Dualidade Entre as Pessoas
Cada anjo possui em si uma dualidade angelical, abrangendo tanto a luz quanto a sombra em sua essência divina. Por isso, não seria equivocado referir-se a eles como angelicaos.
"Se ao invés dos brasileiros viverem a dualidade do ufanismo e do pessimismo, começarem a vivenciar o realismo. De fato, o progresso da nação chegará rápido. Pois, o progresso não usará mais os lombos dos gados e das mulas.Ele virá como um jato supersônico desenvolvido por brasileiros com arrumação intracromossomial específica."
Thiago S Oliveira (1986 a)
No tecido do tempo, eu bordo cada verso,
Refletindo a dualidade de um amor imerso
Em marés de silêncios e respostas pendentes,
Navegamos os rios de sentimentos crescentes.
Você é fogo que chama, inquieto e vivaz,
Aquece minha alma quando tudo mais jaz;
É água da minha sede, sereno e profundo,
Refresca a essência do meu ser no mundo.
É o suspiro do meu respiro, tão essencial,
No vai e vem do peito, um balanço natural;
É o mar do meu amar à luz do luar,
Vasto e misterioso, difícil de sondar.
O seu nome é doce como mel de engenho,
Tem sabor de oxe e dendê, em seu desenho
Um tempero raro, um elo com ardor,
Amor, valor e fator, em sua cor.
Eu sou a luz que ilumina seu caminho,
Clareia as encruzilhadas com um pouco de carinho;
Mas sua sombra em mim é escura, é profunda,
Um mistério que me envolve e que nunca se desvenda.
Eu sempre abraço, envolvo sem medida,
Em busca de um eco, uma resposta adquirida;
Eu chamo, escrevo, em silêncio você se mantém,
O único que nunca responde, nunca vem.
Eu posso te amar com todo fervor,
Mas amar é também saber soltar, dar valor
À liberdade de escolha, ao espaço, ao respirar...
Será que devo esperar ou simplesmente caminhar?
Foi sorte te conhecer, uma bênção, talvez,
Ou esperança de um futuro que a alma refaz;
Devo insistir, ficar, ou deixar o destino levar,
Descobrir novos amores, novos mares para navegar?
A sinceridade é a chave, o fio que conduz,
Desembaraça as dúvidas, traz à luz;
Conexão verdadeira que pode libertar
Este ser que ama, sofre, e tenta se encontrar.
Diante de incertezas, deixo o coração falar,
Mas sempre aberto ao novo, pronto para recomeçar;
Se o amor é verdadeiro, se é para ser,
No tempo certo, livre, ele há de florescer.
Lúcida dualidade
Entre questões levantadas e o que era prioridade, faltou-me decisão,
Deixei para trás o necessário, me esforcei por aquilo que era em vão, faltou-me sabedoria,
De que adianta aproveitar o melhor dos nossos momentos juntos sabendo que amanhã viverei apenas do seu espectro,
Arriscarei sofrer sozinho, arriscarei viver do engano, assim talvez eu encontre a paz,
O benefício do adeus é a unica condição que te dou para irdes embora sem cerimônias, sem olhardes para trás.
Desejo
Uma viagem pela dualidade humana,
Entre frustração e realização, a alma emana.
Amor e ódio, um eterno dilema,
Entre decepção e gratidão, a jornada extrema.
Dosado ou gozado, num jogo sutil,
Sufocado ou aliviado, um fio a ser seguido.
Roubado ou comprado, escolhas do destino,
Acabado ou iniciado, um ciclo sem fim.
Manipulado, aprisionado, o coração chora,
Libertado, ensinado, a alma aflora.
Desesperado ou aliviado, na encruzilhada da mente,
Desmotivado, estimulado, numa dança envolvente.
Descontrolado ou equilibrado, o eu em harmonia,
Guardado ou compartilhado, na dança da energia.
Fragmentado, compactado, a essência da vida,
Complicado, simplificado, na jornada tão querida.
Menosprezado ou reverenciado, o ego em conflito,
Enraivecido, acalmado, o turbilhão se desdobra infinito.
Postergado ou antecipado, os passos do caminhar,
Calado ou revelado, os segredos a desvendar.
Amargurado ou alegrado, na dualidade dos sentimentos,
Abrandado ou intensificado, nos extremos dos pensamentos.
Distanciado ou aproximado, a conexão com o mundo,
Atrapalhado ou organizado, no palco da vida profundo.
Selecionado ou descartado, nas escolhas do viver,
Esperado ou inesperado, nos mistérios a perceber.
Acelerado ou retardado, no ritmo do pulsar,
Centrado ou dispersado, na busca do encontrar.
Apreciado ou depreciado, nas avaliações do ser,
Honrado ou desonrado, no julgamento a fazer.
Esvaziado ou completado, nos ciclos a se renovar,
Tensionado ou relaxado, na dança do respirar.
Relacionado ou desvinculado, nos laços da alma,
Atrapalhado ou facilitado, na jornada que acalma.
Falado ou silenciado, na linguagem do coração,
Vaiado ou exaltado, na expressão da emoção.
Apaziguado ou inflamado, no fogo que arde,
Desarmado ou engatilhado, na guerra que parte.
Preparado ou despreparado, para o que virá,
Rejeitado ou desejado, no desejo que clama.
Desejo, uma jornada de dualidade e contraste,
Entre luz e sombra, o coração se agasta.
Mas na essência dessa dança, encontra-se o enigma,
Da vida em toda sua complexidade, bela e intrigante obra-prima.
Dualidade Simplista
Em um mundo desbussolado e polarizado, o homem pós-moderno vagueia entre sonhos e dilemas, sem rumo certo. Cobranças o cercam, expectativas tolhem, e sua alma se perde em profusão, entre o tradicional e o contemporâneo.
Na dualidade simplista, toda masculinidade é toxicidade, toda sensibilidade é fragilidade, todo incisivo é insensível, e todo o sensível é deprimido.
Importante frisar que ainda temos muito que evoluir. O homem ainda é visto como um ser que não pode falhar, fracassar e falir, sob o peso de expectativas irrealistas.
Pôr fim à opressão masculina, sem emergir a tirania feminina. Superar os estereótipos, que limitam e aprisionam, buscar a igualdade e o respeito, é um passo crucial nesse caminho.
Buscar soluções em diálogos abertos, evitando o jogo de acusações, é fundamental para criar laços de compreensão e união.
De certo, nem herói nem vilão, nem certo nem errado; somos todos humanos, em constante processo de aprimoramento.
Impulsos sombrios: a face obscura da alma humana.
Em meio à dualidade que nos define, a sombra espreita, impulsionando-nos a atos que desafiam a moral e a razão. Julgamentos severos e autoviolência são reflexos dessa batalha interna, onde a linha tênue da razoabilidade se esvai.
Entretanto, o amor e o perdão emergem como faróis, dissipando a escuridão e guiando-nos de volta à amabilidade.
Rosinei Nascimento Alves
Ótimo dia!
Deus abençoe sempre. 🙏🏾
Tenhamos fé!
Dualidade da Existência: A Reflexão de Fluxia e Jhonatam
Era uma tarde tranquila em Campo Largo quando Fluxia e Jhonatam, sentados em um charmoso café no centro da cidade, começaram a refletir sobre religião e suas perspectivas universalistas. O céu estava tingido de laranja e rosa, como se o universo também estivesse se inspirando para uma introspecção profunda.
Ambos haviam acabado de sair de um atendimento na "Acessória Espiritual", o lugar onde, como médiuns, ofereciam ajuda solidária e contato com o mundo espiritual.
— Você já notou como as diferentes religiões podem refletir as experiências de vida das pessoas? — perguntou Fluxia, enquanto girava suavemente a xícara com seu chá favorito em suas mãos. Suas observações vinham de anos de experiências em atendimentos solidários, utilizando suas habilidades mediúnicas para ajudar os outros.
Jhonatam assentiu, concordando. — Sim, mas é interessante notar que muitos estão abraçando perspectivas mais universalistas, buscando conexão e espiritualidade além das fronteiras religiosas tradicionais. Às vezes, os desafios e as insatisfações com dogmas rígidos levam as pessoas a explorar novas formas de espiritualidade. Em nossos atendimentos mediúnicos, vemos muitas pessoas encontrarem paz e compreensão em caminhos espiritualistas mais amplos.
Fluxia sorriu, olhando para o horizonte. — É verdade. Mesmo aqueles que inicialmente buscam respostas em religiões específicas acabam explorando e expressando sentimentos mais amplos e universais em suas jornadas espirituais. A vida tem uma maneira curiosa de nos conduzir a diferentes tipos de introspecção e autoconhecimento. Você conseguiu ver isso hoje, Jhonatam?
— Pois é — respondeu Jhonatam, pensativo. — Toda regra tem exceção, não é mesmo? Fiz uma observação de modo geral, mas sempre há nuances e complexidades na vida que nos surpreendem. Nossa própria jornada mediúnica nos ensinou isso.
Fluxia suspirou, refletindo. — Com uma perspectiva espiritualista, às vezes me faltam palavras para falar com pessoas que não entendem nossa linguagem espiritual, sem que nossos sentimentos pareçam delírios.
Jhonatam concordou. — Sim, compartilhar nossas experiências espirituais pode ser desafiador, mas é justamente essa diversidade de perspectivas que torna a vida tão interessante. As pessoas têm uma capacidade incrível de introspecção e expressão, independentemente de suas inclinações religiosas predominantes.
Eles se entreolharam, compartilhando um momento de entendimento mútuo e profundo. O sol lentamente se pôs, deixando o céu num tom de azul profundo, enquanto as estrelas começavam a aparecer, pontilhando a noite com suas luzes brilhantes. E assim, com o coração cheio de novas percepções, eles continuaram a conversar, explorando as complexidades e belezas da espiritualidade da vida, olhando não apenas pelo prisma espiritual, mas também pelo material, sendo um o reflexo do outro. Aquela tarde no café se tornaria uma memória inesquecível, marcada pelo profundo diálogo e as estrelas que surgiam no horizonte, simbolizando novas esperanças e entendimentos. Compreendendo que, no final, os dois mundos – o espiritual e o material – coexistem em harmonia, enriquecendo as experiências humanas de maneiras profundas e inesperadas, Fluxia e Jhonatam se sentiram mais conectados com a essência da vida e suas diversas manifestações.
A dor e a felicidade são inseparáveis. Nesta dualidade de naturezas, existe a distância, que separa apenas por prazos de tempo, a inerência de ambas.
A dualidade da existência em toda forma de criação. A luz e a sombra necessárias na evolução. O caminho é o que a gente busca florescer da terra para o céu.
Eu vejo o vento bater na porta, vejo ela se abrindo lentamente enquanto tento encarar a dualidade da minha vida mundana, enfrentar o fato de que já não posso mais me esconder de mim mesmo, o mesmo vento que outrora soprava e empurrava cada vez mais a minha porta para que minha alma viesse uma face de desgosto e desapontamento, uma tragédia infundada da qual eu não consegui escapar por meios triviais e frívolos. Ela olhou pra mim e eu a olhei de volta... Apesar da aparência mórbida, um semblante completamente apático sobre tudo e todos, ela sorriu e um som pôde ser ouvido.
Um ranger dos músculos em sua face, abismado eu retribui o sorriso mas... Aquilo representava uma única coisa, a mim mesmo em seu estado mais insano, irreal e ilusório. Arrependido e culpado era o sentimento entretanto não durou-se muito, assim que o porta fora escancarada minha dualidade ia se esvaindo assim como um papel queimado, restando apenas cinzas e uma sensação de desconforto porém... Auto conhecimento? São coisa difíceis de serem explicadas e postas sobre a mesa, existem várias versões de você mesmo para cada pessoa, contudo somente você sabe quem realmente é e suas faces.
Melancólico eu sei
Belo talvez
Mágico? Não, mas certamente proposital.
Eu prefiro a morte e não aceitei morrer,
Pois as pessoas precisam de mim.
Pois, embora seja nobre viver pelos outros,
É injusto para mim,
Deveria desejar a vida para mim,
Não para o outro.
Quão difícil é avaliar o caráter subjetivo de alguém!
Até a própria luz parece padecer deste mal,
pois ora se comporta como onda; ora como partícula.
Assim ninguém em essência é de todo bom ou mau, como se nada fosse solido,
mas sim tonalidades entre seus extremos.