Escrever Livros
Cada palavra que o escritor escreve, é um tijolinho usado na construção de um palácio. No momento em que o leitor inicia a leitura do livro, ele passa a residir neste palácio. Portanto, jamais esqueça do poder que as palavras tem.
Para você eu escrevo sem palavras
e te dedico um silêncio profundo,
porque só o silêncio pode falar
quando as palavras não podem descrever.
Quando partimos deixamos um pouco de nós e levamos partes de tantos que conosco escreveram belas histórias e que, mesmo distantes dos olhos continuam a escrever no livro da vida.
Sinto saudades de te ler, de te escrever. Você foi a minha melhor poesia. Meus recortes, meus milhões de leitores, minha fama, meus elogios e tudo isso graças ao seu ser poético que escorria por todos os seus poros. Você foi a minha melhor poesia. Os seus olhos quase que por si só, varriam as palavras para o papel sem que eu precisasse pegar o lápis. Teus lábios estavam condenados a responder a todos os seus gritos poéticos e inacabáveis. Você foi a minha melhor poesia, minha melhor fantasia, carregada de amor. As palavras te seguiam por toda a casa e você sabia que a não ser você o resto era vazio e frio, meus livros não existiriam e minha pele gritaria mais que a sua boca — por poesia. Somente por poesia.
Quando escrevemos, não necessariamente estamos nos referindo a nós mesmos ou mandando alguma indireta, o escritor tem esta mania: "escrever, expor uma ideia, um fato, um incomodo", enfim. Nós escrevemos para um todo, algo que muitos talvez não entendam, outros nem gostam, pois certamente os atingem de alguma forma, positivamente ou não, mas o fato é: nossos devaneios os fazem pensar, refletir, idealizar... Se aconteceu, o escritor conseguiu atingir o seu objetivo!
Livros são investimentos, são companheiros, são tantas coisas que não dá para resumir em poucas palavras. São mais do que simples produtos.
Escrever, para um escritor, é como respirar. Ele não se imagina fazendo nada além de escrever. Se você é assim, então vale a pena. Mas por que escrever? Nós escrevemos porque precisamos contar histórias. É mais do que uma maneira de comunicar ideias, para algumas pessoas é uma oportunidade para se conectar com seus interiores, criar histórias e levantar questões sobre a vida
"Se em cada segundo escrevesse uma palavra para você, no final de um dia teria composto um livro sobre nós dois."
(07.11.2004)
Eu me sinto como um livro as vezes...
Inacabado, cheio de páginas e com mil histórias....
Tenho muito o que contar e escrever ainda.
Por isto eu escrevo...
Cláudia Leite S.
A verdadeira fonte da sabedoria está dentro de você e não em uma página aberta de um livro, porque aquele que escreveu as palavras ali expostas, usou da profundidade de seu Ser para traçar cada uma delas
Qualquer narrativa literária onde figure o ser humano, exige de quem a escreva algum domínio sobre a arte da ambiguidade.
Escrever, portanto, é a arte de saber ordenar e interligar um emaranhado de cenas, é tipo montar um quebra-cabeça, você precisa descobrir onde encaixar cada pecinha, para no fim, transformá-las em algo belo e admirável.
Escrever, portanto, é a arte de saber ordenar e interligar um emaranhado de cenas, é tipo montar um quebra-cabeça, você precisa descobrir onde encaixar cada pecinha, para no fim, transformá-las em algo belo e admirável.
Um livro, então, é o resultado de uma variedade infinita de cenas, unidas para contar uma infinita variedade de histórias.
Gosto de escrever à queima-roupa, como quem atira sem alvo. Às vezes quando acordo inquieto, com frio na barriga, muita sede e vontade de correr ou ficar sozinho eu já sei: vamos resolver isso com uma caneta ou teclado de computador.
Às vezes, sai apenas um rabisco, um desenho, um devaneio em forma de um novo projeto. Mas eu deixo sempre fluir...
Como sei que a idade um dia vai chegar, quero migrar essa terapia para a voz e assim, poder gravar quando não tiver mais vistas suficientes para a escrita.
O importante de sentar para escrever, ao contrário do que se pensa, é não ter inspirações prévias.
Devemos deixar o pensamento correr solto, frouxo, leve até que ele escorra pelos dedos até a ponta da caneta ou teclado de um computador.
Pode parecer baixo, mas tem dias que o pensamento tá como aquele "peido" que insiste em sair quando você anda pelas ruas, lado a lado com alguém: é necessário você pare tudo e o liberte!
Sinto falta do uso da minha máquina de datilografar. O barulho incomoda os vizinhos mas esse mesmo barulho me inspira.
Foi ao som desse barulho que, por anos, vivi nos salões de agências bancárias datilografando documentos e vivendo algumas emoções.
Creio que num futuro próximo digitar com a voz terá o apoio de corretivos eficientes que repetem o escrito e indicam por voz a necessidade de um ajustes na escrita.
A pandemia foi um ano difícil para alguns, porém, os autores, pintores, compositores, poetas, escritores e todos os que vivem de inspiração tiveram um ano de muita colheita.
Sim! Colheita! Assim como um agricultor no campo de flores ou frutos, tudo aquilo que transborda na mente humana e se converte em palavras são colheitas. É a mais bela colheita por que ali nascem sementes que irão brotar em outras mentes humanas.
E sem dúvidas, dos tempos pandêmicos de 2020, brotarão sementes que inspirarão as ávidas mentes dos séculos que se seguirão...
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