Embriagado
Me pego preso ao me estado embriagado de tristeza.
Me afoga o estado de estar sóbrio e sentir toda essa dor
Gostaria de encarar a vida com mais elegância
não existe beleza em um coração partido, apenas o fio da escuridão com a alma que canta saudades em um corpo que só se move para olhar a Lua.
PauloRockCesar
DESTERRO
Já do amor findo? Chega! Na tristura sou exilado
Irei, trôpego, embriagado, no amor assim sozinho
O silêncio em coro, nas rosas também há espinho
Choro, angústia, no cerrado, vazio no peito calado
Neste amor, como num sonho, sonho sonhado
Sorrisos, as alegrias espelhadas pelo caminho
Serão guardadas nas lembranças com carinho
Como quem guarda o tesouro um dia achado
Adeus, generoso afeto, prazer do meu desejo!
O mar onde navegou sonegados antigos idílios
Berço onde a quimera desenhou cada beijo!
Adeus! Esta partição, há de pesar-me tanto
Como quem na solidão suplica por auxílios
Jogado num canto, encharcado de pranto...
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
18/07/2019, 05’05’
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Estado do poeta
Ó poética, estás onde? Imaginação
Eu cá já embriagado no sentimento
Trazido pelo tempo em suspensão
A saudade, o amor, o tal momento
Do poetar, ó pura, serena sensação
O quanto me faz feliz o sacramento
Que vem d’alma de singular emoção
Que me sacia e desta magia sedento
Arrio as palavras em oração, e crio
Vai-se o vazio, e me vem o estado
Fantasia e a ventura, na ilusão fio
Desfio a cada verso embaralhado
E o poema – do infinito, um arrepio
Pondo o feitio inteiramente afiado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2023, 18 de agosto – Araguari, MG
Confesso que não eu o que esperar
Essa noite
Provavelmente
O romantismo não vá me alcançar
Pode ser qualquer olhar
Vou pensar somente
Em farrear
Amigos, bebidas, fumar...
Depois de me embriagar
Não vou esperar
Meu amor, pode-se encontrar
Em qualquer lugar
Qualquer olhar
Na luz do luar
Na mesa de um bar
Mas quem um
Irá dizer que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração.
Um brinde, irmão!
de vinhos e de amores
dispenso amadores
traga-me um bem encorpado
para saciar minha sede
me deixar suado
encha meu copo
beija meu corpo
deixa-me aquentado
com teu sabor amargo
beijando minha boca
até deixar-me
embriagado
Usando a razão amo a solidão...
Inerte atrás de minhas muralhas de Pedras com minha velha amiga solidão,lembranças se misturando entre os livros e falsos sorrisos ... aprendendo a cada segundo que nunca esquecemos apenas nos damos o privilégio de nós calarmos...
entre um cigarro e outro me perco no labirinto da lembranças contidas escondidas e embriagadas pela razão de um tolo homem que um dia já amou e deixou se afogar...
Pensamentos sóbrios de aparência embriagada:
Alguns devaneios que vagueiam pelas sinapses muitas vezes se tornam mais sóbrios que a realidade cruel que fixa morada na parte consciente do cérebro.
Então, depois de uma terceira sensação total de êxtase em uma noite, onde apenas eu era a minha própria companhia, veio o arrependimento. Imagens do inferno invadiam minha mente, junto a sensação de ficar para trás, presenciando o Armagedom, enlouquecendo em uma casa vazia, e embriagado sobre os escombros do mundo.
#Pauladas de uma #noite...
Fim de noite...
Um cigarro de palha...
Chopp gelado...
Cadê a batata que estava aqui ao lado?
Houve tricô...
Sorrisos disfarçados...
Fofocas diversas...
De me deixar escandalizado...
Antes de ir a Portugal...
Um abraço bem dado...
O boy magia me deixou decepcionado...
O outro um tapado...
Perguntei o nome...
Disse ter nome de poeta...
Mas não sacou...
A minha letra...
A mona me contou...
Que o bofe dela está estragado...
Tá bichado...
Quase que com o bolo engasgo...
Ao ouvir esse fato...
Disfarcei...
É lógico...
Sou bem educado...
E o gorducho fedido...
Que a tudo ouvia...
Estava compenetrado...
Fazendo-se de desligado...
Não sou de muitas escolhas...
Assumo...
Sou bem facinho embriagado...
Mas antes dormir sozinho...
Que mal acompanhado...
Sandro Paschoal Nogueira
Caminhos de um poeta
.
O CARME DO COTSOLO
Não existe melhor sensação que viver uma paixão muito bem correspondida,
Havendo entraves ou não, curto intensamente este silencioso e paco frenesi
Abendiçoado pelo fascínio, sou festo nesta garrafa com teu rótulo sem bebida
Sequioso, degusto-te e não te bebo simplesmente, pois quem somente te bebe
Não sente a essência do teu ser e a dignidade de embriagar-se de fogo e paixão
Que arde sem se ver. Sedenta a botelha doce, ancas únicas, curvilíneas e polidas
Olhar cintilante, toda Tu, espirituosa, quente e envolvente. Almejo estar cada vez
Mais envolvido, enredado, enrolado, enrolhado, enroscado e embriagado de ti
Com garantia da bendita babalaza, que se predispõe a ser somente por ti, desarmada
Quando me deitei eu estava nas nuvens, senti que estava no caminho certo, com a cabeça leve embriagado de vivacidade e álcool.
Às vezes eu me pergunto
o que seria da minha vida
se eu nunca tivesse descoberto a magia do álcool e da poesia
Desde que te conheci não preciso mais me embriagar de álcool, me embriago de você, você é meu vinho
Sozinha a paz estava ali embriagada de sombras sem amor. Como um elefante eu ia passando a multidão, rasgando o entardecer...
Surgiram enredos embriagados,
Coisas de uma tarde com gosto de charutos,
E a lembrança de uma noitada de vinho,
E tantas outras com gosto de lúpulo,
Nada melhor que qualquer bom motivo,
Para um gole de um rebolado sonho,
Tocando sem parar nesse palco,
É o samba do devaneio,
Em um instante revoa um pensamento são e desatinado,
Tão doce quanto maduras mangas,
São sabores de um bom papo quase embriagado,