Cartas de despedida de morte para quem deixa saudades
Um segundo, e todo seu mundo despenca em queda livre em um abismo revestido por estiletes!
Cortes se multiplicam e o sangue se mistura as lagrimas...
Fantasmas dançam ao som dos meus medos
Nesse dia todos os planos se esvaíram!
Toda a segurança e confiança se reverteram em pó!
Só restou a angústia que sufoca e a dor que me consome sem dó!
Espero o impacto final da queda, mas esse abismo não tem fim!
Sinto estar caindo por meses!
As lâminas estão ficando maiores e mais afiadas e já quase não resta carne para se dilacerar
Das primeiras feridas já sai pus! E a escuridão e a solidão escutam inertes meus gritos de desespero!
Sinto a vida passar e escorrer entre meus dedos!
Tais olhos que um dia trouxeram o conforto jamais conhecido
Hoje refletem o pior pesadelo! Destruindo-me, não vejo saída e nada tem graça!
Depois que do amor somente veio minha maior desgraça!
Assim mesmo, sem se despedir, foi que ela partiu.
Não quis dar o definitivo adeus
Não lançou olhares de lamento
Porque era chegada a sua hora.
Somente se foi.
Não precisava dizer aos que amava
Que assim os queria.
Seu olhar meigo e penetrante
Sempre essa mensagem transmitia.
Desnecessário pedir que dela se lembrem
Não há quem a tenha visto sorrir
Que possa esquecer-se de tanto brilho.
E foi assim, com a suavidade própria de uma diva
Que recebeu seu chamado para ir fazer poesia no céu
Deleitar-se com os harmônicos musicais dos anjos.
Agora é mais um com eles!
Não se despeça essa noite, você não está indo dormir, você morreu outra vez e tem a esperança de acordar vivo amanhã.
Então um dia seu coração despertou entre dois mundos.
O que ainda lhe resta viver depois de tanto ver o sol e a lua?
Eis a batalha que tanto esperou, mas que nunca viverá... eis a batalha que sempre sonhou, mas que seu corpo não lutará...
Deixaste escrito: - ao velho marujo dizei pequeno, que estou partindo mais puro de quando nessa terra entrei... verei ambos novamente, mas hoje não me verei.
Alça direita me pertebceu, a você deixo a herança filho meu.
Vivo num momento simples e comum, nem de chegada nem de saída.
Portanto, não estou em despedida: nem pra morte nem pra vida.
Nem me declarando a alguém.
Sei que os confundo com as linhas que escrevo.
Isso pode ser por sentimentos passados,
Por situações nunca resolvidas - mas esquecidas,
E até por sentimentos de outrem onde me ponho a navegar.
Porque amor quando é forte, até o dos outros, nos apetece,
Jamais acaba, simplesmente adormece,
Até que um dia, como fogo, começa a queimar.
É triste, é triste ver te partir desde jeito, é ainda mais triste despedirmos-nos de ti no dia que nomearam como dia da felicidade.. Há coisas que perdemos na vida que são tão mas tão lindas que as vemos partir como se fossem um balão que se solta da mão duma criança.
São os amigos e conhecidos que vão desaparecendo e deixam um vazio, um vazio que não pode ser preenchido. Não acho que tenhas morrido e sinceramente não quero pensar que isso tenha acontecido, ninguém sabe o que é a morte, mas acho que também nunca sabemos o que realmente é vida, com isto não quero dizer Adeus, mas um Até já. Porque creio que nos voltaremos a encontrar um dia.
No dia de hoje só peço a Deus que guarde a tua alma como nós vamos guardar a tua memória.
Descansa em paz.
17/08/94 – 18/03/1015
Se tivéssemos noção da brevidade da vida todas as despedidas seriam apertadas e calorosas, todos os sorrisos se converteriam em gargalhadas e o "ter de partir" seria tratado com a dignidade merecida.
Desculpa se a minha tristeza preocupa.
A intenção não é essa.
É que tem dias que despenco do meu próprio abismo, num rasante, como uma única e infeliz tentativa de ser percebida.
Mas ninguém me entende, porque já não há mais nada pra se entender e eu não saberia explicar.
Desculpa ai...eu tbm fracasso às vezes...
Eu também beijo a lona, me esborracho, me esfarelo, me arregaço toda tentando se salvar de um pesadelo que nunca tem fim.
Mas não se preocupem...eu sou como os urubus que vivem de carniça. Me alimento todos os dias da minha própria infelicidade.
Isso sustenta a minha habilidade de sobrevivência quando tudo em mim é fome de vida!
Desculpa ai!
Mell Glitter em "Retratação!"
Não deixe a vida ser apenas a existência, mas viva-a sendo feliz de verdade e não desperdice-a. A morte só quer uma desculpa.
Nossa VIDA é como um ÔNIBUS circulante, A CADA PONTO DE PARADA, algumas pessoas descem se despedindo de nós, e OUTRAS sobem para nos acompanhar até a próxima parada
Infeliz despedida.
A chuva castiga, o frio maltata. Mas a solidão me aterriza, me faz manter os pés no chão, independentemente do que vier agora, é disso que preciso.
Meu celular está quase sem bateria, agora não saber teu número decorado bastaria, mas não basta, porque aprendi, assim como a aceitar tudo que vinha de você, aprendi a prever suas palavras, atitudes, seus passos. Aprendi que você pisca rápido os olhos quando está nervoso, que dá um riso escandaloso quando está sendo sarcástico, que mexe no celular quando quer evitar contato visual, que a tua calma sempre esconde algo, que não deixa ninguém te ver por inteiro, que estraga qualquer iminente preocupação dos outros ao teu respeito e que morre engasgado com tudo que não diz, porque pra você, é sempre melhor mostrar que não se importa.
Mais cômodo, talvez, mas não melhor. Não pra mim, nem pra você. Toda essa comodidade juntou-se a um contexto amplamente caótico de minha vida, que juntou com tua ausência, com nossas perspectivas abertamente opostas e com tudo que você projetava em mim. Nós fomos dois covardes por aceitar sem lutar, logo a gente que sempre foi tão de luta...
Meu relógio marca 3:00 da manhã. Dizem que é a hora dos demônios, talvez seja, mas não dos meus. Regularmente eles passeiam fora de hora por esses tantos caminhos tortuosos. Daria meu rim por um cigarro agora, ou por qualquer droga que me anestesiasse e me mantivesse bem longe de tudo isso que eu não sei sentir.
Acho que quero beber. Acho não, eu quero! Se bem que eu nunca consegui... paciência! Horas de desespero... (complete a frase). Vou até a conveniência da esquina ver se encontro alguma coisa forte.
Voltei com o whisky mais vagabundo que encontrei. Menos mal, o efeito vem mais rápido. A atendente da loja me olhou com pena e eu até entendi. Não consigo nem dizer qual das duas reações mais me impressionou. Estou de jeans rasgados, manga longa, Havaianas e na chuva... estranho seria se ela me achasse normal. Acho que sou realmente muito exposta.
Tenho um cigarro entre os lábios, conduzindo-o com meus dedos em V. Que representativo, né? O símbolo da paz, a paz que só tenho encontrado nessas circunstâncias. Enfim, servi a primeira dose, tô analisando o copo a uns 15 minutos e meu estômago já tá se revirando. Eu odeio beber, sempre odiei, mas é preciso. Engoli tudo, e desceu queimando além do esperado. Sinto minha garganta arder pela exposição, mas o efeito foi bom, até consegui te esquecer por uns minutos. Acho que vou repetir, na verdade, acho que tenho por obrigação repetir isso. Tomei mais alguns copos, sempre os batendo na mesa, e a cada novo golpe, ele se desgasta, mais e mais. Acabou rachando, me veio à mente uma analogia bem interessante, algum palpite? Uma dica, é bem clichê. Acertou quem disse que é meu coração. Mas a culpa é minha. Bati o copo na mesa e insisti nessa droga de relação. É compreensível estar nessa situação agora, a culpa é minha por não perceber o óbvio, mas quer saber? Que se foda essa compostura infundada.
Um bom jazz está tocando em meu notebook, mas o som agora parece tão distante. Já nem sei diferenciar o real do imaginário, a linha ficou tênue demais, parece uma corda bamba sobre a qual venho me equilibrando a um certo tempo, e agora eu caí. A melhor parte foi quem estava lá pra me segurar, isso mesmo, ninguém.
Sinto tua falta, mas sinto falta das viagens de moto com meu pai, sinto falta do meu ex (presidente), sinto falta de muita coisa que nunca mais será minha, senti falta de escrever, e cá estou, bem como senti falta de fumar a um tempo (felizmente isso estava ao meu alcance). Pra resumir e deixar desse mimimi, é, isso eu também vou superar, a gente vai. Faço muito drama né? Eu sei. Mas não escrevi nada disso com a intenção de te mandar, então se acontecer, é porque já estou bem bêbada (e qual é, você me conhece. Sabe que sou fraca com bebida). De qualquer forma, se acontecer, saiba o quanto você é importante. Minha mente tá um caos, tô virando uma bomba relógio a ponto de explodir, sua obrigação moral é se afastar. No mais, és um babaca.
Thaylla Ferreira Cavalcante
Uma carta de adeus
Olá, Morpheus, o teu coraçãozinho parou hoje, e me despedi de você com lágrimas no rosto e coração partido.
E assim você também se foi... E sou forçada a dizer a todos porque, talvez eu tenha te transformado em uma figura pública. Estavas em muitos dos meus escritos e na maioria de minhas fotos. Eu me sinto mutilada. E não importa se as pessoas entendem, sabe... Não me importo se me chamam de exagerada, de trágica. "Todo esse drama por um gato". Mas olha, vou te dizer, meu querido Morpheus, eu até entendo.
E digo mais, se eu estivesse no lugar deles, pensaria a mesma coisa: TODO ESSE DRAMA POR UM GATO.
Porque eles não se importam. Não estavam aqui, digo, aqui perto. Não estavam conosco. Não estavam naquela tarde de janeiro quando eu abri os portões da minha casa, quando acendi a luz e escutei o teu primeiro "Miau". Quando desci do ônibus e nos olhamos pela primeira vez.
Ao invés de dizer "Quem diabos você é?", você me olhou estreitando os olhinhos verdes e começou a ronronar, assim, na confiança, mesmo sem me conhecer. Eu disse "vamos lá, vou cuidar de você pra sempre" e aquele pra sempre, foram apenas três meses. Três meses de um milhão de aventuras.
Todo esse drama por um gato. Eles não estavam contigo, meu caro rapaz, quando eu te ensinei a fazer suas necessidades no lugar certo e tu, mas que um gato que caga e mija, parecia um empresa de terraplanagem. Eras um traquina magro e longo, com orelhas, calda e patas proporcionais. Não, querido Morpheus, eles não estavam aqui quando eu te ensinei a subir na porta de casa e na árvore. E a descer, obviamente. A princípio você parecia um tetraplégico, que acabou de se curar, depois, em duas horas, subia e descia como um flash. E eu como uma mamãe que tinha acabado de tirar as rodinhas da bicicleta do filho, me comovi e te abracei.
Eles não estavam quando várias e várias vezes eu estava fazendo trabalhos da faculdade e você constantemente ficava em frente ao PC. Não estavam quando dormimos muitas noites juntinhos. E nem ao menos quando eu estava falando com algum garoto e te perguntava: "O que você me diz? Esse tá bom?" e me olhavas com cara de abusado. Não estavam quando você subiu na mesa e comeu meu pedaço de frango e eu fingi que não estava vendo nada. Bem, você sabia que eu estava vendo. Todo esse drama por um gato. E era sempre só eu e você, quando eu chegava em casa cansada e você queria fazer "massagem" na minha barriga, eu girava e você fazia "massagem" nas minhas costas. Não estavam quando as pessoas te faziam mimos na rua. Tudo você fazia. E eles não estavam aqui. Estavam todos ocupados fazendo filhos, namorando, se casando, esse tipo de coisa, de adultos, enquanto eu estava contigo, contando sobre o dia ruim que tive no trabalho, na faculdade, sobre as brigas com minha mãe... Não tinha ninguém quando eu começava a chorar e você chegava. Você sempre chegava.
"Não chore mamãe", e acariciava com o nariz no meu queixo, enxugando o rosto molhado. Não estavam aqui quando você consumiu uma das suas vidas sendo ainda bebê, por acidente. Não, não estavam nem aí pra nada. Era eu e você. Nem quando você tomava banho e em seguida rolava na areia, se sujando de novo. Todo esse drama por um gato. Claro, ninguém estava aqui. Ou quando você me mordia de verdade, sem parar. Não, lindo Morpheus, eu não espero que me entendam. Talvez pensem que estou exagerando... Eu deixava que você fosse o único ser vivente a me ver triste, porque você sabia o que fazer. E sempre fez. Certas coisas eu disse só a você, certas lágrimas eu chorei só contigo. Não, não estavam aqui, nem ao menos naquela noite quando eu acordei e fiquei observando teu corpinho por várias horas.
E ninguém estava aqui essa manhã quando comecei a chorar na sua frente. Não estavam quando tive que me despedir do meu menino espetacular e único. Meu melhor amigo, um pedaço de mim. Ninguém nunca entenderá e não me importa. Ninguém estava aqui e nem agora que escrevo isso chorando, incapaz de parar por um minuto. Vai em paz meu bebê, você me deu tudo, agora pode repousar, espero ter te dado um boa vida, te juro que fiz o possível. Eu te amei como um filho, talvez aquele que eu nunca terei. Todo esse drama por um gato. Ninguém entenderá jamais, ninguém estava aqui. Não estão aqui nem mesmo agora, nessa casa, que de repente tornou-se vazia.
Sermão de Adeus
A vida é um eterno sepultamento.
Imenso mar de precipícios
Carrossel de despedidas
Girassol de funerais.
Viver é resistir
Existir é suportar
A quem não admira o declínio,
a vida só poderá machucar.
Tique-taque, tique-taque e o relógio da vida continua batendo...o despertador pode ser que seja a morte, que tem o condão de nos acordar do sonho horripilante da vida.
Quando o corpo envelhece é nessa transição que a alma rejuvenesce para um novo despertar. Não tema a morte, a vida é centelha divina e estará sempre acesa, apenas oscila essa chama com o sopro do vento (ciclo) no tempo... mas saibas tu, que nesse instante é Deus que boceja para que um novo despertar se recrie e abre os braços de amor esperando por ti. Vida e Morte são um eterno despertar todos os dias.
Certa vez!
Ao ouvir cânticos de despedidas
Fiquei pensando na vida
Que levo
Para um outro eu
Se tenho preocupações demais,
Tiro a paz de mim
E de meu outro eu.
Por que não,
levar sempre a vida
Na simplicidade?
Se após o corpo cessar!
Só restará de mim,
O meu outro eu.
E quando para mim,
Cantarem despedidas
Só quero estar com a paz de mim;
Em meu outro eu.
E eu não pude me despedir de você ... Parece mentira que você se foi , que eu nunca mais o verei , nunca mais escutarei a sua voz me chamando .Lembro-me dos momentos em que passamos juntos e é inevitável que as lágrimas rolem . Poderia ter passado mais tempo com você , mais nunca na minha vida imaginei que você iria antes de mim , tão jovem! Pensava eu que nós ainda teríamos muito tempo pela frente , para rirmos , brincarmos e brigarmos também , afinal de contar é isso que os irmãos fazem.Meu irmão querido , que logo cedo não quis mais ser criança ,resolveu levar a vida com as responsabilidades de um adulto.Um menino cativante , falava com todos , sorria para todos , se fazia notar pela sua simpatia e carisma . Menino de muitos amigos...Ah meu irmão , eu rezei para que você crescesse e se tornasse uma pessoa de bem , para que você nunca se envolvesse com más companhias , mas eu nunca rezei para que Deus te livrasse de doenças ...e não me perdoo por isso!
Queria acordar e vê que você esta aqui , mais eu já dormi e acordei e nada ...Rezo a Deus para que você esteja em paz e feliz.Para que você esteja bem .Prefiro imaginar que você apenas foi para outro lugar e que continua vivo como sempre .
Sua partida , foi inesperada , dilacerou meu coração , peço a Deus forças para continuar a viver , não sinto vontade de nada , mais a vida me empurra para frente , pois , não sou apenas eu , tenho que cuidar dos meus , os meus que você tanto amava...E é por isso que eu estou seguindo ...Vou seguir e vou levar você para sempre comigo , como sempre levei , nos meus pensamentos e orações , até o dia em que Deus permita novamente o nosso encontro.
"As mortes nada mais são que uns até-logos disfarçados de adeuses...
Porém essas despedidas nunca deixam de impressionar ao extremo aqueles que ficam.
O mistério é mesmo algo impressionante".
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