Dialética
O futebol sintetiza muito bem a dialética entre identidade nacional, globalização e xenofobia dos dias de hoje. Os clubes viraram entidades transnacionais, empreendimentos globais. Mas, paradoxalmente, o que faz o futebol popular continua sendo, antes de tudo, a fidelidade local de um grupo de torcedores para com uma equipe. E, ainda, o que faz dos campeonatos mundiais algo interessante é o fato de que podemos ver países em competição. Por isso acho que o futebol carrega o conflito essencial da globalização.
O silogismo jurídico rende-se à nova dialética em um mundo de múltiplas verdades socialmente construídas. O formalismo abraça a simplicidade. O indecifrável juridiquês não mais se sustenta, incompreensível diante de comunicações líquidas. O conservadorismo é atropelado pelas constantes inovações tecnológicas, imediatismo e o estado constante de urgência. O dinheiro torna-se “cripto” e os dados cada vez mais valiosos.
Negação
A negação da negação da dialética da reclusão.
De repente tudo que é sólido desmancha no ar!E, os mortos enterrem seus mortos! Os proletários do mundo se uniram, sem dar as mãos, de braços cruzados, em casa pararam às máquinas da produção.
É a prova da alienação daquele que trabalha e não é dono do produto, nem do pão que falta em casa ou ou do teto que faz e não tem, planta, colhe e não come.
Aquele que está na cela é solto, por causa do vírus, que não escolhe rico nem pobre, ainda que mais afetado, pois que está livre, mas não quer ficar preso na própria casa, é encarcerado.
Os filósofos já estudaram o mundo, agora cabe transformar.
Dia dos namorados: a dialética do amor!
Flávia Squinca
As pessoas apaixonadas esperam ansiosas pelo dia 12 de junho, data “comercial” brasileira definida para comemorar o “Dia dos Namorados”. São meses, dias, horas, minutos planejando o melhor presente para o “grande amor” e, consequentemente, a melhor forma de celebrar o sentimento intenso que traz alegria e esperança no amanhã. Ou seja, é uma data de esperança para aquelas pessoas que ainda acreditam no amor romântico e eterno.
Por outro lado, o dia 12 de junho é a data da saudade e dor para aquelas pessoas que perderam o “grande amor”. É uma data simbólica do fim do amor romântico, uma vez que ela marca a impossibilidade de viver e colocar em prática os mais lindos planos construídos junto com aquela pessoa que dizia acreditar no amor eterno, queria casar-se, ter filhos e envelhecer lado a lado... como “Tarcísio Meira e Glória Menezes”, o casal eterno dos folhetins globais.
Para as pessoas apaixonadas, a data é o momento para relembrar os primeiros acontecimentos: os olhares, as palavras e os beijos trocados, por exemplo, em uma festa universitária cheia de pessoas loucas para “curtirem” sem compromisso; os cinemas, os encontros, a oficialização do relacionamento, as juras eternas, os apelidos vacinados contra as piadas dos amigos (“lindinha”, “fofinha”, “docinho”, “godinho” – ‘sem r para personalizar’, “benzinho”, “baby”...), os planos para serem executados após ambos passarem em um bom concurso público (“ritual do concurso público”), os sonhos, os toques - as mãos e os pés se tocando como se selassem o compromisso de caminharem juntos para realizarem o sonho de amor eterno.
Já para as pessoas que perderam o “grande amor”, a data é o momento para relembrar os acontecimentos que tiram o “amor eterno” da esfera do sonho e o transferiram, sem chance de volta, para a esfera do pesadelo. As primeiras lembranças são idênticas às das pessoas apaixonadas, porém são seguidas de dor, saudade, mágoas e de várias lembranças turbulentas: desvirtuação dos planos, geralmente potencializada pela empolgação financeira (marco da realização do “sonho eterno”), e, consequentemente, pela possibilidade de conquistar a “pessoa ideal” compatível com o novo status quo; as mentiras, as traições, as acusações, os momentos de brigas e ofensas, que em nada lembravam as juras de amor eterno do primeiro momento.
Paralelo ao mundo dos apaixonados e dos ex-apaixonados tem o “comércio do amor”. Nesse período, a cada 10 propagandas ou reportagens na mídia, 9 abordam a temática do dia dos namorados – presentes (o “casal BBB” é chamado para orientar os apaixonados), receitas para selar o amor eterno, entretenimento (no cinema o filme “Eu odeio o dia dos namorados”) e até a fiscalização do Procon nos motéis (point final do dia dos apaixonados...o desejo é compulsório nesse dia)– a mídia busca abordar todos os detalhes do “ritual do dia dos namorados”. Porém, cabe destacar alguns pontos sobre esse “ritual do dia dos namorados”: a valorização de uniões heteroafetivas e a invisibilidade de uniões homoafetivas, para exemplificar o “amor romântico e eterno”; a ausência de campanhas sobre violência doméstica, DST/Aids (como se o relacionamento estável fosse à proteção, em oposição à casualidade do(s) relacionamento(s) vivenciado(s) durante carnaval (palco de muitas traições), evento permeado por diversas propagandas preventivas contra as doenças sexualmente transmissíveis) e, por fim, a ausência de reflexões sobre os efeitos psicossomáticos de relações pautadas na lógica do consumo e do padrão ideal. Certamente, esses efeitos são alguns dos potencializadores de vários transtornos psicológicos ou psiquiátricos (considerados pelos leigos como “síndrome do pé na bunda”) – depressão, síndrome do pânico, suicídio, estima baixa, isolamento, vícios (drogas, bebidas, comida, relacionamento ou outros que permitam a fuga da realidade).
É inegável o caráter paradigmático do dia 12 de junho para as reflexões sobre a dialética do amor. São apaixonados e ex-apaixonados vivendo as mais diferentes e, ao mesmo tempo, semelhantes histórias de amor e ódio, alegria e tristeza, sonho e pesadelo, gargalhada e lágrima, esperança e desesperança, saudade e medo, utopia e real e outras unidades de contrários que se completam e se negam na lógica dos relacionamentos. Enfim, como reflete Mário Quintana sobre o amor e perdas “O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você. No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!”.
Somente se escolhe a dialética quando não se possui outro recurso.
Pessoas têm manias, viciam-se. Mas, o transtorno mais recente, nos falantes, de verve dialética na comunicação formal, é a compulsão por palavras da moda, academicistas, semieruditizadas, que descambam em vício de linguagem (palavrofobia). Reduz-se o discurso a palavra pela palavra, simplesmente, para que ela se lhe pareça douta. Isso fica impactante pela especificidade, sobretudo, quando desvirtua-se o discurso foco no ouvinte, fragmentando-o. Momento quando não prestamos mais atenção em nada, pela multiplicidade de repetições, deslocadas em nível de desconstrução multidisciplinar, transverbal, com semântica confusa de retórica aleatória. É a hora em que o olhar para as unhas entra em cena. Isso procede? De novo, isso faz sentido para você? Você TEM que concordar comigo.
Autoestima e seu oposto, são ilusões da dialética para discursar ajuda aos indivíduos fracassados. O que existe de verdade, é viver bem e não saber viver o que se é, ou o que se tem.
Baixo autoestima como seu oposto, são ilusões da dialética para discursar ajuda aos fracassados. O que existe de verdade, é o viver bem e o não saber viver, o que se é e o que se imagina ser, o que se tem e o que se inveja de outro.
Considero a dialética como uma rua denominada infinito. Entro nela e reflito na tese, encontro a antítese, e paro na síntese. Retorno e continuo a caminhada sem chegada definitiva e termino genuflexo perante Deus - SOBERANO - alfa e ômega, princípio e fim…
"A dialética da existência nos confronta com a antinomia da limitação humana, urdindo em nossas almas a tapeçaria da imperfeição."
DIALÉTICA
Eu, tão insolente,
Quase insólito.
Você, ali, evidente.
Ângulo, cortês.
Teses a mim!
Em síntese,
Pises de mansinho
Pode estar meu
Coração.
Axioma:
É como a dialética
A busca pela verdade
Um axioma qualquer
A busca pelo um argumento
Precisa ser encontrada
Para depois ela não ser desperdiçada
Ele está muito triste para contar a verdade...
A Dialética Oculta da Salvação Seletiva: Egoísmo e a Perversão da Clemência…
Ao contemplar a conduta dos que se prendem à rigidez da letra religiosa, alheios à profundidade do espírito que anima os ensinamentos de Cristo, descortina-se um panorama de inquietantes dissonâncias na trama da moralidade humana. Há, nesse cenário, uma dualidade desconcertante: a voz que proclama indulgência e absolvição, com o timbre da virtude, contradiz-se nos recessos silenciosos onde se arquitetam, sob o véu da arcada dentária, julgamentos severos e irrevogáveis. O contraste entre a palavra e o pensamento revela uma tessitura ética paradoxal, onde a superfície luminosa da compaixão pode ocultar a sombra austera da censura.
Sob essa máscara de piedade, percebe-se um prazer velado na queda alheia, um deleite quase pérfido diante do espetáculo da expiação, como se a redenção do próximo fosse tributária de uma dívida imaginária, concebida para alimentar o orgulho de quem observa. É uma fé corrompida, onde o nome de Jesus, invocado com solenidade, serve mais à vaidade do que à virtude. Há, nesses espíritos, uma estranha satisfação em vislumbrar a condenação de outrem, pois a salvação do faltoso lhes parece um artifício que destitui de sentido sua própria pretensa superioridade. Em sua visão empobrecida, a graça divina não pode abarcar aqueles que desprezam, pois isso subverteria sua concepção de justiça, fundada não no amor, mas na exclusividade. Assim, empunham as escrituras para afirmar que "Deus é amor", mas em seus corações arde o desejo de um paraíso segregado, onde a alteridade seria um intruso a macular a santidade.
Essa postura, marcada por uma miopia espiritual, denuncia a fragilidade de um ethos que proclama unidade, mas teme a comunhão. O triunfo do outro, ao invés de ser celebrado, é recebido com inquietação; a prosperidade alheia, longe de inspirar alegria, acende a fagulha da inveja, disfarçada sob mantos de falsa serenidade. Surge, então, a questão primordial: seria a alegria diante do êxito do próximo um reflexo sincero de fé na providência divina, ou apenas uma máscara que oculta o azedume de uma vaidade ferida? É nesse confronto que a alma se desnuda, revelando sua verdadeira natureza.
Ao sondar os abismos do próprio espírito, descobre-se a linha tênue que separa a virtude genuína do vício dissimulado. A resposta à ventura alheia, seja ela uma exultação legítima ou um ressentimento velado, expõe as filigranas mais sutis do caráter humano. E assim se tece o drama da existência: uma luta constante entre a grandeza que se aspira e o egoísmo que nos ancora, entre o amor que liberta e o orgulho que aprisiona.
O que separa o sábio do filósofo é a capacidade de usar a dialética sem deixar o ego controlar uma disputa retórica intelectual.
ÉTICA E POLÍTICA
Entre a ética e a política constatamos uma dialética conflitiva, pois há um imenso abismo separando-as. O objetivo desse artigo é verificar os conflitos entre a ética e a política, enfocando como o poder político interfere nas relações sociais desde a chegada da política no Brasil, pouco depois do seu descobrimento em 1500, deturpando os valores morais da sociedade hodierna através de mentiras e corrupção, pois muitos políticos só procuram autopromoção; e manipulação da sociedade. O tema é justificado devido às rotineiras denúncias de corrupção por parte dos políticos, que deixam a população brasileira perplexa, mas que infelizmente, não reivindica mudanças nesse quadro. Promessas políticas feitas em período eleitoral, para a obtenção de vantagens não são cumpridas - algumas¬ por pura falta de vontade, e outras por ineficiência ou falta de recursos financeiros do Estado. A metodologia utilizada nesse trabalho é baseada em pesquisa bibliográfica para a melhor compreensão dessa temática. O texto é dividido em cinco partes. Na introdução desenvolvemos uma relação dialética entre a ética e a política. Depois, temos um breve histórico da política brasileira, desde a independência, passando pelo Golpe Militar até chegar aos nossos dias. Posteriormente foram enumeradas algumas posturas antiéticas dos políticos nacionais como a política do "coronelismo". A conclusão traz uma retomada de toda a problemática, com possíveis formas de modificar o pensamento político brasileiro. Por fim, temos as referências bibliográficas que utilizamos para o embasamento teórico do trabalho.
DIALÉTICA
Sidney Santos
Paz da minh’alma
Luz do meu caminho
Meu berço de calma
Verso do meu carinho
Pulsar do meu coração
Sangue em minha artéria
Gênese do meu vulcão
Vida da minha matéria
Ponto do meu início
Aresta do meu quadrado
Anistia pro meu vício
Você, doce pecado
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