Distraídos
Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que por admiração se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria e peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque – a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras – e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos!
Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam mais bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.
Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos.
Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos. Eu irei caminhar por trajetos errados em diferentes passos. Em destinos errantes nas mais estranhas pegadas na areia. E vou te encontrar em um planeta abandonado no curto espaço entre nós dois. Em nossos abraços, em seus sorrisos largos.
ah, a vida…
a coisa
que acontece
conosco
enquanto estamos distraídos
em algum outro lugar
soprando
dentes-de-leão
& desejando
estar nas
páginas do
nosso conto de fadas
favorito.
Opostos,
se atraem,
iguais,
se distraem,
atentos,
se veem,
distraídos,
oi? quem?
Os perfeitos,
procuram defeitos,
idiotas,
preconceito,
os normais,
seus iguais,
os fúteis,
coisas banais.
E assim vou eu,
no meio desse breu,
procurando em tudo,
me iluminar.
Mesmo nos erros,
mesmo nos acertos,
mesmo no mesmo,
vou meio a esmo,
vivendo de sonhar.
E nem me diga,
que a vida não é assim.
Pois se tem a fórmula,
mostra pra mim,
ao invés de me julgar.
Pois minha vida eu faço,
tropeçando,
meio assim,
no embaraço,
e sempre pedindo,
um bom abraço.
ೋ ✿mas é claro que Deus vai nos proteger ... Enquanto andarmos distraídos admirando cada alegria do nosso caminho! ✿ ೋ
"El milagro surge cuando pones toda tu atención en cualquier ser o cosa. Los distraídos no conocen el milagro.""
"O milagre surge quando pões toda tua atenção em qualquer ser ou coisa. Os distraídos não conhecem o milagre."
Ah... eu adoro o amor...
Sentimento bem sentido,
Que toma de súbito os corações distraídos,
Que imerge os olhos e os sentidos.
Ah... eu detesto o amor...
Sentimento mesquinho,
que nos faz pequeninos,
tolos e incoerentes do seu verdadeiro sentido de ser.
Será o amor dos poetas uma boa coisa?
Serei eu um poeta?
Existe o amor ou existe o amar?
Não, o amor não é desse mundo!
Einstein é relativo. O amor, absoluto.
Vida é curta. O amor, não tem fim.
Razão é lúcida. O amor, translúcido.
Bem, aqui começa o amor.
"Mas muito mais frequente é os homens serem distraídos de seus principais interesses, mais importantes mas mais longínquos, pela sedução de tentações presentes, embora muitas vezes totalmente insignificantes. Esta fraqueza é incurável na natureza humana"
Tão certo como dois mais dois são quatro,
Não existe sapato de um pé só.
Aos distraídos um de cada cor já vestiram,
Cada cor tem seu par,
Cada par tem uma cor.
Despedida sem ida,
Élcio José Martins
Dos caminhos percorridos,
Às vezes distraídos,
Soluços deveras atrevidos,
Laços de amores construídos.
Do nascer e crescer,
As mãos a aquecer.
Um coração a compreender,
O que a vida fez-me ver.
À noite antes de dormir,
Beijo na face e com o cobertor cobrir.
E de um afago me permitir,
Receber o riso do seu sorrir,
O berço que balança,
Uma alma de criança.
Vem no ritmo da dança,
O amor, o carinho e a esperança.
Como uma flor que cresce,
No meu jardim floresce.
É um anjo do céu que desce,
Num coração que aquiesce.
O tempo me deu rasteira,
Já longe da mamadeira.
Cresceu linda e faceira,
Quer agora deixar de ser solteira.
Do nosso amor vivido,
Desse tempo bem provido,
De um amor bem resolvido,
Sou um orgulhoso assumido.
Filha! Siga agora o seu caminho,
Mas não esqueça o seu ninho.
Aqui sempre terá o amor e o carinho,
Quiçá que venha um netinho.
Não perdi uma filha, ganhei um novo filho,
É uma nova família que do meu amor compartilho.
É a pureza d’alma que partilho,
Pinceladas de verniz pra iluminar o brilho.
Minhas lágrimas são de alegria,
Elevo-me alto nessa alegoria.
É como uma carta de alforria,
Dividir com todos, nossos momentos de nostalgia.
É um voo com asas de sonhos,
Noites afins com sorrisos risonhos.
Lágrimas e soluço tristonho,
É uma ovelhinha que deixa o seu rebanho.
Fica a alegria da terra cultivada,
Da bela semente semeada.
Uma colheita premiada,
Veio ao mundo pra ser amada.
A saudade já faz doer,
Como fazer o coração entender!
Uma nova vida vai renascer,
É muito amor pra tudo isto acontecer.
Vai! Volte quando puder e quiser,
Estaremos aqui para o que der e vier.
Desfrute, grite, cante, dance mesmo se não souber,
A alegria não pede nada, nem um centavo sequer.
Voe nas asas da imaginação,
Ande pelas veias do coração.
Navegue pelos rios da emoção,
Valorize cada passo dessa linda união.
Receba meus filhos o abraço de gratidão,
É um pai feliz que sempre estenderá a mão.
Peço ao Rei dos mundos que lhes dê a proteção,
Fazendo de suas vidas, duas vidas em comunhão.
É uma despedida sem ida,
Uma partida sem saída.
Uma bela noite de sono bem dormida,
Uma embriaguez nesse momento permitida.
Leve-me tudo, esse doce ciúme,
Deixe-me a ressaca de seu perfume.
Leve-me tudo, leve o encanto dessa flor,
Deixe-me o que tens de melhor. Deixe todo o seu amor.
Élcio José Martins
Aos poucos os mais distraídos vão percebendo que eu não sou homem de dar indiretas. Eu dou é tijolada mesmo.
Um click um pensamento
ilusão de um momento
reflexo da alma
dias sem fim
distraídos de graça
enganados pelo olhar
louca imaginação
Nosso EU INTERIOR quer nos dar as respostas que precisamos, mas geralmente estamos distraídos ou demasiadamente mergulhados em barulho para ouvi-lo.