Distante
Muito distante
de ser uma ilha
segundo o poeta
de Timboema
busquei por ti
para falar tudo
o quê eu senti
sobre o quê vi.
Desta vez foi
muito diferente
para nós dois,
não sei se foi
a Lua ou o quê
aconteceu,
(só sei que você
não saiu mais
da minha mente).
Transformaste
a tranquilidade
em inquietação,
meu precioso
(olhar de azeviche
e doçura insana
que me incendiou
de ciúme e gana).
Desta vez para
nós foi diferente,
pois não saí de ti
simplesmente;
a solidão não
é e nem nunca
foi feita para gente,
(você não tem
saído da mente).
Tornada a tua
Eta Aquarídeas,
a tal dançarina
em celebração,
divindade elegida,
no teu Universo
(não passageira,
ocupação sensorial,
romântica e etérea).
Você me chama
e só o tempo dirá
se de mãos dadas,
almas aninhadas
e idéias alinhadas
em tempo aberto
(abraçados e ternos
na Fortaleza de Santa
Cruz de Anhatomirim).
Qaqun
O exílio de um vilarejo
inteiro é algo comparado
ao que sinto vivendo
distante do seu amor puro.
A aldeia na colina com
vista para a planície de Qaqun,
A fortaleza construída
pelas Cruzadas, um poço
e a escola são tudo o quê
dizem restar da óbvia memória.
Onde a minha poesia construiu
também o etéreo Caravansário,
Te guardo no meu peito sacrário
e assim te levo com orgulho
como o meu relicário preservado.
A história de que a aldeia foi
reconstruída algumas vezes
ainda não foi apagada e nem
nunca mais será porque fiz
o voto de seguir até o final
mesmo que o seu povo não
deixaram voltar e sem saber
se muitos conseguiram se salvar.
Como o passado fosse hoje
tenho relances sensoriais
das melancias, vegetais,
pepinos, azeitonas, frutas cítricas,
trigo, cevada, cabras e colmeias.
Como estivesse por perto vejo
os cactos e uma velha amoreira
crescendo ao sul da colina,
pomares, algodão, pistache
e hortaliças, e sinto que o quê
sinto por ti também é recíproco
e quero viver além das notícias.
Na sua companhia quero olhar
e sentir pela primeira vez que
estamos vivos vivendo com sonhos
como os nossos compromissos.
Umbuzada para fazer
a vida adocicada
sempre que você estiver
distante com os seus
beijos que me fazem
sentir bem amada,
é isso que resume
a essência desejada
da vontade de quem
quer viver uma história
crescentemente apaixonada.
Floresceu o Sacambu
gentil nesta estrada
distante no Paraná,
Mais um bom motivo
para viver um romance
que há de se realizar.
Confesso que gostaria
de ter asas para alcançar
a mais distante para sentir
o aroma da flor de Araucária,
pedir que venham pinhas
maiores e encostar as minhas pestanas com todo respeito.
Espero manter o coração
forte o suficiente
para que o sofrimento
mesmo que distante
não me impeça de sonhar
com uma solução
aparentemente tarde
e que para uns seja
considerada impossível,
Diante de tal consciência
furtivamente prefiro
me falar e cultivar
Versos Intimistas
para na vida não parar.
Amor mago, distante
e sem pranto,
No meu coração é
um palácio
de Versos Intimistas
para te receber
quando forem
quebradas as algemas
da maldição
do Deus da Guerra.
A memória da distante terra,
não ficará distante mesmo
que chamem para fazer
dançar o Deus da Guerra
porque há alguém atento
e verdadeiramente poeta.
"O Nome da Rosa"
Em um jardim distante, surge a rosa, com pétalas suaves e belas,
espalhando seu doce sorriso.
No brilho suave do amanhecer, surge a figura da linda mulher,
com graça e elegância a florescer, como a estrela que no céu quer.
Linda mulher, de força e ternura, és a essência da pura formosura.
Teu coração, um mar de bondade, navega em ondas de tranquilidade.
Rosa, rainha das flores, guardas em ti mil amores, entre espinhos te revelas,
forte, sem dores, nem temores.
Teu perfume no ar se mistura, com a brisa, numa doçura, trazendo sonhos e esperança.
Em cada pétala, um suspiro, um poema, um respiro, que ao vento entrega a alma,
me tornando novamente uma criança.
Rosa, símbolo de paixão, amor e canto, em tua essência encontro, um sentimento santo.
És musa, inspiração e encanto, em teu ser, encontro acalanto.
Linda mulher,em ti vejo o amor, a beleza que o universo compôs com fervor
Já pensei várias vezes, quando esse pesadelo vai acabar? Às vezes parece um sonho distante. Às vezes a desesperança tenta fazer morada no peito. A vida já é tão corrida, sofrida, doída, apertada, ou tantos outros adjetivos que representam outras pessoas que nem cabem neste post, aí vem uma pandemia e torna as coisas ainda mais complicadas para muitos, além do medo de perder alguém que nos é caro, como tantos perderam. Há quem se cuide, há quem não ligue... Seguimos neste fogo cruzado, lutando diariamente e nos cuidamos como podemos. É cansativo, bem sei. Mas sem fé não passaremos. Sem fé, as coisas realmente se mostrarão insuportáveis. Precisamos crer. Vai passar. Vamos vencer. A vida vai seguir seu fluxo. Vamos continuar fazendo nossa parte e orar pelos que não fazem.
Desejo para todos nós fé, cura, vitórias e a luz de Deus cobrindo cada mente, cada coração e cada lar, segurando a mão da desesperança e transmutando-a em certezas. Pela fé, venceremos.
Tantos sorrisos vazios
Tantos abraços distante
Quantos olhos que ja não veem mais
Ouvidos que há muito não ouve os sussurros mais altos.
Bocas e línguas que não trazem mais palavras de cura, obstante disso, são agudas lâminas, que fatiam a carne da alma.
Se servem dos gritos silenciosos
E numa praça, exaltam se como benfeitores do amor.
Quando você ler ou ouvir este poema estarei longe
mas não tão distante que não possa me sentir ao fechar os olhos
já sei que tu não vens
se foi como assim chegou
você me vê nas nuvens
mas a mim cegou
partiu como quem morre
não posso mais te ler
só posso mesmo morrer
foste tão de repente ainda não posso crer
se ainda estiver vivo
no reino onde vives
se ainda me sabes
acho penso e sinto
se ainda pensa ou sentes
é porque ainda te respiro
venhas logo não demore pois
perecer a cada dia a cada instante
e ainda ter a chama acesa
não é fácil estar na estante
se virei livro, poema ou piada
não importo com nada
se fui a primeira ou a última
às vezes triste ou magoada
se falas bem ou mal de mim
me basta saber que não passei impunemente assim
me afasto vou pra longe
oceanos de jasmim, alfazemas e capim
sigo meu caminho certo que um dia
hei de te encontrar sozinho
lá na frente mais contente
quem sabe me olhes sorrindo
quem sabe neste dia que ainda não existe
eu possa lhe dizer do amor que tive
eu possa lhe abraçar ao ar livre
onde haja apenas o verbo amar
pois sem amar não se vive
A confiança e o equilíbrio são a base, e o amor é o vértice, ponto mais distante da base da pirâmide que une todas as faces laterais, triangulares da pirâmide.
Em um futuro distante encontraremos no universo, todas as respostas sobre a origem da vida neste nosso sistema solar.
**Nas Órbitas do Não Correspondido**
Em teu olhar distante, vejo estrelas a brilhar,
Constelações que não alcanço, no firmamento a desenhar.
Minha alma, como um cometa em sua trajetória solitária,
Arde em chamas ao rasgar tua atmosfera imaginária.
Anseio por tua luz, como a Terra pelo Sol a girar,
Mas, em meu eclipse, somente tua sombra a passar.
Tua presença, como a lua, controla as marés do meu ser,
Nas noites de solidão, tua ausência é o que vem a crescer.
Tento decifrar-te, qual astrônomo ao céu profundo,
Buscando em teus gestos um sinal, um mundo.
Mas, como um buraco negro, teu coração oculta seu brilho,
Deixando-me a orbitar em torno do vazio, sozinho.
No entanto, como a esperança de uma nova aurora boreal,
Guardo o desejo de que um dia meu amor possas notar.
E embora sejamos dois corpos celestes em fuga orbital,
Sonho com o alinhamento que possa nos juntar.
Será que devo seguir este curso, persistir neste vão amor,
Ou como as marés mudam, devo encontrar nova direção?
No universo de possibilidades, procurar um novo calor,
Ou resignar-me nesta galáxia de tua eterna rejeição?
Astronomicamente falando, somos universos em expansão,
Movendo-nos juntos, ainda que apartados pela imensidão.
Cada estrela cadente, um desejo secreto em confissão,
Neste cosmos do sentir, buscando gravidade, encontro ou não.
Assim, permaneço um astronauta perdido no espaço de ti,
Navegando no escuro, guiado pelas estrelas de tua indiferença,
Até que talvez um dia, por algum milagre cósmico, aqui,
Encontres em minha órbita, tua casa, tua essência.
Meu Céu e Minha Sina
Ó solidão que amarga em cada minuto distante,
Um tempo que se estende, qual dor incessante.
Foi assim que vieste, destino imprevisível,
Qual sombra fugaz, mas tão indivisível.
Entraste em minha vida, sem aviso, nem razão,
E já roubaste os sentidos do meu coração.
És singular, meu norte, minha inspiração,
Um universo onde perco toda a noção.
Teus olhos, verdes como o mar em alvorada,
São para mim estrelas numa noite estrelada.
Ao sorrir, abres portas do paraíso eterno,
E me lanças num mundo onde tudo é moderno.
Todos esperam o sol, num alvorecer constante,
Mas tu chegas sempre, em um brilho fulgurante.
Minha sina, meu sol, meu sistema solar,
Tua presença é farol, no céu a brilhar.
Se um dia partires, meu rumo a mudar,
Saiba que espero — há de voltar.
E quando em tristeza teus olhos se fecharem,
Que seja por um dia, não por dores que se alastrem.
Faz feliz teu coração, te peço e te imploro,
Pois és meu astro, meu céu onde moro.
Tua existência, constelação que me guia,
Minha Estrela Dalva, minha eterna alegria, meu pedacinho de céu com cor de esmeraldas.
Quando Eu Te Quis
Quando eu te quis, eras horizonte,
distante, intocável, como o pôr do sol.
Chamei-te em silêncio, e o eco das horas
respondeu com um não, seco e só.
Eu te olhava, desenhando futuros,
enquanto teus olhos vagavam além.
Te dei meu afeto, sem medo, sem muro,
e recebi o vazio que me cabia tão bem.
Agora, chamamos de amizade
o que restou do que nunca começou.
Somos risos breves e uma saudade
do que talvez, um dia, se formou.
Mas te confesso, sem mágoa ou lamento:
quando eu te quis, era puro e real.
Hoje, somos brisa num tempo cinzento,
amigos, talvez, mas nada igual.
E assim seguimos, distantes e perto,
trocando memórias sem aprofundar.
O que era desejo ficou deserto,
mas te guardo ainda, como o mar guarda o luar.