Escrever porque Escrevo
Não é atoa
Não é a toa,
Não escrevo por escrever
Escrevo sem me sentir
Escrevo quando choro, e quando termino acabo sorrindo
Escrevendo, sinto como se estivesse me esvaziando
Nesse vazio, busco algo que me alimenta.
Quando estou cheio, escrevo novamente para me esvaziar...
É como se eu fizesse uma liquidação de estoque..
Precisando recompor as prateleiras para inovar minha imaginação.
Curam minhas dores, tumores, abrem meus sorrisos...
Conforta até a minha arcada dentária, mastigo como um leão faminto...
Sinto abraçado por alguém que não estou vendo.
Machuca o meu intestino,
Tomo água, e deito em um ombro amigo.
Estremece minhas mãos, como febre em ambiente aquecido....
Arrepia dos cabelos até o meu tornozelo.
Um encanto sufocante, que me sinto lembrado e esquecido.
Previne minhas dores, e a cabeça para de martelar...
Libera proteínas,
E vai criando novos substantivos...
E vem de mão beijada,
muitos, muitos adjetivos...
Autor : Ricardo Melo
O Poeta que Voa
escrever é meu maior pecado
e meu melhor refúgio
escrevo de mim
sobre o eu que ainda desejo descobrir
Escrevo muito as vezes
Mas não é fácil escrever
Principalmente quando se encontra machucado
Em um ponto que não dar para ser curado
Mas ainda assim escrever tem aliviado
Essa dor insuportável
Que o passado tem me culpado.
O que escrevo não tem a ver com nós
Faço isso por que me sinto leve
Vejo mas em escrever
Do que falar o que penso para pessoas que não vai me entender
Me disseram que minha mente é um enigma
Mas ninguém imagina
O que faço para ser tão otimista
Em busca de ser feliz
Procurando viver a realidade
Não sendo um fantoche
De pessoas que não dão a minima para realidade
Minha realidade é uma fantasia
Que todos os dias
Troco por uma que vai me trazer mas alegria
Vivo uma vida de mentiras
Por que nunca falo o que passo na vida
E para muitos vivo na mordomia
De ter o que quero sem ter que ralar de noite e dia.
Licenças poéticas (e filosóficas)
Escrevo porque o instante existe
E o escrever insiste.
Não há nisso vaidade consciente
Apenas o descanso reclamado
pela sensorialidade
de um corpo-mente.
Nessa subjetividade encarnada,
Escrevo para os que escrevem
E mais ainda para os que sentem.
Existe uma loucura desatada
Nos fios das relações
Não a loucura dos que perderam a razão
Mas a dos que a procuram.
Não há super heróis fora do cinema
Porque todos somos humanos
de pele, nervos e sangue.
Nossa força vem dos acordos
E não das palavras.
Quebrou-se o pacto,
Ninguém diz mais nada
Embora se usem as mesmas palavras.
Escrevo para não morrer...
De amor, de saudade.
Para não morrer de tédio.
Escrever é meu remédio
Para uma não-fatalidade.
não consigo mais escrever sobre sentimentos cada poema que escrevo corações como o meu se partem de formas diferentes
Como eu escrevo bem quando estou triste, mas quero escrever bem esperança de dias melhores também!
Escrevo o que sinto porque, por hora, não posso te dizer,
mas se faz necessário escrever porque, caso contrário,
me afogaria em desejo, amor e saudade.
– Se você não pudesse mais escrever você morreria?
– Eu acho que, quando não escrevo, estou morta. (...) É muito duro, esse período entre um trabalho e outro, e ao mesmo tempo é necessário para haver uma espécie de esvaziamento para poder nascer alguma outra coisa, se nascer. É tudo tão incerto…
Não escrevo
para agradar
a ninguém,
Para o poeta
escrever já é
a tão almejada
vantagem,
Escrevo para
contar sobre
fatos sem
conexão com
o General,
Mas que fazem
parte do que
vem ocorrendo
na Nação dele;
Porque para ele
só peço mesmo
é a libertação.
Se o quê levou
o General
a prisão foi
uma única
mensagem
em questão,
Já deveriam
ter pedido
ajuda ao relator
da liberdade
de expressão;
A vida pede
de todos nós
desembaraço
e compaixão.
Faço-me eco
da voz da irmã
que nada sabe
do General
há um mês,
Só se sabe que
ele se encontra
incomunicado;
Por favor, mesmo
que as minhas
palavras para ti
nada representem,
Peço que me
ouça gentilmente
e colabore,
Não nos deixe
em dúvida se
ele se encontra
até mesmo
não mais vivo,
Porque mesmo
distante aqui
há um coração
que por ti sente.
Quando escrevo não sei o que estou a escrever, mas quando escrevo sobre ti, o Amor diz-me que é poesia.
Você não
se deu conta
Eu sou o que sou,
- autêntica
Escrevo por escrever,
E nem um pouco
oculta,
- sou a letra
depravada
Eu sou a boa
literatura,
Correndo nua
pela rua,
Escrevo o quê sinto,
Tudo o quê penso,
Até registros,
Faço arte pela arte,
Filha da criatividade,
Um tanto santa,
Porém, satânica confessa.
Podes ir, mas sei
que volta,
Vais com todos
os meus versos,
- na ponta da língua -
Silabando cada um,
Como o mel
que escorre,
Do meu estuário,
Para a tua boca,
e não te basta,
Além das orbes
celestes,
Lá estão
escritos os poemários
- todos registrados -
Em linhas intimistas
e bacantes,
Para embalar
poetas e amantes.
Você não
se deu conta,
Não escrevo
para você,
Escrevo para
celebrar a vida,
Brindar o amor
E cantar a paixão,
Para esperar
o amor que virá,
Lindo e ardente
como um verão,
Com dias de Sol
e noites
estreladas.
Cada linha
desse poema,
É confissão
plena,
sem confusão,
Liberta
de qualquer
conflito,
Que segue
a vida serena,
Portanto,
siga e voe
para longe,
Em cada asa
sua haverá
o meu rimário
Desse amor
resguardado
num sacrário.
POR QUE?
Escrevo o que penso.
Mas não sei se penso o que escrever.
Escrever não é questão de necessidade
A questão é se há necessidade de escrever o que penso.
No entanto, penso escrever tudo que há em mim.
- Não sei porque!
- Tem que haver por que?
Queria escrever poemas
sobre flores e amor
Mas na minha intima
natureza
Só escrevo sobre dor.
Dor do coração,
da alma e da solidão
Desejo o seu perdão
para escrever uma
linda canção.
"Eu escrevo sem papel nem tinta.
Escrevo nas linhas do tempo.
Sem margens que é pra não delimitar meu pensamento..."