Ensino
Não há educação enquanto o educar para os sistemas de ensino for visto como o caminho que as administrações diretas utilizam para propagar a excelência de suas ações.
Um aluno que chega ao 5° ano do ensino fundamental, sem ter se apropiado da habilidade leitora, não sendo portador de nenhum trastorno de aprendizagem, o problema não é dele, mas de um sistema que construiu uma ideología do educar para obtenção de resultados apresentáveis.
Quando se muda o foco do ensino e aprendizagem,
retirando do aluno para o resultado
que ele possa apresentar, em avaliações externas,
o educar transforma-se
em um cadáver sepultado
na cova chamada escola.
Quem apenas foca no ensino, não educa,
por isso o educar não se limita
na transmissão de conteúdos,
mas de ir para além do que a família
não foi capaz de construir.
A educação que busca a excelência no ensino por meio de um trabalho focado no resultado do processo avaliativo, não alcança algo diferente de condicionamento educacional.
Quando a escola não cumpre o seu papel no processo de ensino e aprendizagem, depara com uma realidade dentro dela, que não consegue encontrar uma solução e a melhor que encontra é transferir a responsabilidade para a falta de participação da família no processo de ensino e aprendizagem do aluno ou na dificuldade que este tem de aprender.
Muitos dos alunos que chegam nos anos finais do ensino fundamental com um nível abaixo do esperado, são frutos de um processo de ensino e aprendizagem excludente que prioriza os alunos que apresentam resultados positivos nas avaliações.
O sistema de ensino que se auto declara eficiente, dentro de um modelo neoliberal de ser, ignora a falibilidade de qualquer processo diante de uma diversidade que compõe a realidade ao qual ele é submetido, logo, a excelência é uma máscara que os seus sujeitos agentes utilizam para receber os aplausos que cobre as carências com que os sujeitos pacientes continuarão a sofrer.
No ensino médio meu professor de filosofia ensinou que falar de política: é falar de rebelião, que é a única atitude a ser tomada pelos escravos. É por isso que existe político querendo acabar com esta disciplina no ensino médio, eles tem medo que a massa crie conciência de classe.
Em uma sociedade ideal, no ensino básico, a psicologia e o direito deveriam ser matérias tão essenciais quanto a matemática e a geografia, assim diminuiríamos os índices de ansiedade, bipolaridade, depressão e exploração.
A tristeza nos ensino muito sobre a vida, a felicidade ela atrai para nós a tristeza.
Daniel Perato Furucuto
Trocar o ensino filosófico por educação financeira, é preferir ensinar o aluno a lidar com o pouco que ganha do que permitir que ele questione o porquê ganha pouco.
Na época das cavernas o jovem que negligênciava o ensino dentro dela, perdia a vida fora dela. Hoje o desafio é não permitir a morte do conhecimento dentro da escola, onde a particularidade do saber as vezes, baseia-se na convicção da ignorância, na incultura da individualidade.
É uma pena que neste país a valorização do ensino seja apenas um discurso vazio dito por quem necessita tirar proveito da Educação, mas que não acredita em seus resultados.
Estamos entrando na "Década da Inclusão" - Novos Caminhos do Ensino Aprendizagem.
Professores, educadores, gestores em geral, têm que se conscientizar de que ninguém ensina mais apenas, sem aprender simultaneamente.
A internet criou a via expressa de mão dupla. Quem não aceita, vai ficando fora do mercado. A arrogância do "Senhor do Saber", que alguns mestres ostentavam, não existe mais.
A melhor forma de ensino é a condução afetiva através do exemplo, com indução honesta para o crescimento pessoal do aprendiz, não do professor (apenas!).
Praticamos uma relação consensual de ensino/aprendizagem numa Escola Aberta de guarda compartilhada do Conhecimento.
O cérebro de toda pessoa fora do padrão precisa ser estudado pelo NESA - Núcleo de Ensino Superior Adaptado.
Quando eu respondo positivamente ao que eu não gosto no comportamento do outro, eu o ensino a continuar me tratando como eu não quero ser tratada!