E Chove lá Fora
Chove lá fora e aqui?
Chove lá fora e aqui eu continuo no computador, escrevendo, ouvindo o som dos pingos caindo no chão.
Chove lá fora e eu trabalhando, concentrada, e entre um pensar e outro, ouço o barulho da chuva lá fora por um segundo, que tranquilidade!
Chove lá fora e eu estou quase dormindo, minha mente já habita o subconsciente e lá no fundo uns estalinhos de água, ah vou ter um bom sono...
Chove lá fora e as crianças inventam uma nova brincadeira aqui dentro, imaginação não falta, basta dar asas a ela.
Chove lá fora e não consigo sair de casa, mas que tal tomar um banho quente, ler um livro, ouvir uma música e relaxar? Isso faz bem!
Chove lá fora e ficamos juntinhos no sofá, o clima é bom para os casais, que tal um vinho, um aconchego e um carinho para aquecer?
Chove lá fora e já que não posso trabalhar ao ar livre, que tal pensar numa outra atividade? Sempre há o que fazer, mesmo nos dias chuvosos!
Chove lá fora e o silêncio habita aqui dentro, que bom aproveitar esse momento e descansar, desligar-se por um momento do mundo e meditar.
Chove lá fora e as plantas agradecem, a água é fundamental para a vida.
Chove lá fora e o ar fica mais puro, que maravilha poder respirar sem a fumaça, acabar com a seca e umedecer os pulmões.
Chove lá fora e aqui agradeço pela chuva que cai, pelo rio que corre, pela paz que transmite.
Logo a chuva vai embora e tudo volta ao normal.
Aproveite agora!
Aproveite a chuva para sair da rotina, para limpar a mente e lavar o coração.
Enquanto chove lá fora,
choro aqui dentro,
a chuva, às vezes, acorda
intempestivos pensamentos,
entretanto, também fortalece,
não vai embora
sem que sequem as minhas lágrimas,
adujando a terra fértil
minha alma se acalma
com um esperado refrigério.
Chove lá fora uma grande expressividade celeste que soa uma sonoridade emocionante que se mistura com uma chuva de notas, resultando numa composição imponente que logo se transforma em conforto para a mente.
Um evento simples e poético que chega a ser muito notável neste mundo que muitas vezes é tão caótico, um feito através de uma emoção sinfônica, uma chuva de fortes sentimentos que prontamente revigoram durante um breve momento.
Então, havendo uma percepção sóbria focada na simplicidade, cuja naturalidade é harmônica com tantos detalhes e várias formas, virá um avivamento até mesmo com o cair da chuva num entrosamento com uma linda música.
Chove, la fora e a música da chuva não me anestesia o corpo, procuro nela a sinfonia necessária para fazer relaxar a decepção da alma. Espero que a orquestra de gotas tocando a superfície das coisas me deem a distração necessária O vento que passa sussurra ao ouvido se a noite passada você não dormiu por causa de alguma tristeza ou aflição não se preocupe você ainda desfrutara de um excelente noite cheia de sono de sonhos de rejuvenescimento das suas forças a distância pode te impedir de abraçar mas nunca te impedirá de amar.
Boa noite.
A noite fria cai sobre a cidade. Chove lá fora, Pergunto à lua o que é ser poeta. Ela que por tantas noites se esconde, hoje em silêncio me responde, que é ter a vida incompleta. O Silêncio grita palavras duras e ensurdecedoras, desviei o que pude da noite, porém me deparei com a madrugada triste e solitária. As vezes tenho medo da noite, a escuridão deixa tão clara minhas imperfeições, na imensidão da noite me perco meus pensamentos viajam para lugares so meus. Minha memória cria lugares inventa histórias. Hó madrugada desta noite fria e serena, onde a lua e pequena, me deixa entrar em tua cena e me faças sonhar .boa noite.
Amor não é a goteira que te molha enquanto chove lá fora, isso é paixão. Amor é quando você se sente inebriado pelo mais tenro sentimento e nem ao menos lembra pra que serve o guarda-chuva
É tarde, chove lá fora,
busquei na minha playlist
coloquei para tocar
a canção "Corazón" do Gims,
e fui reler os meus poemas que
eu escrevi sobre os teus olhos
que desconfio que você não leu.
chove lá fora
acordei
e vi que chove
observei
que não era só lá fora
revestido de breu
minh’alma
também, chora!
dengosa
amorosa
queixando de tudo
do silêncio mudo
da carência
daquela ausência
amargo sentido
coração partido
ah! e o meu amor
na sofrência, na dor...
chove lá fora
cá dentro do alento
também chora!
triste sentimento
sem compaixão
sedento
cheio de ilusão
lamento... dura hora
vão... solidão
chove lá fora!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18 dezembro, 2022, 13’37” – Araguari, MG
versão para “Chove”
Chove lá fora gotinha e gotão,
aqui dentro pena e algodão,
sair não podemos,
guerra de travesseiro é o que fazemos.
CHUVA (soneto)
Chove lá fora. O meu peito também chora
São suspiros de velhos e eternos pesares
Da alma que desapegando quer ir embora
Uma tristura que diviso, repleta de azares
Chove... Que agonia se percebe de outrora
Ah! Quem falou pro agrado voar pelos ares
Em preces de ira, com o chicote e a espora
Deixando as venturas laçadas pelos alares...
Chove lá fora. Minh’alma também aflora
E eu sinto o que o cerrado também sente
O pingo quente, e abafada a aflição afora
E esta tal melancolia que no temporal uiva
Tão impiedoso e ruidosa, que vorazmente
Tem a sensação: - choro! E chove chuva!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2018
Cerrado goiano
chororô
o cerrado chora
chororô
chove lá fora!
é chuvarada, sinhô
18horas: melancólica hora
e eu também tô:
- chorando...
pobre pecador!
que no peito vai gotejando
uma tempestade de amor
de chuva e choro infando
lá fora chove, e eu sofredor!
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Outubro de 2019
Cerrado goiano