLICADO
Professor se desdobrando
Criança não fica contente
Mas não pode descuidar
Ou vai ficar doente.
Vejo vídeos de crianças
Estudando em casa contente
Não pode descuidar das tarefas
Isso ai meninada inteligente.
Papais sempre presentes
Sem descuidar da lição
As prós cuidadosas
Passando informação.
E assim vamos seguindo
As escolas preocupadas
Querendo o bem das crianças
Deixando-as bem informadas.
Irá Rodrigues
O comprador de ovos.
Eu tive um amigo, quando criança, que vendia ovos. Ele era mais velho que eu. Ele percorria os sítios da redondeias com ser carrinho de madeira (um caixote) e ia comprando a "produção" q depois ele vendia na cidade. Uma vez ele me convidou para ir com ele, eu e mais um amigo em comum. Saímos cedo. No caminho ele foi explicando o processo que ele usava. Bem mais complicado do que o de frutas, que era bastante simples que consistia em colher um cento de mexerica, botar no carrinho, pagar e voltar para a cidade e já começar as vendas. Ah, e a gente podia comer à vontade nos pés, diferente de ovos que você não podia comer. O dono, (sitio dos Geraldo) uma pessoa que tinha o coração maior do que ele, nunca contava o que a gente colhia. Uma vez eu troquei uma espingarda de pressão por uma cabrita com ele, mas isso é outra história; Mas então.. o mercado de ovos funcionava assim: havia a compra com entrega imediata e com entrega futura. Era aquele sistema que mexia com nossas cabeças, , --"quando acontecer, vocês vão entender" na prática fica mais fácil, disse ele-". E lá fomos nós acompanhando ele, torcendo para acontecer uma compra futura. Acho que no terceiro vendedor aconteceu. O nosso amigo comprou uma dúzia e levou somente seis ovos. Num outro ele pagou seis ovos e levou uma dúzia. Foi então que entendemos aquele mercado. Meio complicado, diga-se de passagem. Ele adiantava o dinheiro quando as galinhas, por algum motivo, desconhecido por nós, não liberavam a produção, mas o vendedor precisava do dinheiro, então ele completava numa próxima negociação. Com aquele sistema ele prendia o vendedor, que não vendia para outro comprador .
Depois daquela aula, na volta ele veio nos contando sobre um rio que existia por alí e que, infelizmente, iríamos ter que atravessá-lo, e pior, a ponte era muito estreita e tinha sido construída sobre a parte mais funda do rio. Vez ou outra ele dizia: --"Escuta só, o barulhos do rio,tá lá bufando! igual a um bicho."- era com tanta criatividade, que passamos, também, a escutar o "bufo" do rio. Quanto mais perto, mais aumentava nossa curiosidade. Quando chegamos, era só risadas, Crianças riem de tudo. Era um riozinho, (rio balaio, para quem é da região) que tem menos de dois metros largura, mas naquele dia era como se tivesse cem.
O amor da minha vida,
Preciso dizer...
Como um sonho de criança, onde predomina a pureza,
dos gestos e dos pensamentos;
É o que sempre desejei...
Onde minha dedicação por você é de corpo alma e coração;
Em que, na mais bela página da minha vida, ali, você está!
Um amor, que é além da vida...
Em que, por quantas vidas viverei; todas, amarei você.
Sonho de olhar dentro de seus olhos, e ver que tudo pode mudar...
Menos esta paixão inesgotável de sempre lhe querer.
Linda,
Pensa em mim...
Porque o meu amor por você é além da vida.
Quando eu era criança a minha mãe cozinhava feijão e depois com uma colher de pau ela macerava o feijão porque era assim que o meu pai gostava.
Eu tbm comia.
Mas eu crescir e o meu paladar desenvolveu o meu gosto.
Gosto de feijão em grãos.
Respeito quem não gosta assim
Respeito até quem não gosta de feijão.
Isso é pessoal. É o gosto de cada um
Se tu não gosta de algo. Tipo uma roupa, cor de cabelo, etc. não use... certamente não ficará bem em você.
Mas o que tu tem haver com a vida dos outros?
Se tu não consegue estender as mãos para quem precisa que direito tu acha que tem para criticar?
Quem te deu esse direito? Foi ela.foi Deus?
Tu se acha superior e até santo por isso?
Eu tenho uma coisa pra te dizer..tu é um coitado infeliz.
Porque de tudo que te faz se sentir melhor que outro alguém, vc não tem.. é pobre porém
O Amor vc não tem.
A pureza da criança
O ódio de uma dor,
Simboliza algo que aconteceu,
A beleza de uma flor,
E o néctar que a abelha bebeu.
Os olhos de uma simples criança,
Refletindo sonhos do futuro,
Inspirando fé e confiança,
E a maneira de subir o muro.
A flor,a dor e a cor,
A criança,a esperança e a confiança
A dor que sente amor,
A confiança que tem uma criança.
Essa criança é parceira,
É a bússola do meu caminho,
É a forma e a maneira,
De romper com a cerca de espinhos.
A criança é o elo,
Me enchendo de pura esperança,
No imenso mar,num barquinho amarelo,
Essa criança é a minha aliança.
Aliança do eterno amor,
Na formação de um casal,
Comportando como um ser superior,
Sendo tempero como o sal.
Símbolo de pureza extrema ,
Que alivia tantas preocupações,
Força simples que quebra sistemas,
O amor,poço de emoções.
Lourival Alves
Quando a gente era criança
E brincava de se esconder
E subia lá no alto, ia só de brincadeira...e ria
Ria, de incauto que era
E pulava de lá, por prazer
Pelo puro prazer de poder ouvir o ar que zunia
Uma vez fui encontrar lá em cima
Um pássaro que tinha desistido de voar
Daqueles, que quando dói, nunca se lastima
Não chora, não pede ajuda
Se recolhe no seu lamento. Finge morto, finge mudo
Se tinge de esquecimento
Enfim, nada escolhe na vida
E mesmo assim
Teve a escolha de sofrer calado
Eu conto essa passagem
Num poema bobo e sem rima
Porque desde pequeno
Eu também não podia chorar, nunca tive coragem
E jamais me ensinaram o jeito certo de falar com Deus
Pra dizer-me arrependido e nem pedir perdão
Nunca aprendi pedir nada pra Deus
Mas o certo era que o pobre pássaro
Pode ser que ele só fosse igual a esse que eu sou agora
Daqueles que quando chora...é só por dentro
Num lamento mudo
O pássaro caiu lá de cima
E nem me deve ter ouvido pedir perdão
Quedou-se no chão
Num tombo quase tão breve quanto uma vida
E ele também deve ter sentido
O ruido leve que zuni no ouvido
Que só ouve quem cai
Mas naquele momento
Como quase que tudo na vida
Não deu tempo pra nada
O pássaro mudo, morreu sem chorar, não deu tempo
Pode ser que eu, depois daquele dia, o tenha tido
Mas eu não chorei, nem naquele dia e nem nunca mais
Ajuntei todas as lágrimas que tinha pra chorar na vida
E quando vi que o pássaro ia subir pra Deus
Eu pedi pra ele levar.
Edson Ricardo Paiva.
Quando eu era bem criança eu dizia que quando fizesse 18 anos a primeira coisa que eu ia fazer era ir embora de casa. Aos 24 anos me arrependo de não ter cumprido a promessa que fiz a mim mesma.
Muitos dizem que é egoísmo e que sou mal agradecida, pois muitos dariam tudo para ter uma casa para se abrigar, ter o que comer. Mas o que precisamos mesmo é de um lar, com pessoas dispostas a te respeitarem e compreenderem uns aos outros. Por muito tempo formos um lar, mas as coisas mudaram com o passar dos anos, o fato de eu expressar uma opinião um pouco diferente do que é bem visto pela sociedade já passei a ser julgada e reprimida.
Há muitos anos eu sinto algo me consumir aos poucos, com o tempo isso só vai aumentando. Sinto que já não sou mais a mesma pessoa, não sei quem sou.
Estamos em constante evolução, mas não sei para que rumo estou evoluindo. Eu realmente acredito que quando eu não estiver mais aqui, nesta casa, eu vou ser feliz, acho que isso tem me impedido de ser feliz hoje.
Mas no momento não tenho forças para seguir em frente, não sei o que faço para sair do lugar e dar o primeiro passo para minha nova versão.
Em minha cabeça há um turbilhão de ideias, mas aqui eu não consigo evoluir.
Eu sou do tipo de pessoa que nunca se importou com o que falassem sobre mim, por exemplo: você está gorda, você é lésbica. Esse tipo de coisa nunca me atingiu.
A única coisa que tem me atingido muito ultimamente, me enlouquecendo e me desequilibrando é sobre minha vida profissional e isso tem muito a ver com as expectativas que colocam em mim.
Eu estudei 5 anos numa faculdade que eu entrei sem saber se quereria, me apaixonei pela área no decorrer dos anos, e no último ano já não sabia o que fazer, não tinha certeza que era aquilo que eu queria pra minha vida e travei. Depois que acabei a faculdade fiquei 1 anos sem rumo, sem saber o que fazer, meu primeiro emprego depois de formada foi pra uma área que nem exigia estudo, até que finalmente recebi uma oportunidade de trabalho pra minha área de formação, porém uma área de trabalho que eu detestei desde o início da faculdade, mas resolvi arriscar e fiquei por um ano num emprego que me deixou doente e consumiu minhas forças físicas e psicológicas. Agora estou novamente parada há meses, não sabendo o que fazer, sem conseguir agir para nada, enlouquecendo, sentindo raiva de mim mesma, para não dizer pior
Não sei por onde recomeçar.
Deixe a criança!
Sonhar e ter medos, brincar com brinquedos, seu mundo inventar;
Deixe a criança!
Cultivar amigos, ler bons livros, histórias criar;
Deixe a criança!
Com risos, com danças, quão boas lembranças terás para contar;
Deixe a criança!
Pureza que encanta, amor que esbanja sem nada esperar;
Deixe a criança!
Heróis e princesas, real realeza em seu próprio lar;
Deixe a criança!
Gritar de contente, chorar porque sente, abraço inocente que faz acalmar;
Deixe a crianças!
Na alma e na mente, sem pressa, sem preço, um mundo inteiro tens a ganhar;
Deixe a criança!
Seja criança.
Vida , vida minha...
Quero que saibas, de tudo que representa para mim.
Quando criança e em minha juventude , houve tantos dolorosos momentos, então com minha pouca experiência de vida chorava muito, foram rios e rios de lágrimas por anos..., Até que dei um basta, e disse chega de choro, eu já era valente em meu mundo, me tornei duplamente valente... por onde passei, minha voz era ouvida, liderei pessoas,ensinei muito, mas fui muito mais aluna, pois tudo eu observava e absorvia... Tive muitas histórias dessa época... Um belo dia conheci um homem, e no futuro se tornou meu esposo, nunca imaginei que casamento tivesse o efeito de montanha russa, mas aprendi a ser uma fera nessa fase, pois percebi que precisava de cuidar da minha nova vida, anos de amor, problemas, alegrias, tristezas, surpresas, decepções, até que chegou o dia da descoberta de que desde antes do casamento, fui enganada,e naquele momento tudo desmoronou, e tudo findou...
Ah, vida como foi dura comigo, por que me judiou tanto?... - Me fiz essa pergunta muitas vezes.
Mas, hoje entendo que precisei de tudo o que passei, para ser quem sou,hoje vivo no mais perfeito amor com meus pais, então obrigada por não desistir de mim. E por me fazer essa mulher que me tornei.
EU ME SINTO
Sinto-me como uma criança colocada a força em um balanço e presa nele, enquanto ele gira em torno de si mesmo sem parar.
Como uma criança que não consegue ver nitidamente o que lhe cerca, o mundo a sua volta.
Como uma criança sem forças para parar o balanço, mas exausta de tanto tentar.
Como uma criança com tanto medo dentro de si que não consegue gritar.
Como uma criança que tudo o que faz é chorar.
Como uma criança, esperando que alguém possa me salvar.
Como uma criança com um imenso desejo de que tudo apenas acabe.
Quando eu era criança eu tinha o desejo de me tornar invisivel .
E quando me perguntavam o que eu queria ser, eu dizia: invisível, as pessoas riam e tentavam me explicar que essas coisas só eram possiveis nos filmes e desenhos animados.
Mas olhem só que irônia, depois de adulta eu descobri que meu desejo se realizou , pois é exatamente assim que me sinto muitas vezes, ivisivel.
Ser criança é bom porque um joelho ralado não é motivo pra deixar de brincar
Quando se torna um adolescente você não quer sair de casa por conta das espinhas
E quando se torna adulto não quer sair porque se sente velho demais pra isso,a vaidade sempre foi mais importante que tudo
Mas pra uma criança tudo vale mais que uma vaidade
Quando criança a gente enxerga a vida como uma doceria gigante, ou um parque de diversões onde tudo é novidade, legal e possível.
Mas muitos ao se tornarem adultos, cai em um labirinto estreito e árduo de seguir, olhando em volta constatando uma prisão.
Perceber que estar no corredor da morte em sua existência, é uma batalha interna silenciosa e sutil a enfrentar.
E tudo o que você quer é correr, gritar e chorar, mas alguma coisa te segura; de canto e calado indaga observando: “será que todas essas pessoas são como vacas ruminando até a hora de ir para o matadouro, ou elas estão quietas como você, apenas planejando a sua fulga”.
Eu Fernando Cabral era uma criança sem graça. As pessoas não olhavam pra mim. Eu era insignificante, Ninguém me via. Não tinha atrativos. Não tinha mãe e nem pai pra me dizerem que eu era bonitinho, que eu era querido, engraçadinho, que tinha luz, que era especial ou iluminado. Eles nem me viam, parecia que era transparente. Ficava tão escondidinho, tentando me proteger que parecia que eu estava sozinho no mundo. Tudo que tinha a minha volta era ameaçador, como se não tivesse ninguém pra me proteger de qualquer perigo. Eu queria mesmo era que eles seguras, sem na minha mão e fizessem eu sentir a proteção, a força deles, sentir que estavam ao meu lado. Eles não me pegaram no colo pra eu sentir o calor deles e meu peito protegido. Sentia um vazio enorme no meu peito, é como se eu fosse agredido no peito, tamanha era minha necessidade e sentia que precisava fechar ainda mas meu peito para me proteger. Doia muito esse vazio. Eu queria colo!! Eu queria que me apertassem nos braços pra sentir o tamanho do amor deles, mas eles não estavam lá pra isso. Dias após dias crescia esse buraco. tinha vontade de gritar pra eles percebessem minha presença e me vissem. Eu chorava, chorava muito, mas eles não estavam lá pra entenderem isso. Eu só queria carinho, atenção, color, amor mas eles não estavam lá. Na verdade eles nunca me ouviram chorar, Eles nunca entenderiam o que eu sentia. Eram dois insensíveis, como se nunca tivesse sido crianças. Não sentiram amor, não cuidaram de mim, não me deram comida, não me deram banho, não me trocaram, não me fizeram dormir. Jamais conseguiriam entender o tamanha da minha solidão. Jamais brincaram comigo pra eu me sentir importante. Não me incentivaram. Não me elogiaram. Eu procurei ser bonzinho e nem assim tive atenção, afeto, amor. Para completar me deixaram com minha avó para cuidar de mim. que só me machucava ainda mais, me maltratada e também ignorava as minhas necessidades. Eles nem viam o que ela fazia comigo e acho que não estavam nem aiii comigo. E quando descobriram algo, não me acolheram. Não viram a minha dor., não me defenderam, não me enxergavam e não vieram curar a minha dor que só aumentava a cada dia. Parecia que ninguém percebia que eu era uma criança que tinha mas necessidade de afeto e amor que comida. E meu pai onde estava? Ele nem vinha me ver, passavam dias e dias sem aparecer. Quando aparecia nem conversava comigo, não me fazia mimos, não me dava carinho. Ele não sentia nada por mim, assim como não sente até os dias de hoje. Sentia que estava ficando cada vez mas transparente, Doia tanto essa solidão. Será que eu era feio, errado, desprezível? Era tão sem graça que ninguém me dava atenção? Eles me torturavam com essa indiferença. Como eu queria apenas me sentir amado! Que passassem a mão na minha cabecinha, nos meus braços, nas minhas costas, para eu sentir o afago do calor dele. Eu queria ouvir que era especial, impostante, esperto, pois merecia ser amado e ser feliz. Mas do jeito que me trataram eu me sentia cada vez mais abandonado, rejeitado, como se tivesse atrapalhando algo. Como pedir que me dessem atenção, que brinca assim comigo, que me fizessem ninar, que é embalagem em seus colos, que me beijassem?? Queria muito pedir que beijassem seu rosto, que segurassem em minhas mãos, me pegassem no colo e me dissesse que me amavam. mas não podia pedir, sei que eles não queriam me dar nada disso. pois se quisessem teriam me dado e não me abandonado. e eu não precisaria nem pensar em pedir. Esperava que me levassem pra passear, pra brincar com outras crianças, ao invés disso ficava encarcerado num quarto escuro como era costume na época, como forma de punição por um crime que não cometi. Queria me sentir normal, viver no meio de outras pessoas, assim não me assustava tanto quando ia pra escola. Precisava de segurança para sair de casa e ter a certeza de que não iriam me abandonar, mas na verdade me abandonaram todos os dias de minha vida. Precisava ouvir de meus pais pra não ter medo de nada e nem de ninguém. Mas ao invés disso eles me fizeram viver isolado do mundo escondido, como se eu fosse um pecado a ser escondido. Não podia conviver nem com outras famílias. Tinha que ser bicho do mato. Não podia ser apresentado nem pra o mundo real, não é Pai?? O que eu tinha feito de tão errado?? Quanta vergonha Vocês me fizeram sentir. Não sabia nem do quê mas morria de vergonha de mim mesmo. Quem sou eu?? Quem eu era?? Como acreditar e caminhar com segurança diante de tanto desprezo e indiferença? Droga o que vocês fizeram comigo?
Pulicado Facebook em 6 de outubro de 2015 ·
Público
Podemos usar todas as técnicas conhecidas para alfabetizar uma criança, e até conseguimos, mas se não despertarmos também o desejo, a motivação e afetividade, o vínculo com a aprendizagem fica comprometido. São pessoas que aprendem a ler, mas que não possuem amor pelo conhecimento. Instala-se um obstáculo epistemofílico.
Simaia Sampaio
BENZER UMA CRIANÇA
Num sábado à tarde recebi em casa uma criança para benzer. Estava me sentindo feliz. Eu já tinha benzido sua mãe quando ela tinha a mesma idade.
Fui no quintal e colhi três pequenos galhos de arruda, minhas mãos ficaram cheirosas e realizei o benzimento. Mãe e filho me agradeceram.
Mas uma vez me senti abençoada em poder benzer uma criança.
TOINHA VICENTINA (1911-1998)
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