Enfim
Você me fez sentir viva.
Viva e apaixonada.
Até que enfim te encontrei, querido amor, por onde andavas?
Fiquei a sua procura por longos anos, achei que encontraria você na família Vaz mas me enganei, depois de tanto ser iludida e iludir outros o destino vem e me dá um murro.
Conheci o amor da minha vida, que apesar de ser lindo roubou meu coração.
Tentei me esconder não tive sucesso, foi tão forte o sentimento, que não tive escolha a não ser entregar meu coração.
Como não se vende amor a cada esquina, decidi me permitir amar.
Após a morte uns dizem ir pro céu, purgatório, paraíso, outros mais, inferno... enfim. Eu não tenho a mínima ideia pra onde vou, se é que vou.
Mas, enfim, tenho de reconhecer que sou sujeito a estas transformações súbitas. Sucede que só muito raras vezes penso; assim uma infinidade de pequenas metamorfoses vai-se acumulando em mim sem eu dar por isso, e depois, um belo dia, produz-se uma verdadeira revolução.
"O respeito de mim para ti devo admitir,
É forçado, e para evitar constrangimentos enfim;
Lhe respeito para ser respeitado,
Pois muitos de vocês humanos são piores que animais, são extremamente abusados."
Poemas
A perguntar-me assim:
- O que é poema enfim?
Respondi então pra mim
Poema é assim:
- Meio louco,
- Meio pouco muito,
- Meio com gosto,
Ou sem gosto,
Por fim:
- Amargo
- Doce
- Ácido
-Salgado.
De repente tudo isso,
Tudo junto e misturado!
Fica de sabor diferente,
Porém, tem a marca da gente!
Laranja, melão, abacate, melancia,
Carambola, maçã, manga, lichia
Outras vezes;
Lua, estrelas, astros, raízes!
Menino, menina, amigo, amiga, guri.
Bola, boneca, caminhão, bem te vi
Pipoca, cinema, televisão.
Sonhos encantos, ilusão
Manos, manas, irmãos.
Então...
Pula - pula, pula corda, violão
Moda de viola, doce de algodão!
Sonatas, sonetos, de rimas e concertos
De gestos, gostos e pensamentos.
Enfim, tudo claro pra mim
Que poema é assim!
E, fim!
Nada é por acaso
E com você eu caso
Aconteceu, enfim
Gostou de mim assim
Do jeito que eu sou!
E não terá dilema
Amor é o nosso tema
Juntos vamos dançar
Até nos acabar
Jamais terá um fim!
DEIXE QUE VOCIFERE
Deixe que a voz da alma enfim vocifere
Este grande amor que no peito arqueja
Que o olhar do mundo todo então veja
Um afeto que satisfaze e que não fere
Basta de desacertos! Que apenas seja!
Sem medo, sem segredo, apego sugere
E quando eu passe, eu me empodere
Da paixão, e a cobiça morra de inveja!
Sabe: é tão forte dentro desta emoção
Que a afeição desnorteada me consome
De ti sou repleto, e poeto-te com ardor
Ouço a ti em cada canto, canta o coração
Em um pulsar que exalta só o teu nome
Como é bom poder falar do nosso amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/12/2019, 17’14” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
E só o estrago que ela causa
É enfim, tido como verdade,
Todo estrago que causamos,
Foi nossa mera vaidade.
ACHANAR (soneto)
Deixe que a dor da saudade enfim passe
Soltando d'alma o que é teu maior enfado
Deixe-a nas entranhas secas do cerrado
Para que nos maçantes reclamos se cale
Em um grande pesar não se é prolongado
Basta! Se todo afeto que sentes se sovasse?
Desafie os medos, e os ponha face a face
Com coragem, e os tenha como teu agrado
Sabe: eu já cansado! Ando tão com receio
Na ventura, que o meu amor se consome
E o encantamento no revés submerso...
Sinto em tudo está ilusão... Tudo custeio!
E, derreado de embatucar este cognome
Achanando este infortúnio do meu verso.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
30 de julho de 2019
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Canção do sono
Meus sentidos vão falhando
Falhando até que enfim
O sono vence o corpo
E o corpo vence a mim
Meus olhos se rebelam
Já não querem trabalhar
O sono muda o corpo
E o corpo vai parar
Se segue curto
Vazio
E estranho o pensamento
Se segue instável e irritado
O mais amável sentimento
Sigo procurando a cama
Precisando descansar
O sono adormece o corpo
E o corpo só quer sonhar
Enfim seguir
Pois foi desse jeito, eu juro
por que eu ia mentir a essa altura do jogo
acha mesmo que o risco de perder tudo passou por minhas ideias, me deixando no escuro
Sei muito bem dos tropeços
dia após dia, continuamente
Aprendi a não repetir feito gravador
eu encarei a dor,
costurei as feridas, sacudi a poeira e segui sem levar nada do que não me serve mais.
Enfim, quem diria, vivemos em um mundo de ignorantismo. Hipocrisia me auto excluir desta parcela da sociedade. Olha, mas tento melhorar. Há tempos, achei que estivesse cercado de seres humanos.
Entretanto, neste exato momento, já não sei mais onde estou.
Vamos superar é óbvio
e quem sabe depois prevaleça entre todos nós o que enfim realmente interessa
O amor e respeito ao próximo
no minimo enfim o respeito
que com certeza consequentemente só nos trará boas realizações
Sozinho planejo o proximo passo mesmo que isso nao seja tao bom assim mas enfim sou assim, triste sem saber o real motivo dessa solidão e porque ela habita em meu coração.