Entardecer
John Steinbeck escreveu que a mudança chega como a brisa que franze as cortinas ao entardecer. Ela vem como o perfume furtivo das flores silvestres escondidas na relva.
Sol... Que faz nosso dia brilhar. Quando muito quente, ardente nos faz reclamar. Mas ao entardecer quando se põe nos faz encantar.
hoje...
quero beber um pouco
do entardecer
me enfeitar de estrelas
dançar sobre a lua
brindar o amor
sonhar com meu amado
hoje quero...
sentir a vida intensamente
Ao entardecer um fenomenal crepúsculo,
Solitário numa estrada deserta,
Me contrai músculo por músculo,
A saudade demais aperta,
Como fui impotente e minúsculo,
Em não ficar alerta,
Ao teu poder maiúsculo...
Esse espírito de entardecer, de crepúsculo, que não permite ver a imensa heterogeneidade que há nas causas intrínsecas e extrínsecas dos fatos, nos fatores que cooperam para que ele seja o que ele é.
Entardecer
O sol sai de mansinho
é como a vida.
Sussurrando
feito pressa
em meus bordados,
nos sonhos, nas conversas...
Penso como será depois
e assim neste constante,
no receio, nos pontos
do questionar
o meu olhar se perde
pelos sobrados...
No sol que sai de mansinho
nas flores, nos temores
na réstea de luz
na força e na garra
pela estrada
ou será caminho?
Que sigo, que me conduz!
Como ficou tarde tão cedo? Já é noite antes do entardecer. Dezembro já está aqui antes de Junho. Meu Deus, como o tempo voa. Como ficou tarde tão cedo?
trago flores
para perfumar
o nosso entardecer
e também o anoitecer
para termos bons sonhos
para deitarmos e descansarmos
com o coração agradecido
e a consciência tranquila
com boas energias de paz e amor
com beijos iluminados
e perfumados na alma!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Aquieta-se o silêncio na tarde.
A noite, às portas, chega sem alarde.
O entardecer suave de mais um dia...
Calmaria... calmaria.
Dia feito!
Perfeito.
Desabita-me.
Apaga-se...
Foi-se mais um dia.
“O meu dia foi bom, pode a noite descer.
(A noite com os seus sortilégios.)”
É mágico ver o dia nos braços da noite morrer.
Déjà vu
Que cores são estas que tingem o entardecer?
Que doce nostalgia inspira este dégradé?
Uma estranha impressão brota do íntimo Algo que alguns chamam Déjà vu
Não há como não se sentir ínfimo
Quando o universo abre seu baú
Apesar de minúsculos
Não somos apenas grãos de poeira
Para além de ossos e músculos
Somos alma e peneira
O cosmos inteiro é a mina
Da qual a consciência é o garimpeiro
Cada estrela examina
Em busca do mistério derradeiro
Mas quem nunca sentiu
Como se já não houvesse tido a lição? Quem nem ao menos previu
Qual seria a próxima sensação?
Quem sabe seria esta a mais preciosa pepita?
Perceber que na vida nada é estreia
Que embora graciosa e finita
De retornos infinitos é a nossa odisseia
Assim, cada encontro é um reencontro
E dizer “eu te conheço de algum lugar”
não é uma mera cantada
Cada conto reforça um ponto
E até desencontros nos levam ao mesmo lugar
ainda quando se altera a estrada
Não seremos outros jamais
Nossa essência permanece
Nem seremos os mesmos nunca mais Nossa existência esvanece
Não se trata de remake ou recapitulação Cada cena, cada take, celebramos a ação
Mesmo graduados pra além do tempo e do espaço
Estamos destinados a viver no grande abraço
Cada afeto vivido no mundo
Cada teto chamado de lar
Em contato com um ser que é fecundo
Para sempre o acompanhará
O céu pode entardecer com nuvens, ofuscando o brilho do sol. Mas ele está lá imponente para no dia seguinte te passar a lição da esperança.
Seja grato!
Todas as manhãs pela oportunidade de despertar para mais um dia,
E ao entardecer por ter contribuído com algo de bom para esse mundo ou para alguém.
Seja grato!
Por ter uma família que se preocupa com você, por ter amigos verdadeiros e por ter um amor que daria a vida por você.
Seja grato!
Por cada pessoa que passa pela tua vida e te ensina algo, deixando um pouquinho de si e levando um pouco de nós.
Seja grato!
Por todas as vezes que você sorri e também pelas alegrias que proporcionou.
Seja grato!
Por ter dentro de si um coração que sabe dar amor, num mundo tão carente de amor.
ENTRE SOMBRAS (soneto)
Ao pé de mim vem o entardecer sentar
No cerrado, a noite desce, sombreando
Vem ter comigo hora pensativa, infando
Em uma visão das saudades a lamentar
Pousa tua mão áspera em mim, causando
Nostalgias no coração dolorido a chorar
São suspiros vaporosos ecoados pelo ar
Tão tristes, ermos, do vazio multiplicando
Na noite há um silêncio profundo a orar
Exalando a secura da dor impactando
No peito, que põe os olhos a lacrimejar
Eu a escuto imóvel, apático, sem mando
No vago da solidão, e me ponho a urrar
Às estrelas, que no céu voam em bando
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, maio
Cerrado goiano
Ao final de cada dia temos mais uma prova de que a mão do Senhor nos sustentou, nos guiou e nos deu muitas vitórias.
Obrigada, Senhor, por cada etapa que temos o privilégio de concluir. Prepara a nossa segunda-feira, que ela venha recheada de surpresas e muitas bênçãos.
Entardecer
Tarde longa e amarga
Tristeza no coração
Não vou me acostumar
Sem você dentro dele
Viver sem vocÊ
É como não ter futuro
É como morar no escuro
É como em cima do muro
Música e nostalgia
Trazem de volta
Tudo aquilo que sentia
Só quero que alguém
Cuide bem de você
Como um dia cuidei.
Entardecer
No cair da tarde, lá estava eu
Admirando o belo e lento entardecer
e sem perceber que o tempo passava
tão longe quanto a paisagem
meu pensamento vagava.
E alí, sentada
sentindo a leve brisa a me tocar
me peguei refletindo
no significado da vida
e no que eu estava a pensar.
A vida não é sempre luminosa
quanto o reiar do Sol
mas também temos que entender
quando ele se vai
e na vida chega o ENTARDECER.
Mas mesmo nessas horas
quando o Sol se vai,
a brisa noturna vem nos mostrar
que a noite também tem sua beleza
só temos que aprender a notar.
A beleza noturna da natureza
que a manhã vem esconder
só conseguimos notar
com a chegada no entardecer.
Os pássaros a cantar
voam sorrateiros
calmos e solenes
procurando apenas
um lugar para pousar.
A brisa vai ficando mais fria,
e na cidade
vemos as luzes acenderem
e então surge a beleza luminosa
que a manhã escondia.
Nossa vida é assim,
como a natureza.
Temos que aprender a desfrutar
do dia e da noite
as mais delicadas belezas.
E mesmo quando a chuva cai
podemos ver que ainda alí
a beleza está viva
mostrando nas gotas de chuva
o brlilho que cintíla.
Nas tempestades da vida
devemos aprender
que nos mínimos detalhes
até aqueles que desprezamos
está a arte de viver.
E foi assim que entendi
que a vida, como a natureza
um dia se vai no entardecer
pra mais tarde amanhecer.
Aprendi em cada anoitecer
apreciar o adeus de um dia
e a chegada da esperança
de uma melhora na vida.
E assim vivemos
de manhãs, cair da tarde,
entardecer e noites.
Isso é o que somos.
Somos o dia, a tarde...
o entardecer e a noite que nos invade...