Diálogo
Sem título
[...] “Somos capazes de mudar tudo, inclusive o mundo em que vivemos. É preciso dialogar com as diferenças e respeitar os diferentes, pois, é tudo uma questão de ponto de vista. O que é bom para mim, pode não ser bom para o outro e vice versa; é preciso ver além do nosso pequeno mundo onde nossos medos e nossas inseguranças só sobrevivem enquanto não construímos conhecimentos novos que nos permitam sair de um estado de ignorância a respeito de um assunto qualquer e passar deste, para um estado de conhecimento, de iluminação. É preciso enxergar o outro como igual, pois, mesmo diferente na cor, nas ideias, na etnia, na religião somos de uma mesma raça, a raça humana”.
Tinha remorsos sem saber bem de quê. Desejava a estima dele quando não tinha mais esperança de que essa estima a beneficiasse. Queria saber notícias suas e não tinha a menor esperança de que ele lhe escrevesse. E agora, que não havia mais probabilidade de encontrá-lo, estava convencida de que poderia ter sido feliz com ele.”
- Eu me pergunto quem descobriu o poder da poesia para espantar o amor.
- Achei que fosse o alimento do amor.
- Do amor belo e vigoroso. Mas se é apenas uma vaga inclinação, um pobre soneto o liquidará.
- Você mexe com esse negócio de poesia, né?
- Não. É esse negócio de poesia que mexe demais comigo...
Pontos de vista são vagos e relativos! Algo por ser e não ser ao mesmo tempo. As mentes se conflitam, relacionamentos se desgastam... um não faz o todo! Por que tantos julgamentos, menos diálogos e mais tensão? O simples fato de não estarmos " dentro" do outro já é razão suficiente para não conhecê-lo verdadeiramente mesmo convivendo há anos! Não temos direito de julgar ou usar de palavras adversas. Muitos diriam " há o diálogo resolveria todos os problemas"... mas não! Diálogo existe para mentes corajosas! Mentes capazes de lutar contra uma "guerra" interior e idealizar algo maior ...algo que gere paz! Outros preferem utilizar de palavras agressivas e de tom rude para não cair em contradição com sua própria ideologia , se achando racionais e acabam por parar sua própria evolução.
Gosto de gente:
Que trata as pessoas com respeito, independentemente de quem sejam e do que façam;
Que sabe o que quer e tem atitude de se posicionar;
Que é verdadeiro consigo mesmo e com o seu próximo;
Que não é egoísta, mas compartilha, com prazer, o que tem de melhor;
Que não acha que a vida se resume a dinheiro ou músculos, mas que reconhece o valor de quem está próximo;
Que entende a necessidade de investir seu tempo em melhorar como ser humano;
Que sabe dialogar e expor seus motivos, aceitando opiniões contrárias;
Que reconhece não ser perfeito e não se sente capaz de julgar seu próximo.
Gosto de gente de verdade, que ame, compartilhe e viva o real valor da dádiva da vida.
Em algum dia de setembro as 19h19 numa estação de trem, um homem com 43 anos, cabelos grisalhos, feição calma, sereno, estava sentado, ao seu redor milhares de pessoas cansadas com fones de ouvido e um celular na mão. Aquele homem era diferente. Logo um jovem se aproximou, cabisbaixo, perdido, viu o homem olhar as pessoas e o ambiente e em segundos fez o mesmo, o homem então disse:
- Deliberei sobre o óbvio, concluir que nem tudo é tão óbvio assim...
O jovem virou-se para o homem e não disse nada, apenas continuou dando-lhe atenção, e o homem continuou
- ... quando se é criança se pergunta o óbvio o tempo todo, e isso de fato é bom, mas os adultos sem tempo para “besteiras” lhes dão respostas simplórias que assassinam a curiosidade das crianças.
- Quais respostas senhor? – Indagou o jovem
- Não perca tempo com isso menino, “Sempre foi assim”
Diz o homem com uma voz debochada.
- Tem alguma solução? Mais uma vez indagou o jovem
- Sim, o óbvio tem que ser perguntado, analisado, não que cheguemos há uma conclusão, mas ao fazer isso, podemos transcender o simplório, ultrapassar a barreira imposta por aqueles adultos “sem tempo”, e cultivarmos a criança curiosa que um dia existiu nesse corpo.
- Você acredita que perguntando sobre tudo o tempo todo pode fazer com que alguém ultrapasse alguma barreira? Retrucou o Jovem
- Eu acredito que: Não é necessário saber onde está para ir há algum lugar, mas se você sabe pra onde ir, primeiro tem que se achar.
- Mas isso é óbvio!! – Novamente retrucou o jovem
O homem se levantou e disse:
- Então...
Não dá. Não me acostumo. Como é que digo que tenho milhares de amigos no face se não sou amiga(O) das pessoas com quem convivo?? Inacreditável!! Talvez “moderninho” demais para mim que sou do tempo em que os cumprimentos, mesmo que informais, faziam parte do cotidiano das pessoas “civilizadas”. Longe de mim, achar que hoje todo mundo é mal educado! Jamais!!! Mas penso que não custar nada encontrar alguém na rua e desejar um Bom dia, boa tarde, boa noite; dizer um muito obrigado, dá um sorriso (mesmo que nem sempre seja verdadeiro). E em casa? Ninguém compartilha mais ideias, como por exemplo, como foi o seu dia? A comida estava muito boa! Quer almoçar? Vou sair, mas voltarei logo, está tudo bem? E outras palavrinhas, gestos e expressões essências em um grupo. Não é possível imaginar que alguém acredite que haja amigos sem “olho no olho”, “cara a cara”, mesmo com divergências e discussões; isso é normal para o crescimento das pessoas. Como é que no FACE eu tenho milhares de amigos se nem os conheço e se, por acaso, encontrá-los na rua não há nenhuma reação comum entre “AMIGOS”? Meu Deus! Às vezes acho que as pessoas não sabem mais conversar, comunicar-se, abraçar-se... Mandam mensagens para quem nunca viram, mas não falam com vizinho do lado, com os familiares, com os colegas de trabalho...Ignoram quem encontram todo dia na rua, dividem o mesmo espaço, o mesmo quarteirão e, às vezes a mesma calçada. Gente, como é que podemos nos atrever a julgar nossos governantes, falar de corrupção ( que é fato) se estamos adotando para a nossa vida prática os tais critérios políticos que tanto abominamos? Sim, isso mesmo, nossos amigos de hoje( os virtuais) são iguais aos políticos nos quais votamos e muita gente nem se lembra do nome do indivíduo, não conhece nada dele, mas confia (ou finge por certas conveniências) Da mesma forma são aqueles milhares de amigos virtuais que você nem sabe onde moram, o que fazem, mesmo assim, você conversa e até confia coisas que deveria confiar a quem está próximo de você, seus pais ,irmãos , parentes e amigos de verdade; aqueles que podem te abraçar, emprestar o ombro para você chorar e dizer que tudo vai ficar bem, mesmo que ,de vez em quando, precise dizer verdades que você não desejaria ouvi-las, mas sabe que é para o seu bem. Isso sim, é amizade e está fazendo muita falta no mundo. Como é que eu posso imaginar que um bate papo ONLINE, vai substituir um afago, um carinho, um abraço! Impossível! Sinto muita falta de tudo isso que a modernidade com seus mais cada vez mais avançados, nos tirou. Sinto falta do abraço, do sentar na calçada sem se preocupar com “OS DEZ MANDAMENTOS,” isso a gente poderia até discutir lendo a Bíblia em grupo ou com o “IDOLO” que vai estar tal hora num determinado canal. Sinto falta do contar histórias e ver as crianças sonharem ´criarem aquele mundo que só acontece na imaginação delas... Sinto muito perceber que hoje vivemos uma geração alienada e sem sonhos. De quem é a culpa? Da falta de limites entre o REAL e o VIRTUAL, porque alguém esqueceu de fazê-las perceber que na tecnologia tudo tem um controle LIGA/DESLIGA/MUDA.O melhor remédio para a alma é um abraço. Ele tem o poder de curar até as dores físicas, pois afaga o coração e o corpo. Pense bem: quem você já abraçou hoje? Quantas mensagens via FACE e WHATSAPP já enviou? Aposto que pelo menos uma postagem você já curtiu hoje. E a vida, sua família, você está curtindo? Gente, vamos deixar de demagogia barata, falar que o mundo não vale nada, as pessoas não valem nada, tudo está errado. O que você tem feito nesse sentido? Saia pra rua, não pra fazer fofocas ( se bem que o FACE é usado pra isso), mas pra ver gente, conversar, ouvir...
Muitos acham que basta ir à igreja, mas esquecem de que lá é o ponto de encontro para a reflexão, o ensinamento para a vida prática que acontece aqui fora. Quais têm sido suas ações fora da igreja. Pense bem, políticos poderão melhorar porque a sociedade é capitalista, mas salvar o mundo de verdade, só revendo nossa atitude de cristãos e praticando mais o AMOR. Somente ele salva.
Não se resolve desavenças e mal entendidos eliminando pessoas, resolve-se eliminando os problemas. Às vezes, por falta de diálogo, a gente acaba perdendo pessoas especiais.
Somos extremamente deficientes em dialogar com o outro e ouvir o outro. Nos falta mobilidade, crítica e autocrítica. Nós nos inclinamos ao doutrinarismo. O que piora a situação é que muitas pessoas realmente não querem pensar. Elas só querem slogans e obediência.
Ela subindo a escada rolante do metro, ele lá em cima esperando por ela
Anette: Estou impressionada
Sebastian: E eu apaixonado!
Oh, Zé! Daquela que bate fundo, desfaz o mundo, alonga segundo e dá até em vagabundo é de que tipi? _Ah, dessa, é sardade profunda matadêra.
E daquela que dá em sonhadô, tira o dispô, vira os zói do dotô e faz da gente bebedô em curriquêro chororô? Dessa daí, eu sei eu, que é das profunda tamém. E matadêra.
Zé, e daquela qui a gente sente só a farta da presença, de mão dada com ausênça, na inocença da crença que intorta doença sem carença de clemença, bate até macia, nem se anuncia e judia mas é até mêi que alegria? Alegria de lembrá de quem num tá.
Sabe, Zé? De que tipi é aquela sardade que a gente qué matá, mas sem muita precisança, prosquê deve do ôtro querê por de merma confiança, que morra tamém a que a gente tem, sabeno que morrê morrida de morte morta mermo, ah, essa num vai morrê é nunca?
Prosquê até pode quetá, mar começa de novo na hora da hora de chegá a hora de se dispegá. Essa tamém é das profunda matadêra?
Né não. É só sardade mermo. Sardade verdadêra.
"...Ora, eles agem fora de todo bom senso, buscando apenas o comodismo imediato e, unindo-se a seus semelhantes, cheios de aversão pelos outros, deixam-se guiar
sobretudo por suas antipatias..."