Destino
ATINO
Várias coisas abomino
Que não sejam meu destino
Continuo um peregrino
Esperando ouvir o sino
Cujo som eu procrastino
Que desperte para o tino
Sob a luz de algum ensino
A mim mesmo sabatino
Em resposta aos desatinos
Experiências aglutino!
Tendenciosamente, cruzamos o caminho de algumas pessoas que parecem ser nosso destino final, mas que são só nosso ponto de parada, às vezes um aprendizado, às vezes um momento compartilhado, mas sempre têm data de validade.
Aproveite o momento e não se desespere!
Sou um simples viajante
Que viaja sem destino
Querendo te encontrar
Sou um simples viajante
Por onde eu passar
Lembranças vou deixar
Sou um simples viajante
Que está a procurar
Emoções que me faz suspirar
Sou um simples viajante
Que ao encontrar
Vou viajar para nunca mais voltar
Estar feliz é agir como se somente você
fosse o responsável pelo
seu destino.
É fazer do seu destino
uma caminhada agradável
para você e para quem está próximo de você.
É amar a si para poder
ser capaz de amar o próximo
e consequentemente ser amado.
Destino sem Rumo -
A minha voz ao cantar
traz um lamento desfeito
é como as ondas do mar
que se enrolam no meu peito.
Canto um fado e outro fado
numa saudade sentida
trago o destino marcado
e a minha vida perdida.
Cantar é saber da vida
o que a vida sabe do mar
quando a vida está perdida
outra vida há que esperar.
À deriva p’la cidade,
procurando outro caminho,
não me deixo ter saudade,
quem se vai, segue o destino.
Deixe o mundo correr, continue andando, o destino não é para quem se adianta, é também para quem ainda nem saiu do lugar.
A vida sempre nos coloca na frente de um guichê, para escolha de um destino.
É torcer que seja o certo, que não haja atraso para não perder as conexões e, principalmente, tenhamos a sabedoria de como nos despedir.
você pode ter tudo menos que sobre o seu dinheiro não pode pagar causa 'nosso destino é muito ao longo do que um momento simples
Incompreensão: Destino Envenenado -
Na loucura de um sentir inconsciente
sempre quis amar e ser amado
amar tudo e toda a gente
que caminhasse junto a mim, a meu lado.
Porém, poucos houve que me entenderam
nem eu mesmo me entendi
e só aqueles que morreram
ficaram mais perto de mim.
Julguei que aos outros aninhava
alem do mau feitio, dentro do peito,
hoje sinto que a todos rejeitava
por nunca entenderem o meu jeito.
O meu jeito de poeta miseravel
escravo de um sentir sem porto
prisioneiro das palavras, ser instavel,
desejando a paz eterna de estar morto.
E diziam, não podes ser assim,
tens que aprender a viver a vida!
Mas o que sabiam eles do que ocorria em mim?!
Pensariam que eu gostava de viver de Alma perdida?!
Ah se eu pudesse matar este sentir
que me cavalga o pensamento,
se eu pudesse afastar, resistir
à solidão, ao sofrimento ...
Não posso! Não sei nem tenho como!
Tábua fria onde me deito e meu corpo é velado,
essência dos poetas qu'inda tomo
destino que Deus me deu envenenado.
Contra o Tempo -
E a vida foi passando
o destino foi correndo,
minhas dores crescendo,
com elas amei, com elas sofri.
Minha ângustia ficou
meus sonhos morreram,
tudo passou, só eu não morri!
E tudo me deram
sem principio nem começo
sem virtude nem fim ...
Pelas noites bebi medo,
bebi sonhos e magia,
desecanto, dor e solidão.
Perdão Senhor! Perdão!
Lassidão -
Na rota de um destino que vivi
numa intensa e trágica planura
meus olhos rasos de lonjura
são dois versos de um poema que perdi.
Numa perpétua e árdua procura
numa busca impossivel de acabar
fiz dos versos um apelo de loucura
que o silêncio nunca soube em mim calar.
Mas longos, revoltosos, violentos
foram os punhais que me espetaram
sete facas apontadas, meu tormento,
foi só isso que os poemas me deixaram.
E na dolência das noites tenebrosas
foi meu corpo uma tocha incendiada
foi minh'Alma criança apaixonada
nas mãos de uma infância dolorosa!
CRUEL DESTINO
Pedem-me amor
E eu não sei o que isso é;
Porque nunca o tive ao pé
De mim.
Assim,
Não sei se ele é dor
Ou prazer do início ao fim.
Pedem-me poemas
E eu não sei o que isso é;
Porque, malditas as minhas penas:
Poemas, será gente de fé?
Não quero nada,
Porque nada sei dar
Desde menino,
A não ser meu cruel destino
De querer amar
No já,
A quem nada me dá.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 08-11-2022)
Destino Derradeiro -
Venho aqui dizer-vos
que o destino é o destino
e que ao destino ninguém foge!
Que do destino somos servos
na vida peregrinos
e fugir-lhe ninguém pode!
Venho aqui em solidão
dizer que a vida é breve
e que o tempo é passageiro!
Venho aqui sem pretensão
pedir memória breve
p'ró destino derradeiro!
No caminhar do seguir da vida,
Caminhos nos caminhos se perdem do destino,
Para o destino se fazer da caminhada o seu caminho.
Nas Curvas do Destino -
Quando penso em ti sinto saudade
vontade de me atirar da ponte ao rio,
o que sinto, meu amor, na verdade
quando falo em ti, é dor e frio ...
Quando fixo os rostos que encontro pela vida,
que cruzam seus olhares com os meus,
só lembro a promessa em vão perdida
dos meus olhos só olharem para os teus.
Não esqueço, meu amor, aquelas tardes delirantes
em que vinhas de mansinho com ternura
e trazias a esperança de, um dia, sermos mais que amantes!
Descalço vou, sozinho, agora, traçando outro caminho,
talvez te encontre, um dia, pela vida, que loucura,
nas estradas ou nas Curvas do Destino ...
Louco sem chão -
Meu corpo de esperar-te envelhecido
sente a mágoa de um destino solitário
do meu peito, o teu olhar, em vão perdido,
como um crente rezando diante d'um sacrário.
Não vejo nada, só a tua ausência,
e vou no mundo, passo a passo, no vazio,
no mistério, na esperança e na clemência
da morte me afogar na dor de um rio.
E tudo passa, tudo acaba, que loucura,
que destino, amar e ser esquecido,
por alguém que parte sem ternura.
Por ti, de ti, em ti - saudade!
Em mim, de mim, por mim - perdido!
Um louco, sem chão, pelas ruas da cidade ...
Ai Senhor -
Ai Senhor que destino
que turbilhão de incertezas
desses tempos de menino
de loucuras e tristezas.
Ai Senhor que tormento
me enlaça o coração
me afoga o pensamento
e me tolda a razão.
Ai Senhor que lamento
me escorre o corpo todo
que a morte e o sentimento
me afogam no lôdo.
Ó Senhor que te não vejo
neste caminho perdido
fui traido com um beijo
porque me tens tão esquecido.