Diálogos sobre o Amor

⁠Diálogo não é apenas a base sólida de qualquer relação. É o maior indicativo de quem se importa com você.

Em épocas marcadas pelo narcisismo e o imediatismo, que qualquer dificuldade se resume em bloqueio, são raros os que vestem a tolerância para escutar o outro. Épocas estas que confundem amor próprio com egoísmo, de quem finge desapego mesmo ardendo de desejo para voltar atrás, desarmar as convicções e falar que está destroçado por dentro.
Porque discutir a relação é desgastante, e exatamente por isso, quem se preocupa a descer do salto para falar que sente falta, que diz “olha, isso está me machucando” e não se rende a ser cúmplice do orgulho enquanto o mundo a sua volta sussurra que demonstrar sentimentos é fraqueza, é quem têm todo o mérito de fortalecer os laços.

E eu sei que é mais comum ver quem age de forma contrária. Mas esses são os mesmos que enchem-se de conexões que pouco conhece uns aos outros de verdade, e por isso, não demoram muito para findar. Esses são os mesmos que tiram conclusões por uma mensagem de texto, evitando uma conversa séria por ligação que tiraria da sua zona de conforto. Que invés de comunicar o que está acontecendo, age com frieza para que a outra parte adivinhe o erro que cometeu. Que fizeram do amor uma disputa e entenderam tudo errado.

Não entendem que o diálogo é a base sólida para que nada venha abaixo.

Que através da fala clara e sincera tentando estabelecer uma compreensão, é, na verdade, o maior indicativo de que alguém se importa com elas. Pois quando paramos de nos expressar, as brigas cessam e as tentativas para que algo dê certo se esgota, é quando a indiferença já começa bater a porta.
Quando nos acomodamos no nosso estado de fluxo esperando que entendam nossas expressões, abrimos espaço para, não só múltiplas interpretações, mas muitos conflitos e dificuldades.

E sabemos que o silêncio separa mais que muralhas. Que o "deixar como está" têm terminado relações que podiam ser muito boas, afastado outras por mal-entendidos, e quando nos damos conta, temos perpetuado para uma época de pessoas que pouco se entendem, pouco se põe em seus lugares, acumulando arrependimentos por não terem tentado mais e dado o seu melhor.

E que ser honesto com o outro para se abrir, é estar também sendo honesto consigo mesmo.

⁠AME E PERMITA-SE AMAR DE NOVO
Raízes que sustentam um relacionamento:

“Tenha diálogos frequentes de forma sincera e com abertura.”

(agosto, 2019)

⁠Não pense antes de fazer o bem, pois criar pontes de diálogos com o que faz mal à humanidade, é trair o que é correto.

⁠Quando o carinho some, quando o cuidado adormece, quando o diálogo emudece. Quando a confiança se perde na mentira, quando a indiferença ocupa o lugar da dedicação. Quando o prazer da companhia desaparece, o amor mergulha na escuridão e dificilmente volta a ser luz.

⁠Em cada toque, há um universo de emoções não ditas, um diálogo silencioso entre dois corações que buscam o mesmo refúgio

Após várias tentativas de diálogo, o silêncio agora será a resposta para qualquer tentativa de conversa disfarçada de verdade.

Sentada no banco
da Avenida Rio Branco,
Descanso a agonia
e dialogo mentalmente
sobre a perplexidade
ante a covardia,
A beleza da bouganville
me faz companhia,
E logo recupero
a coragem e a alegria.

⁠Eu desejo que sempre tenha
uma razão para voltar,
e que ela esteja no diálogo,
no abraço e na nossa intimidade
do olhar.

-Oia q n sou facil
- Eu sei que vc nao é facil , mas eu sou irresistivel
- Nem se achou
- Nao estou perdido KKKK
- Eu só me perco quando eu te vejo
eu fico sem reação sabe
me da arrepio , me da calor , me da friuuu
me da um medo , me da coragem
eu não sei explicar
- Oxi momento filosófico
- Se vc não acredita não zombe de meus sentimentos poxaa kkkkkk
magoou feriu , vc me machucou sabia
- Mas tem q feri mesmo
vc ta mintindo pra mim me iludindo
- Eu nunca menti pra vc
vc que nao leva nada a serio
- Mas tbm :(

Fecho os olhos, e consigo ver melhor.
Dentro de cada um existe uma energia que pulsa e insistimos em não sentir, convido cada um a ter um dialogo com o próprio universo interior vocês se surpreenderão o quanto nosso corpo fala, o quanto somos desconhecidos para nós mesmo, se quisermos entender a vida precisamos entender a nós mesmo.

- Tum tum tum
- Quem bate?
- A felicidade
- Felicidade? O que você quer? Pensei que você tinha ido embora a muito tempo.
- É, mas eu não fui
- E onde esteve esse tempo todo?
- Bem aqui, Só fui até o jardim lhe colher uma nova flor, e quando voltei a porta estava trancada.
- Por que não tentou a janela?
- Você também a fechou
- Não sabe quanto eu chorei por esses longos dias com tua ausência
- Eu sei, mas às vezes eu preciso ir
- Precisa? Por que? Não sabe o quanto doeu
- Eu sei, e é exatamente por isso! Dor é aprendizado, você precisava aprender.
- Hum... Mas e essa nova flor, como ela é?
- Exatamente aquilo que você precisava.
- Entra. Senta. Faça moradia, por favor
- Ficarei o tempo que você quiser.
- A ta! Que eu quiser? Então você nunca mais irá embora
- Então eu não irei!
- E essa nova flor, cadê? Deixe-me ver a bela que te fez voltar aqui
- Tome, pegue
- Mas isso é um espelho! Cade a flor?
- Levante o espelho, olhe!
- Pronto, essa sou eu. O que tem?
- Está aí a nova flor
- Tá de brincadeira, né? Não tem flor aqui
- Tem sim. Você! Fui te buscar ... Note, agora você cresceu, está mais madura. Pronta para me ter para sempre aqui.
Eu dependo de você e estarei aqui sempre que você permitir que eu fique. Eu trago o reflexo em todas as outras coisas.
Aposto que desde que saí, você não olhou para o jardim.
- É, realmente eu não olhei
- Então olhe! Está florido e colorido, outras mil flores esperando por você.
- Hum, está lindo mesmo. Ei felicidade eu só tenho uma dúvida.
- Qual?
- Se você estava ali no jardim esse tempo todo, por que não bateu antes?
- Eu bati, gritei, pulei e até joguei uma pedra na janela, mas você não ouviu ...
- Acho que deixei o som alto demais
- Som? Lá de fora não se houvia musica alguma
- O som do meu coração
- E qual era esse som?
- O da dor
- E o que te fez abaixar o som a ponto de hoje você me ouvir?
- O medo
- O medo? Como assim?
- É, abaixei o som da dor, porque o medo de não te ver voltar nunca mais começou a gritar aqui dentro
- E nesse meio tempo você me ouviu ...
- É eu te ouvi
- Vamos combinar assim: Desliga o som do medo, o da dor você quebra o botão. Eu cantarei para você, e quando eu precisar ir te buscar em mais uma etapa de aprendizado, a casa ficará em silêncio. Se acaso o vento fechar a porta e eu ainda estiver lá fora, você vai me ouvir bater, vai abrir correndo e nunca mais perderá tempo em ser feliz.
- Combinado, eu fecho com você!
- Só mais uma coisa
- O que?
- Se um dia você achar que eu estou demorando, não me procure em nada e ninguém, porque eu sempre estarei bem aqui, dentro de você. É só questão de perceber e se deixar viver.

⁠Nunca busquei uma pessoa que me completasse ou me fosse semelhante mas sempre buscarei quem generosamente, já está preparada para receber.

⁠Fale

Tome um banho, coloque uma roupa limpa, se tiver perfume use, se não, se lambuze de uma conversa linda.

O dialogo, a maneira de se conectar, precisa ser boa, interessante, tem que cativar, fazer o tempo passar.

Converse sobre a lua, sobre o universo, o importante é ter progresso.

Não precisa ser um expert em astrologia, mas se nada souber, fale até de mania, do jeito que assobia, mas deixe claro que confia.

Fale das pontes de hidrogênio, do oxigênio, das ligações mais fortes entre as moléculas que envolve a muita sorte te terem se encontrado um dia.

Se nada disso souber, fale até do dedão do pé, tomem um café, só não fiquem de boca calada.

Falem até da matemática, tem as derivadas, os catetos de Pitágoras, a linda hipotenusa, fale da roupa que ela usa.

Mas fale, fale das grandesas da física, do tamanho do seu amor, de onde dói, de onde você for, fale de Deus, do Criador.

Falem, falem do que for, só não esqueçam de falar de amor, pois nele é onde nasce flor, que te deixa com o cheiro mais cheiroso do que o perfume do mundo todo que tu no início não usou.

⁠as pessoas têm preguiça de ler textos longos,
têm preguiça de se dedicarem às relações,
têm preguiça de tudo que exige compreensão
e demande delas tempo e energia.

talvez por isso estejamos numa geração
de livrarias falidas e de gente vazia.

não se mergulha mais no amor,
não se absorve mais a poesia.